No mundo da música, o artista nunca está satisfeito. Mesmo que a obra seja algo que deixou sua marca na história. Um exemplo recente é o icônico vocalista da Donzela de Ferro Bruce Dickinson. Quando saiu da banda em 1993 após desavenças com o líder Steve Harris, deu continuidade à sua carreira solo. Ela começou quando ainda estava no Iron Maiden em 1990 com “Tatooed Millionarie”. De certo modo, criou-se uma rivalidade entre eles até seu retorno em definitivo em 1999. Sozinho, se solidificou. As duas atividades ocorrem fluidamente. Entre os intervalos das turnês e gravações, Bruce dá continuidade a ela, como bem vimos e ouvimos com “Project Mandrake” em 2024.
Para saber mais no link: https://cyroay72.blogspot.com/2024/03/a-eterna-voz-do-iron-maiden-bruce.html. Dito isso, Bruce anunciou que irá revisar seu material solo. Seja com regravações e novos mixes. O primeiro lançamento é o álbum “Balls to Picasso” de 1994. Celebrando seus 31 anos temos “More Balls to Picasso”. Bruce diz que nunca ficou satisfeito com a mixagem final e por isso, resolveu incluir novos elementos musicais. Composto ao lado do guitarrista e produtor Roy Z, atualmente a amizade de longa data foi rompida. Ele resolveu, nas palavras do próprio, “Colocar Mais Bolas”, na sonoridade do álbum.
Assim foi chamado Brendan Duffey. Ao lado do brasileiro Antonio Teoli e os guitarristas Philip Naslund e Conrado Pesinato. Este último se faz presente em “Shoot All The Clowns”. Trazendo sua visão original do disco, que originalmente se chamava “Laughing in the Riding Bush”. Faixas com “Cyclops” que abre os trabalhos com a presença mais pungente do contrabaixo e um arranjo mais metal. Assim como “Fire”. “Gods of War” é sentida a presença da musicalidade brasileira com arranjo de Teoli, utilizando percussão indígena. Acrescentando um ar de batida tribal. Já em “Shoot All The Clowns”, temos a adição de metais.
“Sacred Cowboys” ganham um tom mais speed metal. O destaque fica para o arranjo de “Tears of the Dragon”. Composto pelo guitarrista brasileiro de origem palestina Adassi Adassi, com adição de cordas e o próprio na guitarra. “More Balls to Picasso” é um trabalho ousado e comprova a incessante busca criativa de Bruce. Ou seja, se reinventar. O disco de 1994 é atemporal, exibe uma fase em que ele queria se distanciar da imagem criada ao lado do Iron Maiden e ter a própria identidade. O que se provou ao longo da sua carreira. Ele pode ser o eterno vocalista da lendária banda, mas que vai ser lembrado muito além disso.
Tracklist: CYCLOPS, HELL NO, GODS OF WAR, 100 POINTS OF LIGHT, LAUGHING IN THE HIDING BUSH, CHANGE OF HEART, SHOOT ALL THE CLOWNS, FIRE, SACRED COWBOYS, TEARS OF THE DRAGON. Bonus Tracks: GODS OF WARS (Live in the Studio) e SHOOT ALL THE CLOWNS (Live in the Studio)
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