Pular para o conteúdo principal

ROBERT PLANT, mantendo a chama do LED ZEPPELIN acesa


Aconteceu na noite da última segunda-feira (22 de outubro de 2012) no Espaço das Américas, próximo ao metrô Palmeiras Barra Funda da cidade de São Paulo, um dos melhores shows de rock’n’roll na capital paulista. Literalmente. Estou falando do primeiro show do vocalista do Led Zeppelin, Robert Plant, na cidade. Com sua nova banda, a Sensational Space Shifters, apresentou em seu repertório canções de sua carreira solo bem como as do Zeppelin de chumbo. Sendo que hoje (23 de outubro de 2012) será a segunda. Só um dado: já faz 16 anos desde a última, que foi no extinto festival Hollywood Rock em de janeiro de 1996, com seu parceiro de LZ, o guitarrista Jimmy Page. No projeto “No Quarter: Unledded (1994)” que revisitava o repertório do grupo.

Mas antes dele, tivemos o show de abertura de Marcelo Jeceni. Que não estava previsto anteriormente, foi uma surpresa para todos os presentes. A apresentação começou pouco depois das 20:30hs e ao contrário do que se imaginava, ele trouxe um repertório calcado em seu primeiro álbum homônimo com um pop rock vigoroso com passagens de rock progressivo e psicodélico. Uma grata surpresa realmente. Com duração de 45 minutos.



É chegada a hora do show da lenda do rock. E exatamente às 22hs começa a apresentação com “Tin Pan Alley” e “Another Tribe” de seu disco “Mighty Rearranger (2005)”, que possuem um clima musical parecido com seu antigo grupo. E a terceira canção da noite, foi “Friends” do disco “Led Zeppelin III (1970)”. Que já causou uma comoção a todos os presentes. Agora é hora do blues com o clássico “Spoonful” de Willie Dixon, que já foi gravado pelo Cream de Eric Clapton. E mais uma canção de “Mighty Rearranger”, “Something Knocking”. Momento para apresentar os membros de sua banda e a dica para a próxima música. Mesclando rock e blues com sons da Índia e da África. O clássico “Black Dog” do “Led Zeppelin IV (1971)” em uma versão blues com a pulsação de uma locomotiva expressa. Onde seu refrão “Ôh, Ôh, Ôh, Ôh ... ÔÔÔÔ” serve como apito do trem.


Momento mais intimista com “Song to the Siren” de Tim Buckley e mais uma canção do LZ, “Bron-Y-Aur Stomp (Led Zeppelin III, 1970)”. Outra que deixa todos de queixo caído. “The Enchanter”, também de “Mighty Rearranger” é a que mais lembra o LZ musicalmente, especialmente pelo timbre das guitarras. Seguida de dois petardos da banda, “Gallows Pole (Led Zeppelin III, 1970)” e “Ramble On (Led Zeppelin II, 1969)”, onde a emoção aflorou no Espaço das Américas. Misto de choro e canto geral da galera.

O final da primeira parte com o blues rock “Fixin’ to Die” de Bukka White e uma das melhores canções do LZ, “Whole Lotta Love (Led Zeppelin II, 1969)”, fazendo que o local fosse abaixo. Pausa para uma água e um respiro. É o tempo para todos se restabelecerem e a emoção aflorar novamente com “Going to California (Led Zeppelin IV, 1971)” no melhor estilo unplugged e o final arrasa quarteirão com o maior clássico do LZ, “Rock’n’Roll (Led Zeppelin IV, 1971)”.


Foi um show curto. Uma hora e quarenta minutos foi muito bem aproveitada, sendo que Plant mesmo não tendo a mesma voz de seus tempos de juventude e sabendo tirar proveito disso. Seus cachos já não são tão dourados como nos tempos de Golden God, estão mais brancos junto a uma barba como o Gandalf de O Senhor dos Anéis. Com uma presença de palco e uma simpatia que poucos possuem hoje em dia. Junto a músicos competentes, fez um show impecável e imperdível.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Zendaya & Os "RIVAIS"

Ao contrário do que se pode imaginar, o drama “ Rivais ( Challengers , 2024) ” não é um filme sobre tênis. Apesar do foi visto nos trailers e os vídeos promocionais, o filme discute a relação entre Tashi Duncan e os amigos de infância Art Donaldson e Patrick Zweig. Eles são interpretados pela musa Zendaya , Mike Faist (da refilmagem “ Amor Sublime Amor , 2021”) e Josh O’Connor (o Príncipe Charles da série Netflix “ The Crown ”, 2016 a 2023) respectivamente. Dirigido por Luca Guadagnino de “ Me Chame Pelo Meu Nome (2017)” a partir do roteiro escrito por Justin Kuritzkes . Zendaya é a jovem tenista com futuro promissor. Já os personagens de Mike e Josh almejam ser grandes tenistas.  A princípio, o conto se mostra simples, só que não é.  Tashi é uma mulher ambiciosa, que deseja aproveitar ao máximo seu talento para o esporte. Art e Patrick, tem interesses próprios. O primeiro quer conquistar todos os torneios que participar, já o segundo deseja fama e fortuna. Embora Patrick mostra

Visita a "CASA WARNER"

Aberta desde 01 de setembro, a exposição que celebra os 100 anos dos estúdios Warner Bros. , chamada “ Casa Warner ”. Localizada no estacionamento do Shopping Eldorado (Zona Oeste) na cidade de São Paulo. Ela nos traz seus personagens clássicos dos desenhos animados Looney Tunes como Pernalonga, Patolino, Frajola e Piu-Piu. Em especial, “ Space Jam (1996)” e “ Space Jam : Um Novo Legado (2021)”, ambos com as estrelas do basquete Michael Jordan e LeBron James respectivamente. Além da dupla Tom & Jerry. Filmes que marcaram a história da Warner também estão lá. Como a reprodução do cenário do clássico " Casablanca (1942)" estrelado por Humphrey Bogart e Ingrid Bergman. Somado aos heróis do Universo Estendido DC que já estão na entrada da exposição. A  Liga da Justiça surge em tamanho natural como estatuas de cera. O Cavaleiro das Trevas está representado pelo seu Batmóvel do antológico seriado estrelado por Adam West e ao seu lado o furgão Máquina do Mistério da turma do

"VOCÊ NÃO SABE QUEM EU SOU": documentário conta a vida louca vida de NASI

Está ocorrendo na cidade de São Paulo desde o dia 06 de junho, o festival In-Edit . Em sua décima edição, ele traz as melhores produções sobre a música mundial. Sendo no formato de documentário ou filme biográfico. Passando por gêneros como música clássica, eletrônica, world music e chegando até o bom e velho rock’n’roll. Na ultima segunda-feira (11 de junho de 2018) tivemos a estréia do documentário sobre um dos ícones mais controversos do rock brasileiro dos anos 80, o vocalista da banda paulistana Ira! , Marcos Valadão Ridolfi. Mais popularmente conhecido como Nasi . Com o título de “ Você Não Sabe Quem Eu Sou ”, conhecemos um pouco da sua personalidade forte. Dirigido pelo jornalista Alexandre Petillo (que escreveu a biografia de Nasi , “ A Ira de Nasi ” ao lado de Mauro Betting) e contou com a colaboração dos também jornalistas Rodrigo Cardoso e Rogério Corrêa . A estréia ocorreu no Cinesesc com a presença dos envolvidos e sua equipe da produtora Kurundu Filmes. Eles c