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Kate Winslet é "LEE", Uma História Verídica

A atriz britânica Kate Winslet é uma das atrizes mais versáteis da sua geração. Sua carreira não se resume à sétima arte, conquistou o mundo televisivo com series como a impactante “Mare of Easttown (2021)” e a cômica “O Regime (2024)”. Há muito tempo, ela deixou para trás a imagem do papel que tinha marcado sua carreira, a perseverante Rose do premiadíssimo “Titanic (1997)” de James Cameron. O Oscar como Melhor Atriz conquistado em 2009 pelo drama “O Leitor” e filmes como “O Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças (2004)”, “Em Busca da Terra no Nunca (2004)” e Depois Daquela Montanha (2017)”, Comprovam todo seu carisma e talento.

Agora Kate está de volta com o drama de guerra “Lee (2024)”. Baseado na vida da fotografa Elizabeth “Lee” Miller, que acompanhou a Segunda Guerra Mundial nos campos de batalha. Seu trabalho se tornou uma referencia no ramo, já que foi testemunha ocular da guerra travada na Europa. Onde viu o estrago causado pela Alemanha nazista de Hitler no continente. Seu inicio de carreira foi como modelo, já mais velha (Winslet) se dedicou à fotografia. O olhar apurado, lhe deu o destaque no mundo das artes. Viajando pelo mundo, conhece Roland Penrose (Alexander Skarsgard, da minissérie “The Big Little Lies, 2017 a 2019”). 

Num encontro com seus amigos mais próximos, Solange (Marion Cotillard, Oscar de Melhor Atriz por “Piaf: Um Hino ao Amor, 2007”) e o casal Paul (Vicent Colombe) e Nusch Éluard (Noémie Merlant). Eles engatam um romance, em meio à Segunda Guerra. Ela acompanha Roland até sua morada em Londres. Fazendo com que busque por uma vaga na filial inglesa da revista Vogue. Que tem como editora Audrey Winters (Andrea Riseborough), apesar dos tempos de guerra e a iminente invasão germânica à terra da então rainha Elizabeth. Faz com que ela tente ir até lá, só que o exército inglês não permite que civis nativos saiam do país. Porem, Lee é lembrada que é norte-americana. 

Assim consegue ir para o campo de guerra como fotojornalista. Lá conhece o repórter David Sherman, vivido por Adam Samberg da sitcom “Brooklyn Nine-Nine (2013 a 2021)”.  Em meio ao caos, os dois testemunham os horrores de um conflito que vitimou milhões. Daí o mote inicial de “Lee”, dirigido por Ellen Kuras a partir do roteiro de Marion Hume, John Collee, Lem Dobbs e Liz Hannah. Adaptado do livro escrito pelo filho de Lee, “The Lives of Lee Miller (1985)”, Antony Penrose. Que é interpretado por Josh O’Connor (“Rivais, 2024”), aqui uma história interessante. Ele não conhecia esta fase da vida da mãe, só descobriu após seu falecimento. Ao recolher seus documentos na fazenda em que vivia, Antony encontrou as fotos e os relatos do que Lee viu na guerra. 

Assim resolve escrever o livro como um tributo. Kuras nos traz em formato de flashback numa conversa entre mãe e filha. Acompanhamos as idas e vindas na vida de Lee. O antes, o durante e o depois. Kate está excepcional no papel. Um dos momentos mais fortes da película, é quando Lee e David chegam aos campos de concentração, após atravessarem a fronteira alemã. Testemunham a completa destruição da cidade de Berlim. Nos campos de concentração, o impacto é gigantesco. Por exemplo, os trens com os prisioneiros judeus mortos, bem como um deposito com corpos em decomposição. Se você lembrou de “A Lista de Schindler (1993)” do mago Steven Spielberg, não foi o único. A dor e o pesar nos olhos de ambos emocionam até o mais durão dos espectadores.


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