Desde que anunciou sua aposentadoria, o guitar hero do Pink Floyd David Gilmour surpreende a todos com o lançamento de um novo trabalho, “Luck and Strange (2024)”. Seu último álbum “Rattle That Lock” saiu em 2015. Que rendeu o documentário “Live At Pompeii” e uma turnê em nossa terra brasilis no mesmo ano. Em meio a isso, o derradeiro disco do Pink Floyd, “The Endless River” de 2014. Para saber mais no link: https://cyroay72.blogspot.com/2014/11/pink-floyd-o-rio-de-aguas-infinitas.html. Voltando a “Luck and Strange”, Gilmour vai se afastando da sonoridade que marcou sua carreira com o PF.
Isso foi ouvido em “On An Island (2006)” e “Rattle That Lock”, ele tem optado musicalmente pelo blues, jazz, soul com ares de rock progressivo. Gravado seu estúdio Medina (Sussex, Inglaterra) e British Studio Grove Studios de Mark Knopfler (Dire Straits). Como é de praxe em seus álbuns, temos uma introdução instrumental, “Black Cat”. Uma linda ode entre a guitarra de David e o piano de Roger Eno. Seguida da emotiva “Luck and Strange”. A faixa título traz Rick Wright nos teclados. Gravado a partir de uma jam em 2007.
Rick veio a falecer em setembro de 2008. Seguida por “The Piper’s Call”, que começa acústica e num crescendo, se torna blues rock com a guitarra de Gilmour despontando. Já “A Single Spark” é uma reflexão sobre a vida e a morte. “Vita Brevis” é mais um interlúdio instrumental que precede a cover “Between Two Points” do duo indie The Montgolfier Brothers. Aqui temos a filha de David, Romany Gilmour cantando ao lado do pai. Uma delicada balada com Romany tocando sua harpa. “Dark and Velvet Nights” surge como um blues sujo cheio de suingue com direito a steel guitar de Gilmour.
Em “Sings”, David reflete sobre a vida e pede mais tempo para continuar na ativa. “Scattered” foi composta ao lado do filho Charles Gilmour, é que mais se assemelha aos tempos de PF na parte musical. As letras das canções são da esposa de David, Polly Samson, com exceção de “Between Two Points”. Eles refletem o estado de espirito do marido. Um homem de 78 anos, voltado à família e querendo escrever a própria história. Que vai além da banda icônica que fez parte. A presença da família é um sinal de amadurecimento e medita sobre os ciclos da própria vida. Além de prestar tributo à Rick Wright, fora a parceria musical, eram grandes amigos. Fecham os trabalhos "Yes, I Have Ghosts", um dueto entre pai e filha, e a versão "Original Barn Jam" de "Luck and Strange".
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