Estreando neste final de semana, a primeira aventura na telona do mago Steven Spielberg em um filme animado com a tecnologia de captura de imagem em 3D desenvolvida em Avatar (2009) de James Cameron, “As Aventuras de Tintim: O Segredo do Unicórnio (The Adventures of Tintim: The Secret of Licorne”, 2011). Produzido em conjunto com Peter Jackson (da saga “Senhor dos Anéis”). O filme é baseado no personagem em quadrinhos criado pelo artista Georges Remi, mais conhecido como Hergé, contando as aventuras do repórter Tintim e seu fiel companheiro, o cão Milu. A primeira produção conjunta da Amblin (de Spielberg) e Wignut Films (de Jackson), não poderia ser melhor.
Juntar um dos maiores cineastas de sua geração com uma das maiores revelações do cinema atual, só poderia resultar numa película empolgante. “As Aventuras de Tintim” é ágil e lembrando os filmes da saga Indiana Jones com todo o mistério que envolve a trama, as seqüências de ação de tirar o fôlego e as reviravoltas típicas neste tipo de história que só Spielberg consegue juntar e transformar tudo em um espetáculo único.
Ele está tão à vontade dirigindo seu primeiro long animado, que já começa muito bem com a seqüência de abertura e os créditos iniciais que lembram o começo de “Prenda-me se for Capaz (Catch Me If You Can)” de 2002. Tintim é feito por Jamie Bell (“Billy Elliott” de 2000) e Andy Serkis (César de “Planeta dos Macacos: A Origem”, de 2011) faz Haddock, um atrapalhado capitão de navio com um segredo de família que só é revelado no decorrer do fime. Eles embarcam nesta aventura que mesclam dois contos de Hergé, “O Caranguejo das Tenazes de Ouro” e “O Segredo do Licorne”. Começam à procura do tesouro perdido do pirata Rackham, o Terrível pelos sete mares e no encalço deles, um descendente do pirata interpretado pelo James Bond Daniel Craig.
O filme traz de volta o espírito de Peter Pan do diretor, que há muito tempo o tinha deixado de lado para fazer filmes sérios como o próprio disse em uma entrevista para a divulgação do seu filme de guerra “O Resgate do Soldado Ryan (1998)”. Enquanto tivemos o cineasta fazendo filmes com conteúdo mais histórico como “A Lista de Schindler (1993)” e “Munique (2005)” ou comédias dramáticas como “O Terminal (2004)”. Desta vez, Spielberg retorna ao gênero em que é mestre.
Para aqueles que ficaram com um gosto de “quero mais” na última aventura do arqueólogo mais famoso do cinema, “Indiana Jones & O Reino da Caveira de Cristal (2008)”. Já neste filme o cineasta mostra que tem muita lenha para queimar. Como também nos mostra uma luz que o próximo filme de Indiana Jones vai ser inesquecível. Uma dica: Vejo o filme em 3D é uma experiência única pois é desse jeito que você consegue captar o sentimento e a visão de Spielberg para a primeira aventura de Tintim na grande tela.
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