O bom e velho Macca, ou mais conhecido como sir Paul McCartney, está entre nós. Após três apresentações na cidade de São Paulo, o eterno beatle se despediu da terra da garoa com uma chuva torrencial. Foram quase três horas de show com algumas gotas caindo sobre este que vos escreve durante “Letting Go” e em “Drive My Car”, se tornou mais constante. Variando de força, de garoa até pingos mais grossos. Mesmo assim, nos mantivemos firmes durante toda apresentação. Ocorrida no estádio Allianz Parque, localizado na zona oeste da capital paulista, no ultimo domingo (10 de dezembro). Esbanjando simpatia e muita disposição, Paul é uma lição de vida. Aos 81 anos de vida, ele interage e brinca bastante com o público. Tentando falar em português. Dizendo que vai tentar fazê-lo com mais frequência, durante os intervalos das canções.
O que houve ocasionalmente, o “Boa Noite, mano”, surge após “Drive My Car”. Por volta de dez minutos antes do início do show previsto para as 20 horas, as luzes do Allianz Parque são apagadas parcialmente para rolar um curta metragem que revisa toda carreira de McCartney. Passados quinze minutos, ele sobe ao palco acompanhado pelo seu icônico contrabaixo Hofner e da banda formada por Rusty Anderson (guitarras e vocais), Brian Ray (guitarra, contrabaixo e vocais), Paul “Wix” Wickens (teclados e vocais) e o simpático batera (e vocais) Abe Laboriel Jr. e manda o clássico beatle “Can’t Buy Me Love”.
Seguida do rock “Junior’s Farm” e “Letting Go” da fase com os Wings, e “Drive My Car”. Em “Got To Get You Into My Life”, uma volta no tempo na fase “Revolver (1966)” dos Beatles. De volta ao presente temos a empolgante “Come On To Me” de “Egypt Station” de 2018. Já “Let Me Roll It” temos um tributo ao guitar hero Jimi Hendrix, a versão instrumental de “Foxy Lady”. Mesclando o repertorio dos Beatles, do Wings e carreira solo, temos “Getting Better”, “My Valentine (esta dedicada a esposa Nancy)” e “Nineteen Hundred Eighty Five”, esta última ao piano. Ainda no instrumento, temos a icônica “Maybe I’m Amazed”.
Agora o momento acústico no melhor estilo do antigo programa da MTV, “Unplugged”. “I’ve Just Seen A Face” abre os trabalhos e “In Spite of all the Danger” com Paul explicando que esta foi a primeira canção composta ao lado de John, George e Ringo. Daí a arrebatadora versão para “Love Me Do”, cantada em uníssono pelos presentes. “Dance Tonight” chama atenção por dois motivos. Paul no ukelele e dizendo: “O Pai tá ON!”. Foi a deixa perfeita para cair na graça de todos. Além da dança, caras e bocas de Abe durante sua execução. Sendo ovacionado pelo público. A catarse final do setlist foi a mítica “Blackbird”. A homenagem ao parceiro musical John Lennon com “Here Today”. De volta ao piano, temos “New” do álbum homônimo de 2013, e a pulsante “Lady Madonna”. A homenagem ao recém falecido Denny Laine com “Jet”.
Temos sua
versão para “Being for Benefit For Mr.
Kite” e o tributo a George Harrison com “Something”. Em 2019, ele a tocou no ukelele. Agora faz sua versão original.
“Ob-La-Di, Ob-La-La” faz a alegria de todos, que pulam freneticamente. Na parte final do show temos “Band on the Run”, “Get Back”, “Let it Be”, “Live and Let Die (com direito a fogos de
artifícios. Que infelizmente perderam o efeito por causa da chuva. Apagados,
uma verdadeira nuvem de fumaça surge na frente do palco)” e a emoção vai à flor da
pele com “Hey Jude”. Paul é ovacionado e emocionado com o coro “Na Na Na”. Pede para os homens e as mulheres cantarem separadamente. No final, todas as vozes unidas.
No bis, temos “I’ve Got A Feeling”, o dueto virtual com John. Paul fala da felicidade de voltar a cantar com o velho amigo. Seguida de “Day Tripper” e “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (Reprise)” e a poderosa “Helter Skelter”. Com a banda sentando a mãos nos respectivos instrumentos. E o momento da despedida com o medley “Golden Slumbers”, “Carry That Weight” e “The End”. Mais uma vez, McCartney cumpre a missão com um show competente cheio de carisma, um pique de dar inveja aos mais novos e estar muito à vontade no nosso país tupiniquim. Com direito a um pequeno show na capital Brasília no “Clube do Choro” em 28 de novembro. Dois dias antes da apresentação no estádio Mané Garrincha no dia 30 do mesmo mês. NOTA PESSOAL: Foi sentida a falta das canções do último àlbum "McCartney III", lançado em 2020.
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