O Dia dos Namorados é celebrado pelos casais ao redor do mundo. Seja um jantar romântico no restaurante favorito dos dois. Seja uma noite privada em um local especial, onde o casal exibe todo seu amor sem pudor. Com isso em mente temos o cult “9 & ½ Semanas de Amor (9 & ½ Weeks, 1986)”. Estrelado pela musa dos anos 80 Kim Basinger e o galã do momento Mickey Rourke. Ambos viam de sucessos como “Um Homem Fora de Série (1984)” e “O Ano do Dragão (1985)” respectivamente. Mais tarde, levaram para casa, a estatueta do Oscar. Basinger como Melhor Atriz Coadjuvante por “Los Angeles: Cidade Proibida (1997)” e Rourke como Melhor Ator por “O Lutador (2008)”. Dirigido por Adrian Lyne, que antes realizou o drama musical “Flashdance: Em Ritmo do Embalo” em 1983.
Que se tornou um sucesso mundial. Ao lado dos roteiristas Sarah Kemochan, Patricia Louisanna Knop & Zalman King adaptaram o romance homônimo de 1978 da escritora Ingeborg Day. Kim é Elizabeth McGraw, que trabalha numa galeria de arte na cidade de Nova York e Mickey é o promissor corredor da bolsa de valores Wall Street, John Gray. O encontro casual entre os dois vai se tornando um tórrido romance em seus 117 minutos. Iniciando um jogo de sedução que trouxe uma sensualidade à flor da pele. Um tabu naqueles tempos. Kim vai exibindo todo o sex-appeal da personagem. A tímida especialista em arte que vai entendendo a persona de John (Mickey). Um homem que se esconde na vida real. Na intimidade, ele mostra quem é. Uma pessoa que curte dominar seu parceiro entre as quatro paredes do quarto de seu apartamento duplex.
A intimidade sem censura entre os dois chamou atenção de publico e critica. Onde por muitos foi considerado como “filme erótico”. Algo que prevalece até hoje. A cena do strip-tease de Elizabeth ao som de “You Can Leave on Your Hat On” do vozeirão Joe Cocker ou a sequência na geladeira onde Kim come e bebe furiosamente seu conteúdo. Uma paixão atordoante para ambos. Basinger está ótima como a mulher recém-divorciada que conhece um novo mundo ao lado de John. Este é bem feito por Rourke como um homem frio e calculista. Que sabe manipular as pessoas, como bom especulador financeiro. Apesar do bom trabalho da dupla na frente das câmeras e Lyne como diretor, “9 ½ Semanas de Amor” foi um fracasso de bilheteria nos EUA.
Mesmo a boa repercussão na Europa e em outros países, a película é relegada até hoje como um filme de sexo. Apesar de que mais recentemente tivemos a franquia “Cinquenta Tons”, onde vemos o arrojado estilo sexual do bilionário Christian Grey ao lado de sua amada Anastacia Steele. Que pode chocar o espectador mais desatento. Aqui um dado interessante, Kim é Elena Lincoln, responsável por introduzir Christian no quesito “sexo sem limite”. Um contraponto à sua personagem em “9 ½ Semanas de Amor”, que foi levada a este mundo por John. O filme deixa sua marca como um drama romântico com pitadas mais sexuais e intimas entre um homem e uma mulher que buscam ascender. Um relacionamento em que os dois desejam a completa submissão de seu parceiro.
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