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O Príncipe das Trevas OZZY OSBOURNE, 03.12.1948 - 22.07.2025 R.I.P.

Na tarde da última terça-feira (22 de julho de 2025), o mundo do entretenimento recebeu uma notícia inesperada. O falecimento do Príncipe das Trevas Ozzy Osbourne. Após sua despedida definitiva dos palcos em 05 de julho, ele nos deixou subitamente. Comentamos a apresentação “Back to the Beginning” no link: https://cyroay72.blogspot.com/2025/07/back-to-beginning-despedida-do-black.html. Todos estavam cientes que a saúde de Ozzy estava frágil. Dificuldades de mobilidade, ele se apresentou sentado em um trono montado especialmente para a ocasião e diagnosticado com Mal de Parkinson. Ozzy lutou até o fim para mostrar que ele era uma pessoa resiliente e grato por todo amor e carinho dos fãs.


Ozzy foi um verdadeiro rockstar. A síntese da mítica frase “Sexo, Drogas & Rock and Roll”. Originário da cidade de Birmingham na Inglaterra, ao lado do guitar hero Tony Iommi, Geezer Butler no contrabaixo e Bill Ward na bateria fizeram história no mundo da música com o Black Sabbath. Muitos creditam a eles, a criação do gênero “Heavy Metal”. Sendo uma referência para Judas Priest, Iron Maiden, Metallica, Guns n'Roses, Halestorm e Rival Sons. Mas ele pagou um preço muito alto por ter vivido desse modo. O sucesso arrebatador da banda no fim dos anos 60 e início dos 70, com uma proposta musical inovadora para a época. 

O que era para ser um grupo de blues. Por iniciativa de Iommi, percebeu o fascínio das pessoas por filmes de terror. Sugerindo para eles criasse uma sonoridade dark em meio a sons inusitados e de sinos. Lendo livros de magia negra e ocultismo, daí a inspiração para a canção que dá nome ao grupo. Assim como os clássicos “Paranoid”, “War Pigs” e “Iron Man”. As performances de palco de Ozzy chamam atenção de todos. Carismático e brincalhão. O uso abusivo de drogas e álcool em determinado momento até ajudam. Mas que na verdade, o tornam um viciado. Que foi um dos fatores para sua demissão do Black Sabbath em 1979, somado ao falecimento do pai. Ao começar a carreira solo, Ozzy trouxe consigo algumas lendas urbanas. Atingindo o mesmo sucesso que nos tempos de Sabbath, ele sempre foi considerado um dos melhores artistas nos palcos.

A interação com o público beira a perfeição. Ao conversar com os executivos da sua gravadora, levou pombas como um símbolo de paz. Porém, a tensão entre eles subia e Ozzy mordeu uma delas. E durante a turnê de 1982, jogava carne crua em direção ao público, que retribuía com animais mortos. Entre eles o famoso morcego. Ele jogando no palco e Ozzy o pegou para morder sua cabeça. Ao perceber que estava saindo sangue, viu era real. Outra pode ser vista no filme Netflix “The Dirt: As Confissões do Mötley Crue (2019)”, em que cheirou uma carreira de formigas. Agora se é verdade ou não, o próprio não se lembra. Mas deixa uma ponte de dúvida, ao dizer que pode ter acontecido.


Ele sempre levou a vida com muito bom humor. os altos e baixos da carreira, bem como a pessoal. Tendo como alicerce a esposa Sharon Osbourne. Juntos desde 1982. Seu verdadeiro e único amor. Como todo casal, passaram poucas e boas por causa do temperamento e vícios de Ozzy. Chegou a ser internado em clinicas de reabilitação e até tentativas de mortes contra Sharon. Numa delas, tentou esgana-la. Houve uma separação, mas reataram. A série da MTV “The Osbournes (2002 a 2005)” que exibiam o cotidiano da família, não melhorou sua imagem. Para aqueles que não o conheciam, achavam que era um junkie e uma pessoa alienada por causa dos efeitos deixados pelo uso continuo de cocaína. 

Em 1989, totalmente reabilitado, Ozzy retomou a carreira. E se preocupando com a criação dos filhos. Em especial Aimee, Jake e KellyAlém de reatar com os filhos mais velhos, Louis e Jessica, que teve a primeira esposa Thelma Riley. Já em 2003 sobre um acidente de quadriciclo em sua residência em Birmingham. Fraturou costelas e uma vertebra do pescoço. Isso o afetou até o fim dos dias, que agravou lesões anteriores. Afetando sua mobilidade física e interrompendo turnês como a “No More Tours 2 em 2018. Isso foi exemplificado na apresentação de 05 de julho, com Ozzy abrindo seu coração para os presentes sobre seu estado de saúde. Sincero e honesto, essa é a marca deixada por Ozzy. Além do legado musical, seja com o Black Sabbath e em carreira solo, é imensurável. O Heavy Metal é eternamente grato ao Príncipe das Trevas, também conhecido como “Madman”.

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