Quando estreou em 2018, Wakanda, o mundo do herói Pantera Negra T’Challa (interpretado pelo saudoso Chadwick Boseman), encantou a todos. O misticismo mesclado com a mais alta tecnologia de um mundo à parte da realidade que conhecemos através do herói de armadura dourada e vermelha Homem de Ferro / Tony Stark. O filme foi um sucesso de público e crítica, escrito e dirigido por Ryan Coogler. Sendo o primeiro do gênero HQ a ser indicado ao Oscar de Melhor Filme daquele ano. Para saber mais no link: https://cyroay72.blogspot.com/2018/02/pantera-negra-chega-com-tudo-no.html. O falecimento de Chadwick em 2020, devido a um câncer de cólon diagnosticado em 2016. Poderia encerrar a jornada do herói de Wakanda. Já que o roteiro estava pronto. Por isso, Coogler teve que reescreve-lo.
Daí temos “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre (2022)”. Servindo como um tributo a memória de Boseman e passando o manto para a irmã Shuri (Letitia Wright). Comentamos no link: https://cyroay72.blogspot.com/2018/02/pantera-negra-chega-com-tudo-no.html. Agora Ryan retorna a este mundo surreal em “Olhos de Wakanda (Eyes of Wakanda, 2025)”. Uma minissérie em formato de anime, produzida por ele e criada por Todd Harris. Dividida em quatro episódios, eles nos trazem suas origens. Como bem vimos na excepcional sequência de abertura da película de 2018. Indo mais a fundo, estamos em 1260 AC. A ex-Dora Milaje Noni (Winnie Harlow) foi enviada ao mundo exterior por Akeya (Patricia Belcher), para prender o agente renegado Nkati (Cress Williams). Este se revoltou, para fundar a própria sociedade.
Ele era um Cão de Guerra, espião de Wakanda enviado para se misturar entre as pessoas mundo afora. Cansado da doutrina de seu país, resolve deixa-lo e vender parte da tecnologia. Para conseguir meios para criar o próprio culto, os Leões. Capturando homens, mulheres e crianças ao redor do globo, para assim se proclamarem o Orgulho dos Leões. Noni consegue se infiltrar no complexo construído por ele e seus seguidores. O embate é inevitável. Assim temos o primeiro episódio, “Na Cova do Leão”. Já o segundo, “Lendas e Mentiras” a animação brinca com a mitologia. Memnon era um rei etíope que foi assassinado por Aquiles. Agora o primeiro é na verdade, um cão de guerra wakaniano B’kai (Larry Herron). Ele e Aquiles (Alan Gold) lutaram contra os troianos.
Mantém o disfarce, B’kai vai atrás de Helena (Joana Kalafatis). Ela possui um item de Wakanda. Ao recupera-lo, a verdade vem a tona. A lealdade à sua nação, traz ruptura na irmandade entre armas. O embate eleva as emoções de ambos. Adrenalina e drama na medida certa. O terceiro “Achados & Perdidos” vemos a Punho de Aço Jorani (Jona Xiao), reintroduzindo o personagem visto na série homônimo na parceria Disney / Netflix em 2017. O final com “A Última Pantera”, o personagem principal diz a veio. A futura rainha de Wakanda e herdeira do legado (Anika Noni Moore) viajando no tempo. Indo até a colonização da Etiópia pela Itália em 1860. Para evitar que seu futuro seja condenado de vez.
No caso, 500 anos no futuro. Ela vai atrás de um item bem familiar dos fãs. O machado que Killmonger recuperou em “Pantera Negra”. Ele é a causa da ruina de sua linhagem e abrindo a discussão que vimos na saga Infinito. O quanto podemos interferir nas linhas temporais para corrigirmos erros que podem nos levar a destruição total? Ao mesmo tempo, traz o discurso de T’Challa em compartilhar os conhecimentos de Wakanda com o mundo. Todos tem direito à tecnologia de ponta. Sem que seja necessário, obrigado a pagar por ela. A minissérie nos leva para dentro de Wakanda, conhecemos seus segredos e seu povo. Pessoas que compartilham vidas e trabalhos para o bem da comunidade.
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