Poucos atores possuem seu personagem definitivo no cinema. Como exemplos recentes, no Universo Cinematográfico Marvel temos Robert Downey Jr. é o herói de armadura dourada e vermelha Homem de Ferro; Chris Evans é o incorruptível Capitão América e Tom Hiddleston é o deus da trapaça Loki. Entre eles temos Christopher Reeve, que nos deixou em 2004. Após uma luta pelos direitos das pessoas tetraplégicas. Já que sofreu um acidente ao cair do cavalo em uma prova de hipismo em 1995. Ele se tornou mundialmente conhecido ao personificar o herói DC Homem de Aço Superman em 1978. A película foi um sucesso nos quatros cantos do mundo. Considerado o primeiro no gênero.
Assim temos o documentário “Super / Man: A História de Christopher Reeve (Super / Man: The Christopher Reeve Story, 2024)”. Escrito e dirigido por Ian Bonhôte & Peter Ettedgui, que nos trazem um retrato sobre a vida de Christopher após o acidente e ao mesmo tempo, como ele ganhou o papel do icônico herói. Vemos como sua segunda esposa Dana foi determinante para que Christopher seguisse em frente. Além a presença dos filhos Matthew e Alexandra, que teve com a empresaria Gae Exton. Eles se conheceram nos anos 70, mas não consumaram a relação. Se separaram em 1987.
Aqui eles comentam como era a vida em família. Reeve por causa do papel como Superman, passava pouco tempo em Londres, cidade em que residiam. Gae relata o desgaste no relacionamento e a separação amigável, como isso a entristece até hoje. No mesmo ano, Christopher conhece Dana Morosi, a sintonia entre os dois foi imediata. Engatam o namoro e em 1991 se casam oficialmente. Mais tarde eles têm o filho Elliott "Will". Este tem um dos depoimentos mais emotivos do documentário. Ao falar sobre o acidente do pai e com era o convívio familiar. Elogia a presença dos irmãos mais velhos e que o suporte deles foi essencial. Antes, durante e depois do ocorrido.
Will encontrou no diário da mãe, uma carta escrita por ela. Onde desabafa todo seu sofrimento e dor por não ter a presença de Christopher antes do acidente. Ela o sente, mas ele não sente seu toque. Um simples abraço lhe faz falta. Mesmo assim, persevera ao seu lado. Dana não demonstra suas frustações na frente de todos. Se mantem firme e resoluta ao lado do marido e dos filhos. Possuindo uma relação de cumplicidade com Matthew e Alexandra. Deixando bem claro para Gae que não era a madrasta. E sim, a melhor amiga deles. Todos estão unidos pelo bem da família e de Christopher.
Os dois criaram uma fundação para tratar de pessoas com a mesma condição de Christopher. Este também um defensor da pesquisa sobre as células troncos. Que possibilita uma possível cura. Ele foi até criticado pela comunidade, por ter feito um comercial que exibe isso, onde deixa a cadeira para voltar a andar normalmente. Um outro retrato que vemos, é como se relacionava com os pais Franklin Reeve e Barbara Johnson, que se separaram quando pequeno. Uma relação conflituosa com o primeiro. Já que o filho buscava o apoio e a aprovação do pai sobre suas escolhas. Daí temos o enredo de “Super / Man”.
Um retrato honesto sobre sua mudança de opinião sobre o sentido da vida. E o conceito de super-herói que marcou toda sua vida. Além de exibir toda resiliência de Reeve pelos direitos das pessoas tetraplégicas nos EUA. Até conseguir no governo de Barack Obama, a criação de uma lei que protege tais direitos. Na parte pessoal, a amizade e o suporte do saudoso comediante Robin Williams e da sua esposa Marsha, foram essenciais. E talvez uma informação que poucos conheciam, Christopher e Robin eram grandes amigos, se consideravam irmãos. Estavam sempre conversando até o último suspiro do primeiro, em 10 de outubro de 2004. Dana veio a falecer em 06 de março de 2006, devido a um câncer de pulmão. DETALHE: Ela nunca fumou em vida.
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