Saindo um pouco da sétima arte. Vamos comentar os principais
lançamentos no mercado fonográfico brasileiro no mês de outubro. Onde temos os
novos álbuns do The Killers com “Battle Born”, o Muse com o
conceito de “The 2nd
Law” e a primeira parte da uma trilogia idealizada pelo Green Day
chamada de “Uno!”. Vamos comentar sobre cada um separamente.
Depois de um hiato de quatro anos, The Killers volta ao cenário musical com o álbum “Battle Born”. Enquanto neste tempo afastado, seus membros estiveram envolvidos nas suas respectivas carreiras solo e assim voltar a trabalhar juntos para uma nova empreitada. Ao ouvir o CD, o que se repara é que o estilo da banda continua o mesmo. Com seu pop rock poderoso com inspiração nos anos 80 com forte influência do U2, seguindo a linha de “Day & Age (2008)” e do disco solo de Brandon Flowers, “Flamingo (2010)”. Gravado na cidade natal deles, a mítica Las Vegas e descrito com Flowers como uma batalha a ser travada, daí o nome do disco e do estúdio da banda.
Assim as faixas “Flesh & Bone”, “Runaways”,
“The
Way It Was”, a balada “Here with Me”, a potente “A
Matter of Time”, a reflexiva “Deadlines and Commitments”, “Miss
Atomic Bomb”, “The Rising Tide”, “Heart
of a Girl”, a country “From Here on Out” (a maior
surpresa do CD, uma variação no estilo da banda e destaque para o slide do
guitarrista Dave Keuning), “Be Still” e a épica “Battle
Born”. Mostram como a banda se fortaleceu musicalmente neste período
parada e nas atividades individuais de seus membros. Por aqui foram lançadas
duas versões. A Standard com 12 canções e a Deluxe com três faixas bônus: “Carry
Me Home”, “Flesh & Bone
(Jacques Luc Cont Remix)” & “Prize Fighter”.
Seguindo os passos em seu álbum anterior “Resistance (2009)”, a banda inglesa lança agora um novo conceito em “2nd Law”, que adiciona uma nova faceta ao grupo, um estilo chamado “Dubstep”. Criado pelo DJ Skirlexx, onde o baterista Dom Howard fala como foi o encontro com ele: "Nós encontramos com ele em Camden, em outubro, durante um show. Parecia um show de metal, as pessoas faziam rodas punk, se jogavam do palco. Eu nunca tinha visto algo parecido em um evento de música eletrônica. Todo esse clima e ritmo foi inspiração direta para The 2nd Law", disse Howard em entrevista à NME.
E o vocalista e guitarrista Matt Bellamy, disse ainda que a intenção é levar o som do Muse a um novo nível: "Fizemos algo parecido com o dubstep só que com instrumentos reais. Nosso objetivo era trazer isso para o rock e nos desafiar; 'será que conseguimos fazer com guitarras, baixos e baterias isso que esses caras fazem?". É o que pode ser ouvido na abertura com “Supremacy” com o som da guitarra, o baixo e a bateria mais uma orquestra de cordas e a voz potente de Bellamy. Em “Madness” tem uma variação do som da banda, ska eletrônico.
É a introdução perfeita para a funk “Panic Station” que lembra “Another One Bites the Dust” do Queen. As cordas voltam com “Prelude” e é a entrada perfeita para a épica “Survival (tema da última Olimpíada de Londres)”. “Follow Me” é segue a cartilha musical da banda enquanto “Animals” tem um toque mais jazzístico com isso o tom do disco se acalma com a balada “Explorers”. E se agita mais uma vez com a ritmada “Big Freeze”. A balada “Save Me” e “Liquid State” temos o Muse em seu estado puro. E é com “Unsustainable” e “Isolated System” temos o conceito descrito por seus integrantes para a “The 2nd Law”.
Gravado inicialmente como um álbum triplo, a ideia que foi desaprovada pela gravadora. A alternativa da banda foi desmembra-lo em três partes. Novamente a gravadora não aprovou, mas com o argumento da banda de canções mais pessoais, fizeram com que ela mudasse de pensamento. Ao contrário de seus discos anteriores, “American Idiot (2004)” e “21th Century Breakdown (2009)”, que criticavam o governo do então Presidente americano George W. Bush e a sociedade americana. Eles voltam a fazer um som mais despretensioso e relembrando os tempos do começo de carreira. “Exile on Main Street (1972)” dos Rolling Stones é a fonte de inspiração.
Com “Uno!” saindo agora, a segunda e a terceira parte “Dos!” & “Tré!” saem em 13 de novembro e 15 de janeiro de 2013, respectivamente. Abrindo com “Nuclear Family”, “Stay the Night”, “Carpe Diem” e “Let Yourself Go”, as referências vão além dos Stones. Nelas estão contidas sua maior influência, o The Clash de Joe Strummer & Mick Jones. Já “Kill the Dj” é puro ska. Enquanto, as canções “Fell for You”, “Loss of Control”, “Troublemaker”, “Angel Blue”, “Sweet 16”, “Rusty James” e o primeiro single “Oh Love”, parecem saídas do seu disco mais bem sucedido, “Dookie (1994)”. Fica aqui a dica musical. "Battle Born" e "Uno!" já estão disponíveis. "The 2nd Law" está prometido para o próximo dia 5.
Comentários
Postar um comentário