Baseado no romance “Moneyball: The Art of Winning an Unfair Game” de Michael Lewis, o novo filme de Brad Pitt, “O Homem que Mudou o Jogo (Moneball, 2011)”, conta como seu personagem Billy Beane, ex-jogador de beisebol e hoje o empresário do time A’s de Oakland fez uma revolução neste esporte. Dirigido por Bennett Miller temos a história do homem que ajudou a renovar o método de avaliação dos jogadores da liga de beisebol americano.
A trama começa em 2002, com o time de Beane perdendo seus principais jogadores para times maiores da liga e como é um time de menor expressão tem um orçamento que não é possível fazer gastos milionários (U$$ 39 milhões contra U$$ 114 milhões dos grandes times). E consequentemente não tem como chegar às finais.
Ao tentar fazer negócios com outros times, conhece um analista formado em economia em Yale Peter Brand, interpretado por Jonas Hill de “Superbad - É Hoje (2007)”, onde com ele encontra uma forma de contratar jogadores de baixo custo e assim montar um time vencedor com base em dados de estatísticas e cálculos matemáticos.
E como é feito isso? Brand tem um programa de avaliação desses dados. Interpretado através de erros e acertos desses jogadores e daí sai uma média de seu desempenho. Mostrando que são bons jogadores só que subestimados por seus times e não tendo a oportunidade devida.
Assim temos uma história com toques de redenção e superação. Misturada com a própria história de Beane descoberto por um olheiro na juventude e tendo que se decidir sobre a carreira no esporte e uma bolsa de estudo para Harvard. Sem contar a convivência com a ex-mulher vivida por Robin Wright de “Millenium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres (Millenium – The Girl with the Dragon Tattoo, 2011)” e a filha de 12 anos, preocupada com o emprego do pai. E a participação de Philip Seymour Hoffman, Oscar de melhor Ator por "Capote (2005)" faz o treinador Art Howe, mas preocupado em renovar seu contrato do que treinar o time.
O roteiro foi adaptado por Steven Zaillian (“A Lista de Schindler, 1993”) e Aaron Sorkin (“A Rede Social, 2010”) a partir das anotações de Stan Chervin. O filme mostra bem os bastidores deste esporte, que não é muito bem entendido por aqui, e como o modo de fazer negócio está ultrapassado, com velhos donos não querendo saber de mudança e afetando aqueles que já estão acostumados ao modo antigo. E vemos também de como é sujo este meio esportivo fora dos campos com todos fazendo de tudo para que a idéia de Beane não dê certo.
Pitt consegue fazer um grande trabalho, saindo do estilo galã de seus últimos filmes e nos mostrando um lado mais humano da sua persona. Vemos um homem de 50 anos com rugas criadas pelo desgaste do tempo e a preocupação em melhorar a atuação do seu time tentando encontrar um jeito de mudar o jogo a seu favor realmente e ainda sim superar todos os obstáculos e crenças pessoais. Por exemplo, ele não vê o jogo no estádio fica a distância, mas com um rádio ou tv portátil a tiracolo para saber como está indo a partida.
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