Após fazer uma cirurgia na garganta, Jon Bon Jovi juntamente com sua banda, o Bon Jovi, iam sair em turnê para celebrar os 40 anos de carreira. Além de promover o novo álbum “Forever”, lançado em junho deste ano. Comentamos no link: https://cyroay72.blogspot.com/2024/07/bon-jovi-esta-de-volta-com-forever.html. Este se mostrou um exemplo da força de vontade de Jon para seguir em frente. Superar as adversidades da sua recuperação. Esta se mostrou mais longa do que o próprio imaginava. Por isso, todos seus planos tiveram que ser adiados. Inclusive a apresentação para a edição deste ano do Rock in Rio em nossa terra brasilis. Sendo um ano sabático e voltado para sua recuperação total. Assim temos a minissérie em formato de documentário “Thank You, Goodnight: A História do Bon Jovi (Thank You, Goodnight: A Bon Jovi Story, 2024)”.
Dividido em quatro episódios, vemos como Jon surgiu no mundo do rock e ao mesmo tempo, a formação da banda que leva seu nome. Este diz que seus pais nunca foram pessoas voltadas para a música. Que sua iniciação foi ouvindo radio e dai um salto. Vendo um violão na loja que a mãe tinha, ele ganhou de presente dela. Mais tarde, conhece um vizinho que tocava guitarra e tocava numa banda. Foi com ele que aprendeu a tocar o instrumento. Bem como seu comprometimento, como vemos no decorrer da minissérie. Que lhe disse “para levar a sério, senão nem aparece aqui”. Assim toca com amigos indo a bares locais em New Jersey. Formando bandas como Atlantic City Expressway.
Que atingiu bastante sucesso na cidade. Conhece David Bryan, este um excepcional tecladista e foi chamado por causa da van. Já que podia transportar os instrumentos e o equipamento. Lá se formou uma amizade de verdade entre Jon e David. Ao mesmo tempo, Jon começa a trabalhar no estúdio Power Station. Graças ao primo Tony, que não conhecia. Acompanhando sua rotina, viu de perto seus ídolos. Como Mick Jagger, Queen e David Bowie, por exemplo. Teve a oportunidade de gravar a canção que marcaria sua carreira, “Runaway”. Com as madrugadas livres no estúdio, juntamente com Bryan gravou sua primeira demo. Indo de porta em portas da gravadoras, foi recusado por todas.
Jon tem a ideia de divulga-la nas rádios. Deixando a demo com o bom e velho DJ’s. “Runaway” estoura e faz com ele corra contra o tempo para completar a banda com David. Através de um anuncio no jornal conhece as pessoas que se tornaram sua família na música. No caso, o batera Tico Torres, Alec John Such no contrabaixo e o guitar hero Richie Sambora. Este no seu depoimento, diz logo de cara, que não gosta da canção. Gravam o primeiro álbum homônimo em 1983 e o inicio de história recheada por altos e baixos. Os envolvidos deixam seus pontos de vistas e se unem a Jon para exibir sua resiliência pela continuidade do grupo.
Intercalado com momentos atuais, quando o grupo retornou as ativas com uma breve turnê em 2022 nos Estados Unidos. E lá a constatação dos problemas vocais do vocalista, este se mostra forte em superar isso. Relembrando como foi difícil sair do chamado “hard rock farofa” dos anos 80, mesmo com o sucesso retumbante de “Slippery When Wet” em 1986. E a composição da canção “You Give Love A Bad Name” com Desmond Child e o descontentamento de Jon com “Livin’ on a Prayer”, que não acreditava no seu potencial. Foi advertido por Sambora. Mesmo assim, o grupo finalmente ganha as paradas de sucesso. Com uma rotina continua de shows ao lado de Doc McGhee, nomeado empresário do BJ. Todos salientam que houve abusos, no caso álcool.
Aproveitaram o ditado “sexo, drogas e rock’n’roll”. Mas de modo consciente. Posteriormente o rompimento da parceria com McGhee e a tensão vivida ao final da turnê “New Jersey” em 1990 no México. Onde os shows quase não ocorreram por causa da ebulição politica no pais. Que evidenciou o esgotamento físico e mental do grupo. Em meio a isso, a imagens de época feitas de forma amadora com oficiais. A minissérie detalha a carreira da banda e focando na recuperação de Jon. Conhecemos mais a fundo sua personalidade. Uma pessoa firme em seus objetivos e convicções. Que se doa “102%” em suas palavras quando sobe ao palco e se não consegue fazer isso, se sente a pior das pessoas.
Isso é exemplificado em um dos shows de 2022. Somada ao casamento de longa data com Dorothea Hurley. Um dos melhores momentos é o depoimento de Richie sobre sua saída em 2013. Explicando que passava por problemas com sua então esposa Heather Locklear, o distanciamento da filha Ava e o vício em álcool, foram os verdadeiros motivos. Além de um certo ressentimento com o produtor John Shanks e Jon por causa da introdução de violão na canção de “The Fighter”. Ainda se sente culpado pelo ocorrido e pedindo desculpas para os fãs.
Comentários
Postar um comentário