O cineasta Ridley Scott tem se notabilizado nos últimos anos por ter filmes épicos com cunho histórico como “Gladiador (2000)”, “Cruzada (2004)” e “O Último Duelo (2021)”. Além da franquia scifi “Alien” com “Alien: O Oitavo Passageiro (1979)”, “Prometheus (2012)” e “Alien Covenant (2017)”. Agora ele retorna as páginas da história mundial com “Napoleão (Napoleon, 2023)”. Com roteiro escrito por David Scarpa, Scott nos traz o mítico personagem conhecido como um grande estrategista nos campos de batalhas e posteriormente, se auto proclama Imperador da França. Nascido na ilha da Córsega, o militar Napoleão Bonaparte vê a então imperatriz Maria Antonieta (Catherine Walker) ser decapitada em meio a emergente Revolução Francesa. Aqui ele é interpretado pelo versátil Joaquin Phoenix (Oscar de Melhor Ator por “Coringa, 2019”).
Ele vai ganhando prestigio entre os franceses por suas proezas militares. Enxergado por políticos emergentes como um grande aliado. Numa festa promovida pelos mesmos no palácio. Conhece a mulher que marcará sua vida, Josephine. Feita por Vanessa Kirby (a Viúva Branca da franquia “Missão Impossível”). A troca de olhares é fulminante. Ele a corteja até se casarem. Apesar das infidelidades constantes dela, Napoleão vai relevando o fato. Até o momento que é alertado, deixando de lado seus planos de conquista do Egito. Voltando para sua morada e tirar satisfações com Josephine. Ele confessa que a ama incondicionalmente. Ela se sente o mesmo, só não sabe como expressa-lo. A pressão só aumenta sobre Josephine, Napoleão quer um herdeiro. Já que acompanhamos sua jornada, começando como oficial de artilharia, passando para general e derrubando a aristocracia, surgindo para primeiro cônsul.
Até chegar a coroa da França. Ela a conquista por ser uma grande estrategista de guerra. Implacável e sagaz no campo de batalha. Além da personalidade forte e em determinados momentos, confiante demais que se sairá vencedor. Mesmo nas piores adversidades. Por exemplo, ao invadir território russo, sacrificando boa parte do seu exercito. Já na intimidade com Josephine, vemos um lado pouco conhecido. Uma pessoa frágil, insegura e sem as convicções que vemos na tela grande do cinema. Joaquin com a competência de sempre, ao equilibrar suas emoções nestes dois momentos distintos. Imponente diante de seus comandados e inimigos. Totalmente vulnerável na presença de Josephine.
Destaque para Vanessa exibindo a imagem de mulher indefesa, quando na verdade é forte e sarcástica. Sua beleza é sua maior arma. Ridley acerta nas sequencias de batalha, como bem vimos em “Gladiador” e “Cruzada”. É de um primor técnico. Exemplificada com a batalha de Austerlitz, considerada a maior conquista militar de Napoleão. Ao lado de sua maior derrota, a de Waterloo no ato final da película. A edição (Claire Simpson & Sam Restivo) quanto no trabalho do diretor de fotografia Dariusz Wolski trazem sua visão à tona. Os vestidos usados por Josephine são um vislumbre para os olhos, criados por Janty Yates e David Crossman, que fez o figurino usado por Joaquin.
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