Os limites e a resiliência de uma pessoa é um tema que vem sendo explorado pelo cinema. “127 Horas (2010)” estrelado por James Franco, “Livre (2014)” com Reese Winterspoon e “Invencível (2014)” de Angelina Jolie, são bons exemplos. Agora é a vez de “Nyad (2023)” sobre a nadadora Diana Nyad, se tornou conhecida ao vencer a prova no Golfo de Nápoles em 1974, bateu o recorde feminino (08 horas e 11 minutos em 35 km). No ano seguinte, nadou ao redor da ilha de Manhattan (45 km) em tempo recorde. E em 1979, nadou das Bahamas até a Flórida (164 km). Um ano antes, um desafio pessoal. Cruzar o oceano entre Havana e Key West na Flórida, total: 180 de km. Uma área infestada por tubarões e aguas vivas.
Uma gaiola a protegia, depois de 42 horas do percurso, ela foi socorrida por uma equipe medica. Sofrendo de hipotermia, fadiga e as condições climáticas. Produzido em parceria com o canal das redes sociais Netflix e a dupla responsável pelo elogiado documentário “Free Solo (2018)”, Jimmy Chin & Elizabeth Chai Vasarhelyi. Vemos a nadadora interpretada pela veterana Annette Bening (a Mar-Vell de “Capitã Marvel, 2019”), em uma nova tentativa para a travessia. Com um pequeno detalhe: passados 33 anos da primeira tentativa e agora com 61 anos de idade. Um conto baseado na sua preparação para conseguir concluir este desafio pessoal. Tendo ao lado sua companheira e melhor amiga, Bonnie Stoll.
Feita por Jodie Foster (Oscar de Melhor Atriz por “O Silêncio dos Inocentes, 1991)”. É treinadora e chamada por Diana para ajuda-la a realizar a travessia. Elas tiveram um relacionamento no passado e se mantiveram próximas. A contragosto, Bonnie aceita. A idade dela se torna sua principal desvantagem, já que no auge da carreira não conseguiu conclui-la. Assim as duas recrutam uma equipe para ajuda-las na viagem. Médicos junto a especialistas em tubarões e espécies marinhas. E o mais importante, um navegador para enxergar a rota mais segura. O escolhido foi John Bartlett (Rhys Ifans, o Otto Hightower da serie HBO “A Casa do Dragão”, desde 2022). O barco é dirigido pela silenciosa capitã Dee Brady (Karly Rothenberg). As idas e vindas na viagem se tornam o mote de “Nyad”.
A roteirista Julia Cox adaptou o livro “Find A Way” escrito pela própria Diana. Que nos traz suas motivações, exibindo certa loucura e obsessão para vencer o desafio. Somado a uma trama de infância, revelado no ato final. Bening está muito bem no papel e transmite isso perfeitamente. Foster está ótima como o suporte emocional para Diana. A dupla de cineastas e Cox aproveitam a presença de duas grandes atrizes para ser a força motriz da película. A cumplicidade delas em cena beira a perfeição e não escondem a idade. Annette está com 65 anos e Jodie com 61. Isso dá mais autenticidade ao que vemos em cena. A performance física da primeira é o destaque da sua atuação. Só após da quinta tentativa, Diana conseguiu concluir a travessia em 02 de setembro de 2013.
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