Surgido no icônico programa televisivo de humor Saturday Night Live nos anos 90, Adam Sandler marcou seu nome como um dos principais comediantes da sua geração. Filmes como “Um Maluco no Golpe (1996)”, “Afinado no Amor (1998)” e “O Paizão (1999)” ratificam isso. Seu jeito falastrão e descontraído se tornaram sua marca registrada em especial no primeiro. O destrambelhado Happy Gilmore se torna um jogador de golpe porque tem uma força descomunal no braço para lançar a pequena bola com o taco a grandes distancias. Atingindo o diminuto buraco em meio ao campo de golfe. Sem esquecer, seu temperamento explosivo.
O filme se tornou um grande sucesso na época, era de se esperar sua continuação. Passados 26 anos, o canal das redes sociais Netflix o produziu ao lado de Sandler. Este diz que a demora se deve a uma boa história para dar continuidade as aventuras de Happy. Complementa também que sempre esteve aberto a personifica-lo mais uma vez. Daí temos “Um Maluco no Golfe 2 (Happy Gilmore 2, 2025)”. Ele se profissionalizou e venceu o campeonato cinco vezes. Sua vida toma um giro de 360 graus com o falecimento de sua companheira Virginia (Julie Bowen) em 2014. Atingida na cabeça em um acidente doméstico.
Por isso, perdeu tudo e entrou em depressão profunda. Tiveram cinco filhos e para sobreviver trabalha em um supermercado. Passados onze anos, Happy tem uma notícia que o fará, retomar o que deixou de fazer há muito tempo. Sua filha mais nova Vienna (Sunny Sandler, sim a filha do próprio) quer realizar seu sonho em ser uma bailarina. Sua professora Monica (Jackie Sandler) lhe recomenda uma escola de balé em Paris, só que ele não tem como custear as mensalidades. São 75 mil dólares ao ano. Até que surge a oportunidade. Ele é chamado para voltar aos torneios de golpe. Deixando de lado, o sedentarismo e a tristeza. Já que sucumbiu aos piores estágios do luto vivido pela perda de Virginia, o alcoolismo.
Mas é convencido pelo veterano do esporte John Daly, a segurar o taco e a bolinha mais uma vez. Os filhos Gordie (Maxwell Jacob Friedman), Wayne (Ethan Cutkosky), Bobby (Philip Fine Schneider) e Terry (Conor Sherry) o incentivam. Ele participa do torneio Maxi Golf League, criado por Francis Manatee (Benny Safdie). Este é o CEO de uma empresa de energéticos, que deseja rentabiliza-lo. Velhas rugas do passado surgem, como ex-campeão do esporte e rival de Happy, Shooter McGavin. Com o retorno de Christopher McDonald ao papel. Como da primeira vez, canastrice elevada a decima potência. A parceria em cena, que rende boas brigas e xingamentos dignos das melhores lutas livre.
Ben Stiller marca presença mais uma vez como Hal L. Ele é seu tutor nos alcóolicos anônimos. E em 1996, foi o cuidador abusivo da avó de Happy. Ao mesmo tempo, ele precisa recuperar a forma física para disputar a Maxi Golf. Assim temos a trama de “Um Maluco no Golfe 2”, dirigido por Kyle Newacheck e com roteiro de Sandler e Tim Herlihy. Adam completamente à vontade no papel. Num enredo com as situações mais absurdas vividas pelo personagem. Como se estivéssemos num revival dos anos 90. O humor e o ambiente totalmente desconexo da realidade, como se estivessem num mundo próprio.
No caso, o campo de golfe. Comedia despretensiosa, que diverte até o espectador mais sério. Sem esquecer da presença do temido crocodilo que surge inesperadamente. Sandler mantendo acesa a chama cômica dentro de si. Já que mais recentemente tem mostrado seu talento para dramas como “O Astronauta (2024)” e “Arremessando Tudo (2022)”. Prestando uma homenagem à Cameron Boyce. Jovem ator que faleceu em 2019 aos 20 anos e interpretou seu filho Keithie em “Gente Grande (2010)” e “Gente Grande 2 (2013)”.
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