No último dia 31 de outubro, foi celebrado os 50 anos do lançamento do single “Bohemian Rhapsody” do Queen. Considerado a melhor canção do grupo formado por John Deacon no contrabaixo, o bonitão Roger Taylor na batera e vocais, o guitar hero e vocais Brian May e o “Só Pode Haver Um” Freddie Mercury nos vocais e piano. Dividida em três partes, Freddie mostrou a primeira ao produtor Roy Thomas Baker e depois lhe disse que a segunda “É quando a parte da ópera começa!”. O que poucos imaginavam que a canção seria épica e posteriormente icônica. Onde uniu a chama rock and roll do grupo com a música clássica e ópera. Dois gêneros musicais que estavam no coração de Mercury.
Taylor, May e Deacon mostram entusiasmo com a canção e um desafio para fazer a “opera section” como diziam na época. Apesar do sua complexidade musical, os três toparam o desafio. Já que acreditavam no potencial de “BoRap” como foi apelidada pela banda. Chamando atenção pela duração, exatos 05 minutos e 55 segundos. Para época, algo impossível de ser tocado nas rádios. Pois o tempo máximo de uma canção era 03 minutos. Pouco antes do lançamento, Freddie foi ao programa de rádio de seu amigo Kenny Everett e a dúvida paira no ar. O radialista era conhecido por impulsionar e destruir a reputação de uma banda. Seu gosto pessoal ditava as regras.
Além do impacto em seus ouvintes. Foi um grande acerto, ela foi tocada 14 vezes em dois dias seguidas. DETALHE: na sua integra. Comprovando seu sucesso entre o público. Já a crítica, desdenhou “BoRap”. Chamando de pretenciosa e um desejo musical megalomaníaco de Mercury. Mesmo assim, ela se tornou um hit mundial, tanto entre os fãs quanto as pessoas que não conhecem a fundo, a música do Queen. Simultaneamente temos o aniversário de 50 anos do álbum que os catapultou como um dos grandes grupos dos anos 70, “A Night At The Opera”. Lançado originalmente em 21 de novembro na Inglaterra e 02 de dezembro de 1975 nos EUA.
Os primeiros ensaios foram no interior inglês em Surrey, Ridge Farm Studios. As gravações ocorreram no Sarm Studios e Olympic Sound Studios entre os meses de agosto e novembro de 1975. Com exceção do hino “God Save The Queen”, gravada em 27 de outubro de 1974. Vindos do sucesso de “Killer Queen” do terceiro álbum “Sheer Heart Attack (1974)” e com as marcantes apresentações ao vivo, a banda passava por dificuldades financeiras. Isso é exemplificado na faixa de abertura, o rock vigoroso “Death on Two Legs (Dedicated to ....”. Sua letra faz referência ao ex-empresário Norman Sheffield, que não repassava a eles o que ganhavam com as apresentações e os direitos autorais.
“Lazy on a Sunday Afternoon” é um delicioso tune sobre o passeio de um rapaz em Londres. Ambas compostas por Freddie, é a deixa para o rock de arena “I’m in Love With My Car”. Composta e cantada por Roger, que solta seu vozeirão. O pop rock “You’re My Best Friend” de John Deacon é dedicada à esposa Veronica. E se tornou um grande sucesso na terra do tio Sam. A acústica “’39” de Brian que assume os vocais neste folk cativante. É tocada ao vivo até hoje. Logo em seguida surge o hard rock “Sweet Lady” também composta por May.
“Seaside Rendezvouz” de Mercury nos leva aos tempos do Cabaret de Liza Minelli. Já “The Prophet’s Song” de Brian com o próprio dedilhando o instrumento japonês koto na introdução. Para logo em seguida, se tornar épica. Com a letra em tom de fantasia. Daí temos a romântica “Love of my Life”, conhecida pela sua versão voz e violão ao vivo com Freddie e Brian. Aqui ela surge singela com Mercury a tocando no piano e May na harpa. Aqui o icônico cantor relata seu amor incondicional à Mary Austin.
Encerrando temos “Good Company” de Brian nos vocais e no Ukelele. Ela possui um ar beatle. A destruidora “Bohemian Rhapsody” dispensa maiores comentários. E “God Save The Queen” tem a Red Special de May, deixando o recado quem tem a Majestade no rock inglês daqueles tempos. “A Night At The Opera” é um legado para o Queen. Onde cada um deles não tiveram medo em trazer algo novo e original. Quebrando barreiras no mundo da música. Indo além da pegada rock and roll característica do grupo, uma sonoridade épica aliada o melhor da música clássica e lírica.


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