Na nossa infância, sempre houve aquele amigo que conversávamos sobre vários assuntos. O menino que implicava com você, a primeira paixão e a vontade de fazer algo proibido. Isso no caso, um amigo imaginário. Onde dávamos um nome como Rubão, João e por aí. Pensando nisso, três amigos de infância criam o seu. Com uma pequena diferença, sempre que se metiam encrencas, a culpa era sempre dele. Este é o mote inicial de “Ricky Stanicky (2024)” onde Dean (Riley Stiles), JT (Oscar Wilson) e Wes (Gaius Nolan) ao brincar com vizinhos na noite de halloween, acabam quase incendiando a casa destes. Para se livrarem da responsabilidade, deixam como prova de culpa, uma jaqueta com o nome de Ricky. Desde então, eles conseguem se livrar de todas as confusões que criam. Já adultos e casados, Dean, agora feito por Zac Efron (“Garra de Ferro”, 2023), JT por Andrew Santino e Wes é interpretado por Jermanie Fowler, continuam aprontando. JT está prestes a ter um bebê com a esposa Susan (Anja Savcic).
Isso não o impede de ir a um show do DJ Marc Rebillet na cidade cassino Atlantic City, com Dean e Wes. A desculpa é que Ricky se curou de um câncer, mas ele voltou. Por isso, precisam ir até ele para lhe dar um suporte. Ele mora em Albany (Nova York). Dean vive com a jornalista Erin (Lex Scott Davis), Wes assumiu sua homossexualidade e mora com Keith (Daniel Monks). JT e Dean trabalham na mesma empresa e tem como chefe Summerhayes (William H. Macy da série “Shameless” de 2011 a 2021). Dean está à frente de uma parceria da firma em que trabalha com a multinacional World River. Voltando ao show, eles encontram o ator Rock-Hard Rod, com o Pacificador John Cena no papel. Eles até se divertem, porem Rod se mostra inconveniente. JT o dispensa. Dean tenta compensar e Rod deixa seu contato, caso precisa de seus trabalhos como ator. Ele faz um show num boteco local, onde canta os maiores sucessos dos anos 70 e 80. Com um pequeno detalhe, ele troca suas letras por outras de conteúdo sexual.
O inesperado acontece, Susan entra em trabalho de parto e o filho de JT nasce. Os três precisam retornar. E é um menino, que ganha o nome Whitaker. Todos questionam quem é Ricky Stanicky. Em especial a sogra de JT, Leona (Heather Mitchell), que não acredita que ele exista. Pressionados, o trio decide apresenta-lo no dia da circuncisão de Whitaker. Eles correm contra o tempo para encontrar alguém para personificar Ricky. Dean lembra de Ron e ele é o escolhido para o melhor amigo imaginário do trio. Entregam a ele, o que chamam “A Bíblia”. Que possui todas as histórias criadas pelos três sobre quem é Ricky e como estiveram juntos até hoje. Dai o mote inicial de “Ricky Stanicky”, dirigido por Peter Farrelly, responsável pelas comedias “Débi&Loíde: Dois Idiotas Em Apuros (1994)” e “Quem Vai Ficar Com Mary (1998)” ao lado do irmão Bobby.
Trazendo de volta o humor escrachado e sem noção dos citados anteriormente. Muito representado pelo personagem de Cena. À vontade no papel, aproveita sua veia cômica como bem vimos na série HBO “O Pacificador (2022)”. Levando sua atuação a um nível de humor sem limites ao ridículo. Rod se torna Ricky e quando não é mais necessário, quer se manter no papel. Já que se sente muito ligado aos três. Nunca teve isso em sua vida. No caso, uma família de verdade. Zac aproveita seu carisma de galã para deixar seu recado e Macy é marcado pelo momento mais constrangedor do filme. Marca registrada de Farrelly em seus trabalhos. Que o diga Ben Stiller em “Antes Só Do Que Mal Casado (2007)”. Ao falar em público em convenções, ele gesticula bastante com as mãos e cabeça. De um modo que dá a entender que está realizando sexo oral em um homem.
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