Pular para o conteúdo principal

O BEIJO DO MONSTRO vs. O LEÃO BRITÂNICO

Ao contrário do que parece, não é uma luta de MMA. E sim, uma análise dos álbuns da banda mais quente do planeta, Kiss e a estreia solo do baixista da maior banda de heavy metal de todos os tempos, Steve Harris do Iron Maiden. As vésperas dos shows do Kiss no Brasil, sua gravadora Universal para aproveitar o momento e solta por aqui o seu mais recente CD, “Monster (2012)”. Enquanto a EMI, em contrapartida, lança “British Lion (2012)” de Steve Harris em seu primeiro disco sem sua banda, o Iron Maiden, como Steve Harris’s British Lion. Segue abaixo a avaliação de cada um.


Descrito pelo próprio Paul Stanley, como uma volta às origens da banda, sendo que a direção musical tomada foi a partir de seu álbum mais conhecido, “Destroyer (1976)”. Sendo assim, “Monster” lembra os anos clássicos da banda mais quente do mundo na década de 70. Mas ainda com uma pegada no século XXI. Nas palavras dele, outro fator determinante para a qualidade do álbum é o entrosamento entre seus membros (Paul Stanley: guitarras & vocais; Gene Simmons: contrabaixo & vocais; Eric Singer: bateria & vocais; Tommy Thayer: guitarra solo & vocais) que está perfeita. E já começando com tudo no primeiro single do disco, “Hell or Hallelujah”. Uma canção poderosa que só eles poderiam compor. Dando sequência com “Wall of Sound” cantando por Gene com seu característico padrão de qualidade. 

       

Já “Freak” de Stanley, dá aquele ar mais contemporâneo ao som do Kiss. “Back to the Stone Age”, “Shout Mercy” e “Long Way Down” nos leva a uma volta no tempo, mais preciosamente aos álbuns “Destroyer” e “Love Gun (1977)”.  O destaque fica para “Eat Your Heart Out” com uma introdução a capella e cantada por Gene, uma das melhores do CD. Seguida de “The Devil in Me” pelo título percebe-se que é mais uma de Gene, outro ótimo petardo. “Outta This World” e “All the Love for Rock’n’Roll” com Tommy Thayer e Eric Singer nos vocais respectivamente. Mostram como eles se encaixaram perfeitamente ao grupo. “Take Me Down Bellow” e “Last Chance” encerram o disco de forma digna e mostrando o Kiss ainda tem muita lenha para queimar.


Saindo em carreira solo no meio de uma turnê comemorativa com o Iron Maiden, a Maiden England Tour. Steve Harris lança seu álbum “British Lion (2012)”. Muito se imagina que as canções se pareçam com sua banda. Ledo Engano. O que se ouve é um som que lembra o rock dos anos 70, totalmente influenciado por bandas como Humble Pie, Montrose, Uriah Heep, Rainbow, Thin Lizzy e UFO. Suas principais referências como músico. Assim esqueça as canções épicas e progressivas da fase atual do Iron Maiden. O disco começa com “This is my God”, “Lost Worlds” e “Karma Killer” que têm uma pegada de hard rock das antigas.Já “Us Against the World” é uma semibalada das boas. 

As faixas mais longas como “The Chosen Ones” e “A World Without Heaven”, há referências do Thin Lizzy de Phil Lynott, principal influência de Harris. “Judas” tem o contrabaixo de Harris se fazendo presente neste hard rock dos bons. “Eyes of the Young” tem uma pegada mais pop, um riff marcante e mais uma vez o tom grave das quatro cordas de Harris. “These are the Hands” e “The Lesson”, encerram o CD com gostinho de "Quero Mais". Mostrando que o talento de Harris vai além do Maiden, onde temos um exemplo de como o heavy metal e o hard rock de qualidade estão em boas mãos. Harris está acompanhado de Richard Taylor nos vocais; David Hawkins nas guitarras e teclados, Grahame Leslie nas guitarras e Simon Dawson na bateria.     


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Visita à "SPACE ADVENTURE"

Aberta em 26 de agosto deste ano, a primeira exposição com material da NASA na América Latina, a “ Space Adventure ”. Localizada em um espaço no estacionamento do Shopping Eldorado na cidade de São Paulo, ela tem atraído pessoas que se encantam com os mistérios do espaço bem como a viagem espacial. Lá encontramos desde as primeiras vestimentas usadas pelos astronautas até o traje utilizado por Neil Armstrong no primeiro voo tripulado para a Lua em 1969. Junto a uma réplica do modulo lunar que ele, Buzz Aldrin e Mike Collins comandaram na Apollo 11. Lá vemos os primeiros projetos da NASA, como os instrumentos de navegação para os protótipos, Mercury e Gemini. Junto ao foguete Saturn V, este sim utilizado para os voos tripulados até a Lua. Inclusive possui sua versão em escala de miniatura, onde vemos cada um dos seus três estágios, chamados S-IC (primeiro estágio), S-II (segundo estágio) e S-IVB (terceiro estágio), usavam oxigênio líquido (lox) como oxidante. Sendo composta de três pa...

Visita a "CASA WARNER"

Aberta desde 01 de setembro, a exposição que celebra os 100 anos dos estúdios Warner Bros. , chamada “ Casa Warner ”. Localizada no estacionamento do Shopping Eldorado (Zona Oeste) na cidade de São Paulo. Ela nos traz seus personagens clássicos dos desenhos animados Looney Tunes como Pernalonga, Patolino, Frajola e Piu-Piu. Em especial, “ Space Jam (1996)” e “ Space Jam : Um Novo Legado (2021)”, ambos com as estrelas do basquete Michael Jordan e LeBron James respectivamente. Além da dupla Tom & Jerry. Filmes que marcaram a história da Warner também estão lá. Como a reprodução do cenário do clássico " Casablanca (1942)" estrelado por Humphrey Bogart e Ingrid Bergman. Somado aos heróis do Universo Estendido DC que já estão na entrada da exposição. A  Liga da Justiça surge em tamanho natural como estatuas de cera. O Cavaleiro das Trevas está representado pelo seu Batmóvel do antológico seriado estrelado por Adam West e ao seu lado o furgão Máquina do Mistério da turma do ...

A Primeira Temporada de "STAR WARS VISIONS"

Poucos imaginavam que a saga Star Wars do seu Criador George Lucas pudesse ir tão longe quanto neste momento. O próprio foi pego de surpresa com o sucesso arrebatador do primeiro filme “ Guerra Nas Estrelas: A Nova Esperança ”, quando estreou em 25 de maio de 1977. Que gerou a antológica trilogia formada por “ O Império Contra-Ataca (1980)” e “ Retorno de Jedi (1983)”. O resto é história. No aniversário pelos 20 anos de “ Uma Nova Esperança ”, Lucas resolveu remasterizar sua “ Opera Espacial (como ele gosta de chama-la)”, já que os frames originais estavam se deteriorando com o tempo. Imagem  e som ganharam nova roupagem e daí tivemos as “ Edições Especiais ”.  Junto a isso, a inserção de novas cenas e a reedição de sequencias.  A desculpa de George , é que na época, não tinha disponível a tecnologia que possuía em 1997. O que causou certo tremor na Força, já que algumas alterações irritam os fãs xiitas da saga. Mesmo assim, “ Star Wars ” voltava a ficar em evidenci...