O ativismo pelos direitos iguais entre negros e brancos na terra do tio Sam sempre rendeu bons filmes. Como “Histórias Cruzadas (2011)”, “O Mordomo da Casa Branca (2013)” e “Selma: Uma Luta Pela Igualdade (2014)”. Este último marcado por um momento histórico que deu direito de votos para os negros a partir de 1965. Comentamos no link: https://cyroay72.blogspot.com/2015/02/selma-uma-luta-pela-igualdade.html. Assim temos “Rustin (2023)” sobre Bayard Rustin, um dos organizadores da Marcha sobre Washington por Trabalho e Liberdade em 1963 que reuniu 250 mil pessoas. Que originou o discurso icônico de Martin Luther King, “Eu tive um sonho ...”. Bayard é interpretado por Colman Domingo. Dirigido por George C. Wolfe de “A Voz Suprema do Blues (2020)”.
Traz como Rustin e seus companheiros prepararam a marcha juntamente com as idas e vindas para segui-la como imaginaram. Um homem negro, de personalidade forte, ativista politico e homossexual. Seu ativismo é o foco da película. Colman exibe toda perseverança do personagem. Desde o pedido para realizar a passeata nos órgãos oficiais da capital dos Estados Unidos passando pelos adventos políticos por tal ação. Muitos o enxergam como revolucionário. Além de focar na sua vida pessoal e como ela se intercala com a politica. Aqui Bayard reflete porque não consegue engatar uma relação naqueles tempos atribulados. Além do preconceito racial, há o de gênero. Por isso, ele precisa se resguardar.
Assim focando no seu ativismo, que traz simpatizantes para sua causa. E se aproximando de Martin Luther King, com quem se tornou amigo próximo e conselheiro. Aqui feito por Ami Ameen. Daí o mote para “Rustin”. Wolfe traz um retrato de como o movimento se iniciou a partir das ações de Bayard. Ao contrario dos filmes que mencionamos anteriormente, não é uma cinebiografia sobre o personagem. Exibindo suas motivações e Domingo resume isso muito bem em cena. Justificando sua indicação ao Oscar como Melhor Ator deste ano.
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