O norte-americano Trent Reznor se notabilizou nos anos 90 como grande multi-instrumentista que é. A frente da banda Nine Inch Nails, que começou como projeto de um homem só. Sua mistura com rock orgânico e industrial com leves pitadas eletrônicas chamaram atenção de público e crítica. Canções como “March of the Pigs”, “The Perfect Drug” e amarga balada “Hurt”, são bons exemplos. Para os shows ao vivo reuniu músicos como o guitarrista Robin Finck, o tecladista Alessandro Cortini e o batera Josh Freese. Em 1994 foi chamado por Oliver Stone para compor a trilha sonora musical do thriller “Assassinos por Natureza”.
Além da ajuda-lo a selecionar as canções que fariam para alucinada jornada do casal serial killer Mallory & Mickey Knox. Impulsionando sua carreira para o cinema. Em parceria com o engenheiro de som Atticus Ross, se tornaram os responsáveis pela música dos filmes de David Fincher (“Se7en, 1995”). Desde “A Rede Social (2010)” passando por “Millennium: Os Homens Que Não Amavam As Mulheres (2011)” até “O Assassino (2023)”. Em meio a isso, a dupla ganhou o Oscar de Melhor Trilha Musical por “A Rede Social” e a animação Disney “Soul: Uma Aventura com Alma” em 2020. Eles mantem a dupla com o acréscimo do Nine Inch Nails para o novo capítulo da franquia Tron, “Tron: Ares (2025)”.
Surgido em 1982 com “Tron: Uma Odisséia Eletrônica”, foi uma revolução na época. Os primeiros passos do digital na sétima arte. Só em 2010, o conto foi retomado em “Tron: O Legado” com o personagem do eterno cowboy Jeff Bridges, Kevin Flynn, programador do jogo que dá nome à saga, está desaparecido. Fazendo com que seu filho Sam busque por ele. E depois de um intervalo de 15 anos, chegamos a “Tron: Ares”. Trazendo o pós dos eventos vistos em “O Legado”, que será o tema do próximo post.
Agora vamos discutir a trilha musical composta por Reznor e Ross. Com o segundo integrando o NiN nas 24 canções que fazem parte do tracklist. “Init” e “Forked Reality” trazem uma abertura intensa. Enquanto o single “As Alive As You Need Me To Be” temos o NiN em estado puro. Canção pesada e agressiva. Um contraste com a agridoce
“Who Wants to Live Forever?”. Calma!
Não é a cover da icônica canção do Queen. Apenas uma coincidência no título.
Num dueto com a cantora Judeline, Reznor nos faz sentir
quando ouvimos uma cantiga de ninar. DETALHE: Ao
seu estilo. “I Know You Can Feet It” tem a pegada eletro-reflexiva de
Trent. “Infitrator”, “Target Identified” e “Daemonize” são bons exemplos do mix perfeito entre música eletrônica e
industrial para acompanhar a jornada de Ares, personagem de Jared Leto. “Shadows
Over Me” encerra os trabalhos de forma tensa. A canção nos leva refletir
sobre o real e o virtual nas nossas vidas. O quanto vale viver na fantasia e as
consequências de traze-la para nosso cotidiano diário. Estamos preparados quando isso acontecer?

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