Estreando neste fim de semana o mais novo filme de John Cusack (“Alta Fidelidade", 2000), “O Corvo (The Crow, 2012)”. Dirigido por James McTiegue de “V de Vingança (2006), o filme conta a história dos últimos dias de vida do poeta bostoniano Edgar Allan Poe (1809 – 1849), caracterizado aqui por Cusack, vivendo na cidade de Baltimore (Estados Unidos) endividado e desprezado pela sociedade por não reconhecer a sua genialidade como poeta.
Até que em determinado momento, começam a acontecer assassinatos na cidade onde o assassino utiliza técnicas descritas nos romances do poeta e Poe se vê acusado de cometê-los pelo detetive do caso (Luke Evans de “Os Três Mosqueteiros, 2011”). Mais tarde, se percebe que ele não está fazendo isso, mas sim um admirador de seus contos que leva às vias de fato o que foi relatado neles. Com uma riqueza de detalhes que chega a assustar.
Com isso, Poe ajuda o detetive a descobrir quem está comentando crimes
tão horrendos na cidade e aterrorizando a todos. Em meio à trama, temos a noiva
de Poe, Emily (Alice Eve de “Ela
É Demais Para Mim, 2010”) que é sequestrada pelo assassino no baile de
máscaras promovida pelo pai dela (Brendan Gleeson de “Protegendo o Inimigo, 2012”). Assim Poe
tem que agir rápido para salvar sua amada e ao mesmo tempo, impedir que o
assassino cometa mais crimes.
O filme não é baseado no mais conhecido conto de Poe, “O Corvo (1845)”. É na verdade, uma obra ficcional com base nele e
em outros contos como “Os Assassinatos na
Rua Morgue (1841)”, “O Poço e o
Pêndulo (1842)”, “O Mistério de Marie
Rôget (1842)”, “O Coração Revelador
(1843)”, e “A Máscara de Morte Rubra”.
Escrito por Ben Livingston e Hannah Shakespeare,
temos uma película que nos lembra os antigos filmes de mistério e suspense com
um clima tenso e frio que remete bem a época retratada. Um jogo de sombras e
escuridão onde um pequeno raio de luz faz vislumbrar-se uma pista sobre o
assassino.
Esse é o mérito do diretor McTiegue que soube aproveitar muito
bem o baixo orçamento do filme (U$$ 26 milhões). Não tenta rivalizar
com o Sherlock Holmes de Robert Downey Jr. e sim vemos John Cusack bem
à vontade no papel que mostra Edgar Allan Poe em uma situação desconfortável
por ter que correr atrás do criminoso para salvar a mocinha e como vício em
conhaque faz a diferença nos momentos mais difíceis da sua curta vida.
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