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O Documentário "HERCHCOVITCH; EXPOSTO"

O mundo da moda sempre encantou a todos. Seja pelas roupas exuberantes vestidas por estrelas da musica e do cinema, seja pela revolução cultural causada quando lançadas em desfiles impactantes. Sendo referencia para sétima arte como o divertido “O Diabo Veste Prada (2006)” e o impactante “Pret-A-Porter (1994)”, já este revela seus bastidores. Onde a intriga e a perseverança convivem em clima conturbado. É assim que chegamos ao documentário “Herchcovitch; Exposto (2024)”, produzido e dirigido pelo próprio Alexandre Herchcovitch ao lado de Rafael Barioni. Herchcovitch abre seu guarda-roupas para nos trazer suas origens e discutir abertamente sobre sua ascensão na moda nos anos 90.E em seu melhor momento, resolve vender a marca em 2016.

Também retrata seu retorno à firma que construiu ao lado da mãe Regina, sua principal referencia e maior incentivadora. Com uma sinceridade única, ela diz que o filho a acompanhou desde pequeno quando trabalhava na loja de confecção de roupas da família. Até criar as próprias roupas e o começo de sua história como um dos maiores estilistas do Brasil. Com roupas autorais, Alê, como é chamado pelos mais próximos, surge no mundo underground em clubes noturnos da capital paulista. Lá conhece a drag queen Márcia Pantera. Os dois formam uma parceria que alavanca a carreira dos dois. Com Alê produzindo roupas exclusivas para suas performances e ao mesmo tempo, chamando atenção do grande publico. 

Contado em formato de flashback, nos fala como é voltar ao mundo que deixou em 2016. Onde peças usadas em seus desfiles nos anos 90 e inicio dos 2000, que estavam guardadas no seu apartamento em caixas. Determinado momento, brinca: “Esse é meu acervo?”. Prestes a realizar o desfile que marca seu retorno, acompanhamos os quatro dias que o antecedem. O “acervo” serve de cenário para o desfile que será realizado num galpão na cidade de São Paulo. Comenta sua participação nas primeiras edições da São Paulo Fashion Week e como isso impulsionou sua carreira. Diz que uma de suas inspirações foi o cantor Boy George. E que ele usa maquiagem não por ser gay e sim para ficar mais bonito.

Os chapéus usados por Boy, o inspiraram a criar uma coleção própria. Só sobrando um, encontrado em meio às caixas. O sucesso chega e Alê participa dos principais eventos do mundo fashion. Nova York, Londres e Paris, por exemplo. Além do seu estilo único, lutou pela sustentabilidade, a diversidade e inclusão social. Isso foi visto nas roupas criadas e nos acessórios (colares, brincos, pulseiras e calçados) em seus desfiles. Comenta que viveu intensamente o sucesso e contando com de depoimentos de pessoas que trabalharam com ele até a venda da empresa. O fascínio e a decepção se mostram neste momento. 

O inicio e o fim de uma era, a própria Regina tem dificuldades para falar a respeito. Ela deixou a empresa que fundou com Alê na época. A tensão está no ar, o desfile está prestes a acontecer. Alê retomando a marca que vendeu e a relevância num mundo que mudou bastante desde 2016. Onde o consumo rápido das marcas se tornou relevante. O que está em evidencia, já não tem o mesmo peso no dia seguinte. Por isso, um estilista como Herchcovitch exibe seu trabalho autoral para um publico novo e um olhar para um futuro otimista a respeito. 

DETALHE: dona Regina voltou a trabalhar com o filho em 2024.


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