Matt Damon e Casey Affleck são amigos de infância e atuaram juntos na franquia “Onze Homens & Um Segredo (2001)” e retomam a parceira na comedia com pegada de ação “Os Provocadores (The Instigators, 2024)”. Ao mesmo tempo, Damon volta a trabalhar com Doug Liman, com quem iniciou a franquia do desmemoriado Jason Bourne em “A Identidade Bourne (2002)”. Com o trio formado temos o que há de melhor no gênero filmes de assalto. Só com um pequeno detalhe, os personagens de Matt e Ben em “Onze Homens” possuíam um estilo mais refinado e sagaz. Agora eles interpretam Rory e Cobby respectivamente. O primeiro é veterano da guerra em crise financeira e o segundo, recém-saído da prisão. E se mostram bastante inexperientes.
Os dois se tornam parceiros, o que seria algo simples. Assaltar o prefeito Micelli da cidade de Boston, com o eterno Hellboy Ron Perlman no papel, que está em campanha pela sua reeleição. Os cofres de seu escritório estão recheados de dinheiro. Assim temos o plano arquitetado por Besegai (Michael Stuhlbarg) e Dechico (Alfred Molina, o Doutor Octopus de “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa, 2022”). Somada a presença do capanga deles, Scalvo (Jack Harlow). Eles o encarregam ao lado de Rory e Cobby para roubarem o dinheiro da campanha antes que seja colocado no carro forte. Porém a ação dá errado.
Scalvo é alvejado, porque este roubou o bracelete de estimação de Micelli. E Cobby é atingido no braço. Que é pego pela dupla e fogem do local desesperadamente. Micelli aciona seu chefe das forças especiais Frank Toomey (Ving Rhames, o Luther da franquia “Missão Impossível” de Tom Cruise) para recupera-lo. Em fuga, Rory pede auxilio da sua psiquiatra Donna Rivera (Hong Chau de “Tipos de Gentileza, 2024”). Pega de surpresa, fica sem reação no início. Acompanhando a dupla, vai conseguindo entender o que fazer nesta situação. Daí a trama inicial de “Os Provocadores”, escrita por Affleck ao lado do roteirista Chuck McLean. Ao contrario do que vimos na franquia “Onze Homens”, onde o plano para o roubo é feito nos mínimos detalhes.
Rory e Cobby não se ajudam. Apesar da experiencia criminal do segundo, tudo o que pode dar errado ocorre. E o primeiro apenas está lá, para pegar o dinheiro necessário para poder ver o filho. Já que não pagou as pensões após o divórcio. Fora que a dupla não se mostra muito inteligente. Cobby é uma pessoa extremamente irritante, falando coisas sem sentido. Já Rory se mostra inexperiente com a ação, apesar se ser veterano de guerra. Casey e Matt estão ótimos em seus papeis. Pura sintonia em cena, lembrando as parcerias vistas em “Máquina Mortífera (1987)” e “Antes Só Do Que Mal Acompanhado (1987). E Liman traz sua pegada que mescla perfeitamente comedia, ação e suspense.
“Os Provocadores” presta um tributo à cidade de Boston. Terra natal de Matt e Casey, bem como de Ben, irmão mais velho do segundo. Este trabalhou com Damon em “Gênio Indomável (1997)” e “Air: A História Atrás do Jogo (2023)”, que também produz a película. Uma amizade que já é uma irmandade. E faz um alerta sobre a saúde mental, no caso Rory. Fragilizado no pós guerra, não sabendo lidar com a separação e a distancia do filho.
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