Nos últimos tempos, grandes artistas têm nos deixado. Como o funkman Sly Stone, o Beach Boy Brian Wilson e o príncipe das trevas Ozzy Osbourne no campo musical. Bem como nosso Hermeto Pascoal. Mas na sétima arte tivemos perdas inesperadas como o para sempre Lex Luthor Gene Hackman, o galã Robert Redford e agora Diane Keaton. Conhecida como a esposa do poderoso chefão Al Pacino, Kay, na saga "O Poderoso Chefão" e a parceria com o tímido Woody Allen nos anos 70. Que lhe rendeu o Oscar de Melhor Atriz por “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Annie Hall, 1976)”. Ela veio a falecer no último dia 11 de outubro em sua residência na cidade de Los Angeles, ao lado da família.
A causa da morte não foi divulgada. Eles pediram discrição motivado pelo luto, em comunicado oficial à imprensa. Nascida em 05 de janeiro de 1946 na Cidade dos Anjos como Diane Hall. Era a mais velha de quatro irmãos. Desde a juventude atuou em peças escolares. Formada em 1964, se mudou para Nova York. Ao registrar seu nome artístico, descobriu que já havia uma atriz com seu nome de nascença. Assumindo o sobrenome da mãe Keaton. Se destacou no teatro, quando estrelou o musical “Hair” em 1968 na Broadway. Ao substituir a atriz principal e em 1972, a oportunidade que engatou sua carreira no cinema.
Ganhando o papel de Kay Adams, a esposa do jovem mafioso Michael Corleone interpretado por Al Pacino. Apesar da sua aparência frágil, a personagem exibiu uma resiliência durante o período que viveu com Michael, quando ele acendeu no “O Poderoso Chefão Parte II” em 1974. Todo amor e ressentimento na película que fecha a trilogia “O Poderoso Chefão Desfecho: A Morte de Michael Corleone”, lançado em dezembro de 2020. De acordo com a visão de Francis Ford Coppola. Durante o aniversário de 30 anos da versão original de 1990, sempre deixou claro seu descontentamento com ela. Comentamos no link: https://cyroay72.blogspot.com/2020/12/o-poderoso-chefao-desfecho-morte-de.html. Além de Kay, Diane formou dupla com Woody Allen. Que rendeu filmes como “Sonhos de um Sedutor (1972)”, “O Dorminhoco (1973)”, “A Última Noite de Boris Grushenko (1975)”, “Interiores (1978)” e “Manhattan (1979)”.
Apesar de estarem juntos na época, jamais oficializar a união. Eles se separaram e quando atuou no drama “Reds (1981)” ao lado do bonitão Warren Beatty. Com quem namorou após as filmagens. Ela deixou sua marca registrada em “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa”. Abriu seu leque com o drama “À Procura de Mr. Goodbar (1977)”, no thriller de espionagem “A Garota do Tambor (1984)” e voltando a trabalhar com Allen no suspense com ares de comédia “Um Misterioso Assassinato em Manhattan” em 1993. Keaton comenta que mantiveram a amizade, com o termino do relacionamento. E Woody era um dos mais próximos.
Firmou uma parceria com a roteirista e diretora Nancy Meyers na franquia “O Pai da Noiva”. Dividindo a cena com Steve Martin e Martin Short. E na comedia romântica “Alguém Tem Que Ceder (2003)”, trazendo à tona como mulheres mais velhas se relacionam com homens mais jovens. No caso, o Neo Keanu Reeves e correndo por fora, o galanteador Jack Nicholson. Diane sempre soube balancear o lado dramático com o lado cômico. Um rosto aparentemente frágil, que por dentro exibe uma força de vontade que se faz presente. Isso é exemplificado nos dramas “Crimes do Coração (1986)” e “Presente de Grego (1987)”, e comedias como “Clube das Desquitadas (1996)” e “Minha Mãe Quer Que Eu Case (2007)”.
Um dos seu últimos trabalhos foi na franquia “Do Jeito Que Elas Querem”. Atuando ao lado de Jane Fonda, Candice Bergen e Mary Steenburgen em 2018 e na continuação “O Próximo Capítulo” em 2023. Ela enfrentou os desafios da vida de frente, mesmo sem ter se casado ou tido filhos. Ela assumiu a maternidade ao adotar Dexter em 1996 e Duke em 2001. Uma defensora ferrenha pelos direitos da mulher. Sua postura discreta se manteve ativa nas redes sociais com reflexões sobre a vida, a família, amigos e a carreira. Ela disse em entrevista para a revista People em 2019: “Sem a atuação, eu teria sido uma desajustada”.

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