O dia 23 de julho de 2011 é marcado pelo súbito falecimento da cantora Amy Winehouse. Uma jovem de 27 anos com uma voz poderosa e cativante. Ela foi responsável por colocar a soul music e o jazz em evidencia novamente. As divas Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan e Lauryn Hill, eram suas maiores influencias. Seu segundo disco “Back to Black (2006)” foi um sucesso mundial e vencedor do Grammy como Melhor Álbum daquele ano. Porem sua vida pessoal era um prato cheio para a imprensa. Seus problemas com álcool vieram à tona, bem como a relação toxica com Blacke Fielder-Civil, este um viciado em drogas. Por isso, foi preso ao agredir o dono de bar enquanto procurava por Amy. Após uma violenta briga do casal. Depois de passar um tempo numa clinica de reabilitação e se recuperar totalmente do vicio, veio a falecer. Devido a uma intoxicação por álcool.
Passados treze anos, a cineasta Sam Taylor-Johnson de “50 Tons de Cinza (2015)” ao lado do roteirista Matt Greenhalgh contam a história de Amy. Eles retomam a parceria de “Garoto de Liverpool (2010)”, sobre a juventude de John Lennon quando ele formou os Beatles ao lado de Paul McCartney. Para ser Amy temos Marisa Abela, deslanchando a carreira como cantora. Se apresentando em pubs próximos do bairro em que mora, Camden, na capital inglesa Londres. Seu amigo Nick (Sam Buchanan) lhe consegue um contrato com a gravadora Island Records, pela qual grava seu primeiro disco “Frank” em 2003. É um sucesso na Inglaterra e atinge as paradas de sucesso na Europa. Empolgada, acredita que sua carreira deslanchará quando seu trabalho chegar à terra do tio Sam.
Numa reunião com executivos da gravadora, ela é dissuadida disso. Acham que não é o momento dela sair em turnê nos EUA, e que precisa melhorar sua performance de palco. Bastante irritada, mandando todos para “aquele lugar”. Mesma acompanhada pelo pai Mitch, com o veterano Eddie Marsan no papel. Ela resolve dar uma pausa na carreira. Indo a um pub, encontra Blake (Jack O’Connell de “Invencível, 2014”). A interação é imediata, se sentem atraídos um pelo outro. Apesar dos contratempos, iniciam uma relação tempestuosa. Ele, usuário de cocaína e ela bebe demais. Fora que isso aflora sua forte personalidade. Seu humor se alterna e atacando quem lhe incomoda. Ela se aconselha constantemente com a avó “Nan” Cynthia, feita pela experiente Leslie Manville. Assim temos o mote de “Back to Black”.
Focando no relacionamento de Amy e Blacke. Como isso reflete em suas canções, em especial no álbum que dá titulo a película. Como ela bem diz no filme, “Eu Preciso Viver Minhas Canções” e “Quero Que As Pessoas Esqueçam Seus Problemas Por Cinco Minutos”. Marisa caiu de cabeça no papel e transmite isso perfeitamente. Além de ratificar a fase alcóolica e como isso explicitava sua fragilidade emocional. Somada a presença de Blake, era prejudicial. Apesar do amor incondicional que sentiam, isso era destrutível para ambos. Jake exibe a personalidade manipuladora de seu personagem. Os dois mostram muito sintonia em cena. Com Abela soltando a voz, assim como Amy. E Leslie está perfeita como a referência artística da neta e sua principal incentivadora.
Comentários
Postar um comentário