Voltando a falar
sobre sétima arte, tivemos no último final de semana a estreia da refilmagem do
clássico dos anos 90, “O Vingador do
Futuro (Total Recall, 1990)” estrelada na época por Arnold
Schwarzenegger, Sharon Stone e
dirigida pelo holandês Paul Verhoeven
de “Robocop (1987)”. Baseado em um conto de Philip K. Dick, “We Can
Remember it for You Wholesale (1966)”. Para relembrá-los, veja o link
abaixo:
Na nova versão estrelada por Colin Farrell (“Coração Louco, 2009”), Kate Beckinsale, a Selene da franquia “Underworld” e Jessica Biel (“Esquadrão Classe A, 2010”). A viagem até Marte como na versão original foi descartada e agora temos uma realidade onde o planeta foi devastado por uma guerra mundial biológica onde temos dois territórios que não foram afetados: a Inglaterra, chamada agora de Federação Britânica Unida aonde vivem as pessoas mais afortunadas. E a Austrália, conhecida agora como A Colônia, onde moram os mais humildes e trabalhadores. As duas estão interligadas por um túnel chamado A Queda, se você pensou qualquer relação com a obra de Albert Camus, só fica no nome.
Farrell é Doug Quaid, um operário
atormentado por um sonho em que está fugindo das autoridades na companhia da
personagem de Biel, Melina. Casado
com Lori (Beckinsale), uma policial
e insatisfeito com a vida que leva, vai a uma empresa chamada Recall, com o
intuito de criar uma realidade alternativa da que vive e entender o sonho que
está tendo.
Daí o filme tem
uma virada, no meio do procedimento se descobre que ele é na verdade um agente
duplo, que está atrás de um revolucionário que vive na Colônia, Matthias Lair,
vivido por Bill Nighy (o Davy Jones
da saga “Piratas do Caribe”). Líder que quer a independência da Colônia sobre a
Federação Britânica, esta comandada pelo Chanceler Vilos Coohagen, interpretado
por Bryan Cranston, o professor
Walter White da série “Breaking Bad” (de 2008 até hoje).
Para aqueles
viram a versão original, temos várias referências como a mulher de três seios e
o disfarce que altera o rosto da pessoa. Determinados momentos, o filme ganha
em ação, mas perde em conteúdo em favor dela propriamente dita. Sai o humor ácido e a ficção cientifica da
obra de Verhoeven entra a agitação no melhor estilo de “Eu, Robô (2004)”.
Dirigido por Len Wiseman, criador da franquia
“Underworld”, a película ganha na parte técnica do filme de 1990. Com o mundo
lotado, a alternativa é criar prédios acima dos já existentes, baseado nas
favelas brasileiras como bem disse o diretor, onde temos uma atmosfera que nos
lembra o clássico “Blade Runner: O Caçador de Andróides (1982)” na Colônia. E
na Federação Britânica, tudo bonito e organizado, como o planeta de Coruscant
na saga “Star Wars” e em “Minority Report (2002)”.
Colin Farrell não tem o carisma de
Swarzenegger, mas cumpre bem seu papel de salvador da pátria. Enquanto o melhor
do filme fica para a luta entre as beldades Jessica Biel e Kate
Beckinsale, que literalmente se pegam em cena. Assim “O Vingador do Futuro”
começa com contornos de uma luta social, porém se perde no meio de tanta ação desenfreada
com a mais moderna tecnologia ao seu lado.
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