O britânico Matthew Vaughn se notabilizou na parceria com Guy Ritchie em “Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes (1998)” e “Snatch: Porcos & Diamantes (2000)”. Depois foi para o mundo das HQs com as adaptações de Kick Ass em 2010 e o preludio dos mutantes da Marvel em “X-Men: Primeira Classe” em 2011. Isso foi o impulso necessário para levar a graphic novel concebida por Mark Millar e Dave Gibbons, The King’s Man, para a tela grande do cinema em 2014 com “Kingsman: Serviço Secreto”. E se tornando uma franquia de sucesso com “Kingsman: O Circulo Dourado” de 2017 e “King’s Man: A Origem” de 2021.
Agora Vaughn nos traz o conto original “Argylle: O Superespião (Argylle, 2024)”, escrito por Jason Fuchs. Aqui conhecemos a escritora Elly Conway, interpretada por Bryce Dallas Howard da franquia “Jurassic World”. Ela faz muito sucesso com a série de romances de espionagem no melhor estilo Ian Fleming, do espião Argylle, vivido pelo homem de aço Henry Cavill, e seu grupo de amigos agentes Wyatt (o Pacificador John Cena) e Keira (Ariana DeBose Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante pela refilmagem de “Amor Sublime Amor, 2021”). Num evento que narra a ultima aventura de Argylle, anuncia que está terminando de escrever sua ultima aventura. E que em breve, ela será lançada.
De volta ao seu lar, acompanhada pelo gato Alfie, Elly sofre um bloqueio criativo. Orientada pela mãe Ruth (Catherine O’Hara da série “Schitt’s Creek, 2015 a 2020”) a escrever mais um capitulo para continuar a jornada de Argylle. Elly não consegue seguir o conselho da mãe e resolve ir visita-la e o pai em uma viagem de trem. No percurso, descobre que está sendo seguida e é alertada por Aidan Wilde (Sam Rockwell, Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por “Três Anúncios para um Crime, 2017”). Ele a protege de pessoas que desejam rapta-la. Vendo suas ações, Aidan se apresenta como um agente secreto tão habilidoso quanto Argylle. Com o stress vivido, ela tem visões dele enquanto Aidan subjuga seus algozes.
Após o resgate, está no esconderijo de Aidan. Que lhe diz que a organização terrorista “A Diretoria” está atrás dela. Já que o ultimo manuscrito do seu livro, revela sem querer seus planos de controlar as redes sociais ao redor do globo. Ela é comandada por Ritter, com o eterno Walter White da impactante “Breaking Bad (2008 a 2013)” Bryan Cranston no papel. De inicio, Elly não acredita em Aidan. Até que vão até Londres, Aidan precisa da imaginação como escritora de Elly para encontrar o paradeiro de seu contato. Já que ele possui os dados que Ritter deseja para concluir seus planos. Assim temos a tresloucada trama de “Argylle”, aqui Matthew retoma a pegada da franquia “King’s Man”.
Sequencias de ação de dar inveja ao James Bond Daniel Craig e ao mesmo tempo, satiriza a saga do agente com permissão para matar. Deixando bem claro que seu intuito é divertir o espectador. Como bom filme de espionagem, as aparências enganam. A origem da criatividade de Elly vem de uma experiência anterior relacionada à Aidan, assim como a presença de Ritter e Ruth. É o ponto de virada da película com Bryce exibindo um vigor físico, que não se vê em seus trabalhos anteriores. Mesmo em “Jurassic World”.
Já Sam tem a oportunidade de mostrar sua veia cômica com muito sarcasmo. Matthew pega emprestado o conceito de cena pós credito do Universo Cinematográfico Marvel, para nos trazer o jovem Argylle (Louis Patridge) numa cantina e conversando com o bartender. Este diz que pode ajuda-lo no que necessito. Para o espectador mais atento, vai perceber que do lado de fora, temos o logo dos Kingsman. Dando a ideia de um universo interligado. Completam o elenco a diva pop Dua Lipa como a vilã Lagrange e o Nick Fury do UCM Samuel L. Jackson é Alfie Solomon, o diretor aposentado da CIA.
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