Desde o último sábado (06 de setembro de 2025), começa a segunda edição do “The Town” na terra da garoa São Paulo. Como você já está cansado de saber é a versão paulistana do mítico festival Rock In Rio da cidade maravilhosa. Se ontem foi o dia e a noite do trap e r’n’b, o domingo do feriado de Independência da nossa terra brasilis (07 de setembro de 2025) foi o dia e a noite do rock. No caso, punk rock. Bem representado por aqui com Supla e os Inocentes abrindo os trabalhos no Palco The One. A lendária banda punk já entra com “Pânico em SP”, “Garotos do Subúrbio” e “Pátria Amada” no setlist.
Logo em seguida o punk de butique Supla sobe ao palco com “O Charada Brasileiro”, “Green Hair (Japa Girl)” e “São Paulo”. O vocalista do Inocentes, Clemente, volta ao palco para juntos cantarem o clássico “I Fought The Law”, eternizada pelo the Clash. As duas bandas juntas encerram com “Humanos” e “Garota de Berlim” do seu antigo grupo Tokyo de Supla e a cover “Blitzkrieg Bop” dos Ramones. O Capital Inicial abre os trabalhos no Palco Skyline.
Seu pop rock se faz presente com “Psicopata”, “Independência”, “Primeiros Erros” de Kiko Zambianchi, “Que País É Esse?” da Legião Urbana e a cover de “Should I Stay or Should I Go?” do The Clash. De volta ao Palco The One, o punk do abc paulista CPM 22 entra em cena com tudo. Celebrando os 30 anos de carreira com “Regina Let’s Go”, “Tarde de Outubro” e “Um Minuto Para o Fim do Mundo”. Somada à cover do clássico anos 80 “Meu Erro” dos Paralamas.
A primeira atração internacional do Palco Skyline é o eterno vocalista da Donzela de Ferro Bruce Dickinson. Carismático com completo domínio do palco, ele nos traz hits da sua carreira solo como “Accident of Birth”, “Road to Hell” e novas como “Rain on the Graves” e “Ressurrection Men”. Com “Tears of the Dragon” é ovacionado, com os presentes cantando junto. Dá uma pausa para relembrar que em 2025 faz 40 anos do primeiro show do Iron Maiden na antológica edição de 1985 do Rock In Rio no Brasil. Comemora a data, relembrando o corte na testa ocorrido no show e canta a capela “Revelations”.
Pois a cantou quando estava sangrando e brinda o público com “Flash of the Blade” do álbum “Powerslave (1985)”. Diz que nunca a cantou ao vivo com o IM e fecha o show com o mais puro heavy metal. Já no Palco The One, temos a baiana Pitty repetindo a ótima apresentação na primeira edição do festival em 2023. Energética e carismática, nos traz seus principais sucessos como “Sete Vidas”, “Memórias” e “Na Sua Estante”. Esta última cantada em uníssono. Emocionando a cantora, que a tocou de forma acústica. E o final com “Me Adora”, onde vai até a galera. Se perdendo no backstage, para subir de volta ao palco.
O Bad Religion chega com tudo no Palco Skyline. Punk rock explosivo e vibrante com “Recipe For Hate”, “True North”, “Generator” e “21st Century (Digital Boy)”. Comprovam como um dos melhores shows da noite com o final demolidor com “Infected”, “Anesthesia” e seu maior hit por aqui, “American Jesus”. Agora o momento esperado por muitos, o Iguana está entre nós.
Sim, Iggy Pop sobe ao Palco The One. Aos 78 anos, faz a alegria de todos com uma performance magnética. Apesar dos limites impostos pela idade, já que não pode pular e executar determinados movimentos como antigamente. Mesmo assim, ele marca presença com “TV Eye”, “Raw Power” e “I Got A Right!” dos Stooges na abertura. “The Passenger” e “Lust For Life” são ovacionadas pelos presentes. Esta última imortalizada no cult “Trainspotting: Sem Limites (1996)”.
Com latidos, Iggy nos traz a clássica “I Wanna Be Your Dog”. Seguida da potente “Search and Destroy” e a nova “Frenzy”. Revisitando a parceria com o camaleão do rock David Bowie com “Funtime”. Para fechar a apresentação e as atividades do Palco The One com “Louie Louie” dos Kinks. E para encerrar a noite no Palco Skyline, os californianos do Green Day. Punk rock divertido e politizado, Billie Joe Armstrong (vocais e guitarra), Mike Dirnt (contrabaixo) e Tré Cool (bateria) já mostram a que vieram com “American idiot”, “Holiday” e “Know Your Enemy”.
Aqui chama uma fã para subir ao palco e canta-la. Uma volta aos anos 90 com “Welcome to Paradise”, “Hitchin’ A Ride” e “Brain Stew”. Do último disco, “Saviour (2024)”, temos “One Eyed Bastard” e “Dilemma”. Eles interagem constantemente com o público. Isso é exemplificado em “Basket Case”, “When I Come Around” e “Wake Me Up When September Ends”. Como de praxe, eles se despedem com “Good Riddance (Time of your Life)”. Foi um show contagiante e acima de tudo, puro entretenimento. Esquecer o que estamos vivenciando em nosso país tupiniquim, lembrando que a música pode elevar nossas almas.
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