Como principal estreia do final de semana, temos
o mais novo filme do mago Steven
Spielberg, que dispensa maiores comentários, “Lincoln “ que conta a história
do presidente americano Abraham Lincoln em seu segundo mandato. Com Daniel Day-Lewis como o lendário político, Sally Field como sua esposa Mary Tood e Tommy Lee Jones como Thaddeus Stevens.
Ao contrário do
que se imagina, não é um filme biográfico da vida de Lincoln, na verdade conta
o período mais conturbado do seu governo em meio a Guerra de Secessão, ele quer
a aprovação da emenda constitucional que acabaria com a escravidão nos Estados
Unidos. O que é um dos
motivos da Guerra entre o Norte, comandados pela União, e os estados
separatistas do Sul, liderados pelos Confederados onde a economia agrária deles
é totalmente dependente do regime escravo sobre os negros e que seriam
libertados com a nova lei.
Baseado no livro
“Team of Rivals” de Doris Kearns Goodwin
e adaptado por Tony Kushner. Que se
base nos bastidores do poder, mais exatamente dentro do gabinete de Lincoln,
onde ele precisou formar uma aliança com seus antigos rivais (democratas), só
que imperava uma dúvida da sua parte. Prolongar por mais tempo o conflito, pois
a aprovação da abolição indicaria o fim da guerra e colocaria a pressão do lado
da Câmara na hora de aprova-la.
Ou encerra-la por completo e evitar mais
mortes, já que os Conferados estavam dispostos a negociar uma trégua. Com esse dilema
moral, vemos porque Lincoln é tão reverenciado. Como um bom estrategista em
seus debates e negociações, encontra políticos que pensam da mesma forma que
ele. Vendo que não é o único defensor da libertação dos negros, achando outros
dispostos a levar esta bandeira como Thaddeus Stevens (Jones). Mas quem levou a fama foi Lincoln mesmo, como mostra a
história, mais exatamente no dia 15 de abril de 1865.
Nos seus 145
minutos, este é o mote da história do filme, conhecemos a faceta de Lincoln e
como ele se tornou uma lenda para o povo americano. Admirado em todos os cantos
do mundo como líder e um homem de família que defende seus ideais até o fim. O destaque fica
para a atuação de Lewis como Lincoln
e com ela, ganhou o Globo de Ouro de Melhor Ator deste ano e a indicação para Melhor Ator para o Oscar e junto a isso as 12 nomeações
ao maior premiação do cinema.
Outro fator que chama a atenção é a performance
de Sally Field como a esposa de
Lincoln e Tommy Lee Jones como o
congressista Stevens, em que foram indicados para Melhor Atriz & Ator
Coadjuvante, respectivamente. “Lincoln” vale a ida ao cinema por ser
um grande filme sobre um grande personagem da história americana e Spielberg
inspiradíssimo em fazer um filme com tom mais político em sua filmografia.
NOTA PESSOAL: Ao ler outras resenhas divulgadas em
jornais como O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo e sites de cinema como
Omelete, todos mencionam que Steven Spielberg
está mais contido e que filmou “Lincoln” com tons mais escuros do
que de costume. Criticam seu estilo cinematográfico por ter feito “Tubarão (1975)”, “E.T. O Exterrestre (1982)”, “A
Lista de Schindler (1993)”, as sagas “Indiana
Jones (1981 / 1984 / 1989)” & “Jurassic
Park (1993 / 1997 / 2001)” e criando o estilo “Blockbuster”, filmes que estouram nas bilheterias mundiais. Com a
utilização da música grandiosa do maestro John
Williams nos filmes mencionados acima. Mas esses mesmos críticos enaltecem
como ele revolucionou a sétima arte por ter realiza-los.
E mais, Spielberg realmente “cresceu” e sem
deixar o espírito de “Peter Pan” de lado, que a imprensa mundial o marcou por muito
tempo. Até ele fazer “A Lista de Schindler” e mudar completamente seu estilo de
filmar e finalmente ganhar sua primeira estatueta do Oscar como Melhor Diretor
e mais tarde, ao reinventar os filmes de guerra com “O Resgate do Soldado Ryan (1998)”
e faturar a sua segunda estatueta. Novamente, ele se recicla ao fazer uma
película com tom mais político e para muitos “ditos” críticos há referências
com o governo de Barack Obama, eleito recentemente para seu segundo mandato. Tirando os
pensamentos e analogias sobre “Lincoln”,
Spielberg nos mostra como é um cineasta completo e que não precisa provar mais
nada a ninguém.
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