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PEARL JAM & A Matéria Escura

Ao contrário do que parece, não é a continuação da scifi “Interestelar (2014)” de Christopher Nolan com colaboração do Pearl Jam. É na verdade sobre o grupo de Seattle como um dos grandes expoentes do movimento grunge no início dos anos 90 ao lado do Nirvana, Alice In Chains e Soundgarden. Em mais de trinta anos de carreira Eddie Vedder (vocal & guitarra), Stone Grossard (guitarra), Mike McCready (guitarra solo), Jeff Ament (contrabaixo) e o batera Matt Cameron, este no grupo desde 1998, fincaram seus nomes na história do rock. Desde a estreia com o impactante “Ten” em 1991 passando pela fase de experimentação com “No Code (1996)” e “Binaural (2000)”; chegando ao amadurecimento musical com “Backspacer (2009)”, “Lighting Bolt (2013)” e “Gigaton (2020)”. Este último lançado pouco antes do mundo parar literalmente com a pandemia da Covid 19. 

Onde inclusive ele seria transmitido nas principais redes de cinema ao redor do globo, mas a ideia não foi adiante. Agora com a situação controlada, chegamos ao novo álbum do grupo, “Dark Matter (2024)”. No último dia 16, para antecipar seu lançamento oficial (19 de abril de 2024), o PJ retomou a ideia e realizou a transmissão do álbum nas salas de cinema nos quatro cantos do mundo. Que ganhou o nome de “Global Theatrical Experience”. Nas palavras de Vedder, “É nosso melhor álbum. Mas vocês podem achar que estou mentindo”. Ele disse isso, a um seleto público que conseguiu ver e ouvir o álbum em primeira mão no Troubadour em 01 de fevereiro de 2024. Lendária casa de show em Los Angeles, como bem vimos em “Rocketman (2019)”, cinebiografia de sir Elton John.

Aqui um dado histórico, o PJ se apresentou no mesmo local há 33 anos atrás, quando tocando as canções de “Ten” pela primeira vez. Voltando a “Dark Matter”, ele foi produzido por Andrew Watt, um dos novos expoentes do ramo. Ele trabalhou com Eddie em “Earthling (2022)” e com os Rolling stones em “Hackney Diamonds (2023)”. Chamando atenção do público e da crítica com “Ordinary Man (2020)” do prince of darkness Ozzy Osbourne e “Justice (2021)” de Justin Bierber. Suas onze canções foram gravadas em Malibu (Califórnia), no estúdio do prestigiado Rick Rubin, o Shangri-La. Foram três semanas no local, pois a casa de Watt foi inundada. Sobre a estada no local, Vedder comentou: “Aquele espaço tem uma vibração diferente. Aproveitei o máximo que pude”. 

A sessão se inicia com as boas vindas de Jeff, seguida da canção “Scared of Fear”. Ao contrario do que ouvimos habitualmente como faixa de abertura PJ, ela tem uma pegada psicodélica com ares de rock progressivo. Já “React, Respond” é um ska rock pungente, pontuado pelo contrabaixo de Ament. “Wreckage” é um pop rock que lembra o melhor do cancioneiro do finado Tom Petty. A faixa título “Dark Matter” é o primeiro single. Como de praxe uma canção bem ao estilo PJ. Rock cadenciado e marcado pelo solo cortante de McCready. ”Won’t Tell” é o momento balada do álbum. “Upper Hand” e “Waiting For Stevie”, sentimos a força musical do grupo. Uma interação que beira à perfeição. 

Running” é o punk rock característico PJ, uma espécie de homenagem por parte de Eddie para os Ramones. “Something Special” é dedicada às filhas de Vedder, Olivia e Harper. Um country rock que traz na memoria, a doce “Last Kiss”. Got to Give”, a pegada rock’n’roll está de volta. Fechando os trabalhos temos a sentimental “Setting Sun”. Uma reflexão sobre como é envelhecer. No caso, Eddie está chegando aos 60 anos. Assim como para Stone (57) e Mike (58), Jeff e Matt já estão com 61 anos de idade. Eles mostram que ainda possuem muita lenha para queimar. E a presença de Andrew Watt só ratifica isso. Ele é um grande fã da banda e foi determinante para impulsiona-los.


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