Saindo um pouco da principal estreia do final de semana, “Os Vingadores”. Temos o filme “Sete Dias com Marilyn (My Week with Marilyn, 2011)” dirigido por Simon Curtis nas nossas salas de cinema. Ele é baseado nos contos “The Prince, The Showgirl and Me” & “My Week with Marilyn” de Colin Clark, que falam dos bastidores do filme “O Príncipe Encantado (1957)” estrelado por sir Laurence Olivier e Marilyn Monroe. Estes interpretados pelo ator shakespeariano Kenneth Branagh, diretor do filme da Marvel “Thor (2011)”, e Michelle Williams do seriado “Dawsion’s Creed (1998 a 2003)” e do filme “Namorados para Sempre (2010)” respectivamente. A película é narrada pelo autor dos contos, feito por Eddie Redmayne, que foram baseados em fatores reais de acordo com que foi relatado.
A história começa com Colin indo ao escritório de sir Laurence para conseguir um emprego na área cinematográfica e por tanto insistir consegue trabalhar na produção do filme mencionado acima. Começa como terceiro assistente de direção, que na verdade, é um mensageiro e faz-tudo para os chefões da produção. Lá conhece a assistente de figurino Lucy (Emma Watson, a Hermione da saga “Harry Potter”). Engatando um namoro com ela. Também conhece a esposa de sir Olivier, a atriz de “... E o Vento Levou” Vivien Leigh, interpretada por Julia Ormond (de “O Curioso Caso de Benjamin Button” de 2008.).
Com a chegada da musa ao set de filmagem, a situação muda para Colin. Aos poucos, vai se envolvendo com a produção dando até dicas e virando confidente de seus atores, inicialmente com Sybil Thorndike (Judi Dench a M da franquia James Bond). Com isso, vai se criando um forte elo entre ele e Marilyn. Que é muito bem mostrado no filme, em uma visita ao Castelo de Windsor, que só foi possível graças a Colin porque seu padrasto sir Owen Morshead, feito pelo veterano ator inglês Derek Jacobi, trabalha lá. Na biblioteca, ao ver uma pintura de Holbein se vislumbra com sua beleza e ao saber que ela tem 400 anos de idade. Diz: “Espero estar bonita quando chegar a essa idade”.
Ao final da visita, Marilyn é recebida pelos funcionários com aplausos e ela olha para Colin e diz: “Devo ser ela?”. Com poses, mandando beijos e dando acessos. A cena mostra bem como ela sabia separar o momento de ser apenas Norma Jean da sua persona mais famosa. É aí que vemos o excelente trabalho de Michelle Williams, não se preocupando em mostrar as curvas da musa e sim um lado pouco conhecido dela. As dúvidas e a insegurança que fazem parte de qualquer pessoa. A atenção demasiada dos fãs e empresários e o vício em remédios para dormir misturados com bebidas alcóolicas foram determinantes para a continuidade de sua vida. E fazendo jus a sua indicação ao Oscar deste ano.
Destaque também para a grande atuação de Branagh como sir Laurence Olivier, onde vemos o embate entre ele e Marilyn por causa do método de atuação de cada um. Olivier se baseava na reverência ao texto escrito quanto a Marilyn utilizava o sistema Stanislavski que ia para a interiorização do personagem sendo assim viver e sentir como ele ao invés de “fingi-lo”.
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