Aconteceu na noite do último domingo (30.10.2011), uns dos melhores shows internacionais deste ano. Aerosmith se apresentou na Arena Anhembi e mostrou que apesar de todos os percalços ocorridos com Steven Tyler durante a passagem da banda pela América do Sul como os problemas com a voz no show no Peru, a intoxicação alimentar e a mal explicada queda no banheiro do hotel no Paraguai que teve como conseqüência dois dentes quebrados e marcas roxas no seu rosto. Deixou um saldo mais que positivo em sua quarta passagem no país. As outras foram em 1994, 2007 e 2010.
Apesar de tudo, o que se viu foi uma performance empolgante e um vocal impecável onde Tyler conseguiu dar seus gritos e agudos que não afetaram sua voz durante toda a apresentação. Marcado para começar às 20hs, houve um atraso de 15 minutos. Com as luzes totalmente apagados, temos “A Cavalgada das Valquírias” do compositor clássico Richard Wagner e ao mesmo tempo no telão um vídeo mostrando os melhores momentos da banda e finalizado com o logotipo do Aerosmith em meio à sombra dos integrantes. De repente, elas se mexem e vem o grito: “Boa Noite, São Paulo” é a deixa do que irá acontecer.
Com “Draw The Line”, “Same Old Song And Dance” e “Mama Kin”, a banda já entra com tudo no palco, fazendo a alegria de todos. Em meio a uma chuva torrencial e com todos usando capas de chuva, mesmo assim a empolgação continua. A interação entre banda e público é evidente. Com uma passarela instalada no meio dele e Tyler mostrando disposição e brincando bastante, por exemplo, surge no meio das pessoas uma boneca inflável que é entregue a ele e brinca: “É a namorada do Joe Perry???”. Passada brincadeira temos “Janie”s Got A Gun” e “Livin’ on the Edge” cantadas por todos na Arena.
Momento para o solo de bateria de Joey Kramer, que traz na memória o solo de John Bonham em “Led Zeppelin – The Song Remains The Same”. É a deixa para “Rag Doll”, sucesso dos anos 80, seguida das baladas “Amazing” e “What It Takes”, que teve uma introdução cantada a capela por Tyler. A volta do repertório clássico com “Last Child” com Brad Whitford mostrando seus dotes como guitarrista e é o momento de Joe Perry mostrar sua voz com “Combination” do álbum "Rocks (1976)". Daí temos o momento que a Arena vem abaixo com “I Don’t Want To Miss A Thing”, tema do filme “Armageddon (1998)”, estrelado por Bruce Willis. E com “Cryin’” e “Sweet Emotion” para encerrar a primeira parte do show.
Uma pequena pausa e a volta para o bis com “Dream On”, “Love in a Elevator” e “Walk This Way”. E as surpresas da noite, ao se despedir, Tyler vê faixas e o público pedindo para tocar “Angel”, clássico dos anos 80 que não era tocada por eles a mais de cinco anos. E são prontamente atendidos. Quando se pensava que era o fim, eles começam a tocar “Train Kept-A-Rollin’”, clássico blues composto por Tiny Bradshaw, Howard Kay e Lois Man, gravada por eles no álbum “Get Your Wings (1974)”.
Agora sim, com as apresentações individuais, Tom Hamilton (baixo), Joey Kramer (bateria), Brad Whitford (guitarra) e Tyler chamando The One & Only Joe “Fucking” Perry (guitarra) e Joe retribuindo com “The Demon of Screaming” Steven Tyler (vocais). Assim a banda se despede do palco ao som de “Hoochie Coochie Man”, clássico blues de Willie Dixon, cantada por Muddy Waters e a sensação de ter visto uma das maiores bandas de rock’n’roll de todos os tempos em solo brasileiro.
Um velho ditado vem à mente: “Quem sabe, faz ao vivo!”
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