A última edição do maior festival de música e cultura no Brasil, começou na sexta-feira (13 de setembro). Estamos falando do Rock In Rio, que celebra seus 40 anos. Como é de praxe do festival, os mais diversos estilos musicais fazem parte do seu line up. Por exemplo, o rapper Travis Scott em uma apresentação caótica (no melhor sentido da palavra); a musa Ludmilla, que apesar de toda polemica se iria ou não se apresentar por causa dos problemas logísticos entre a sua produção e a do Rock in Rio, fez um show impactante.
E o pop rock foi bem representado no sábado (14 de setembro) pelo Imagine Dragons e OneRepublic. Com o vocalista do ID, Dan Reynolds, falando abertamente para o público sobre sua saúde mental. Uma grata surpresa foram os ingleses do James, com o cantor Tim Booth interagindo bastante com o público. Outro que chamou atenção foi o jovem bluesman Cristone “Kingfish” Ingram que entusiasmou a todos, trazendo o blues do Mississipi ao Palco Sunset. Agora finalmente temos o dia voltado ao rock’n’roll. No último domingo (15 de setembro), tivemos os veteranos do Journey e Deep Purple.
Ambos na sua primeira vez no festival. O primeiro como uma das atrações do Palco Mundo e o segundo, fechando as atividades do Palco Sunset. Antes deles, tivemos o Barão Vermelho e os Paralamas do Sucesso deixando seu recado. Veteranos do Rock in Rio, fizeram uma apresentação com o que há de melhor no seu repertorio. Ou seja o rock da nossa terra brasilis na sua essência. No Palco Sunset, o Barão trouxe sucessos como “Bete Balanço” e “Por Você”. Aproveitaram o momento para lançar uma nova canção “Do Tamanho da Vida”. Presente dado pela mãe de Cazuza, Lucinha Araújo.
É um poema inédito do icônico vocalista da formação original do grupo. Os Paralamas exibem todo seu carisma e técnica no Palco Mundo. Hits como “A Novidade”, “Alagados”, “Caleidoscópio” e o final com “Meu Erro”, fizeram a alegria dos presentes. Já no Palco Sunset temos a parceria entre o Planet Hemp e a roqueira Pitty, foi uma boa apresentação em conjunto. Logo em seguida os californianos do Incubus celebrando os 20 anos do álbum “Morning View (2001)”. Foi um show enxuto com as covers de “Come Together” dos Beatles e “In The Air Tonight” de Phil Collins, citada em “Are You In”. De volta ao Palco Mundo temos os veteranos do Journey. Com seu rock de arena liderado pelo guitar hero Neal Schon e o vocalista Arnel Pineda.
O cantor filipino entrou no lugar de Steve Perry, que marcou a carreira do grupo. É um substituto à altura. Isso é ouvido em “Faithfully” e na balada “Open Arms”. Em “Lights’’, o batera Deen Castronovo assume o microfone e chama atenção a semelhança vocal com Steve. Retornando ao posto, Pineda solta a voz na arrasa-quarteirão “Separate Ways”, a canção das canções “Don’t Stop Believin” e “Any Way You Want It”. Fechando as atividades no Palco Sunset temos o Deep Purple. Agora acompanhados por Simon McBride na guitarra.
No lugar do gutiar hero Steve Morse. Os integrantes com cerca de 70 anos de idade cada, exibem uma disposição de dar inveja aos jovens de hoje. Ian Gillan já não é mais o “Silver Tongue” da juventude, mas consegue dar uns agudos. E mantendo a simpatia característica em cima do palco, ao som de “Highway Star”, “Lazy” e “Space Truckin’”. Don Airey exibe toda maestria nos teclados com direito à citação de “Aquarela do Brasil”. O destaque fica para o” jovem” de 45 anos McBride que exibe toda sua maestria nas seis cordas da sua guitarra no clássico do rock “Smoke on the Water”, que se não deixou levar pelo tradicional. Acionando sua própria leitura da canção, sem que ela perca sua originalidade.
E o encerramento com “Black Night”. Para fechar o dia no Palco Mundo temos Evanescence e Avenged Sevenfold. Amy Lee e sua banda deixaram uma ótima impressão nos shows por 2023 por aqui e a expectativa era grande. Após atraso para acertar um problema técnico, Amy sobe ao palco. Cheia de carisma e conversando com o público, agradece o carinho de todos. Fizeram parte do setlist: “Call Me When You’re Sober”, “Going Under” e “My Immortal”.
Esta última com direito ao refrão em português ao final. E o encerramento de um grande show proporcionado pelo grupo com seu maior sucesso, “Bring to Life”. O Avenged Sevenfold fecha com seu tradicional nu melal com ares de hard rock. Seu vocalista M. Shadows tem uma boa presença de palco aliada, a efeitos de luz e pirotécnicos. Que deixariam o Slipknot com inveja. Canções como “Hail to the King” e “So Far Away” fizeram a alegria dos fãs. Após cinco passagens no Brasil, o grupo realizou no Rock in Rio, sua maior apresentação por aqui.
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