Este é o mais novo filme do astro a estrear neste final de semana em nossas salas de cinema e inaugurando de vez a temporada 2012 na tela grande. “Protegendo o Inimigo (Safe House, 2012)” é dirigido pelo chileno Daniel Espinosa, em sua primeira experiência cinematográfica. Contando a história do ex-agente da CIA, Tobin Frost (o personagem de Denzel Washington), uma lenda na agência, mas que saiu de lá para se tornar um traficante de informações privilegiadas entre as maiores agências de espionagem como a própria CIA, Inteligência Russa, Mossad e MI6.
Em uma das negociações ocorrida na Cidade do Cabo (África do Sul) algo dá errado e Frost é obrigado a pedir asilo no consulado americano do país. Como uma das pessoas mais procuradas nos quatro continentes, a CIA corre para tirá-lo de lá e levá-lo para um abrigo de segurança deles localizado secretamente na África. Daí o título original SAFE HOUSE, ou traduzindo abrigo de segurança, termo militar.
Entra Matt Weston, feito por Ryan Reynolds o “Laterna Verde (2011)”, um agente novato que é o “zelador” deste abrigo e que tem sua rotina monótona virada de cabeça para baixo com a chegada de Frost. Até então, morando lá a mais de 12 meses sem qualquer tipo de ação ou mobilização da agência e esperando uma promoção que nunca chega.
Como em uma operação militar, Frost chega lá para ser interrogado e assim revelar quais são seus reais propósitos. Utilizando técnicas de interrogatórias dignas do seriado “24 Horas”, a equipe especializada faz uso do waterboarding, técnica que usa uma toalha molhada, presa ao rosto da pessoa e logo em seguida, ela é deitada e derramado litros d’água em seu rosto para dar a sensação de afogamento. Em determinado momento, Matt pergunta: “Isso é legal?”.
De repente, o abrigo é invadido e é necessário que Matt aja do modo para que foi treinado, um agente de campo da CIA. Tirando Frost de lá e procurando um novo local seguro para poder entregá-lo para as autoridades competentes. É aí que o filme ganha contornos de ação contínua e de espionagem. Sem saber em quem confiar, Matt começa a agir por conta própria e a descobrir que nem todos aqueles em que confiava podem ser tão confiáveis.
É daí que vemos o trabalho do diretor de segunda unidade Alexander Witt, um dos melhores coordenadores para sequências de ação do cinema atual. No seu currículo temos filmes como “Máquina Mortífera III (1992)”, “A Identidade Bourne (2002)” e “007 – Cassino Royale (2006)”. Assim vemos a violência e as sequências de destruição de carros e casas fazendo parte do filme e não o ditando propriamente.
A história de “Protegendo o Inimigo” não é diferente de outros filmes do gênero. O herói ingênuo que aprende da pior maneira a amadurecer através de um mentor de índole duvidosa e ainda mostrar que é capaz de fazer o serviço. É aí que a desempenho dos atores se destaca, com Washington fazendo um personagem que ao mesmo tempo é vilão e até certo ponto mocinho. Essa duplicidade nos mostra porque ele é um dos melhores atores de sua geração e as comparações com Sidney Poitier são justificáveis.
Sua presença de cena tem um ar de autoridade que poucos têm atualmente. Ele consegue prender sua atenção e nos faz entender as intenções do seu personagem de tal modo que começamos a torcer por ele. Ryan Reynolds tem uma boa atuação também saindo do estereótipo canastrão de seus filmes e fazendo um trabalho em que a presença de Denzel não o intimide tanto em cena.
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