O gênero terror com o passar dos anos vai se reciclando. Como por exemplo a franquia “A Invocação do Mal” que traz o casal Ed e Lorraine Warren enfrentando espíritos malignos e ao mesmo tempo, exorciza-los de suas vítimas. Como isso dito, vamos relembrar o maior filme do gênero (para muitos), “O Exorcista (The Exorcist)” de 1973. Baseado no best seller de mesmo nome escrito por William Blatty, com adaptação do próprio. Que teve como ponto inicial a história verídica de possessão sofrida pelo menino Robbie Manheim (14 anos) de Maryland (EUA) em 1949. Para sentar na cadeira de diretor temos William Friedkin, que realizou o thriller policial “Operação França” de 1971. Assim temos o conto da atriz Chris McNeil, vivida por Ellen Burstyn, vivendo em seu apartamento em Nova York ao lado da filha Regan, com a jovem Linda Blair no papel.
Ao meio a isso, temos o padre e arqueólogo Lankester Merrin, feito pelo veterano Max Von Sydow, num sitio arqueológico no Iraque onde encontra uma escultura enigmática que lembra o demônio Pazuzu. Ao se aproximar, percebe que uma matilha de cães a cerca para protege-la. De volta à cidade de NY, Chris se depara com um comportamento inusitado da filha. Convulsões e agressiva com pessoas que tentam ajuda-la. Com uma força sobre-humana para a idade (12 anos) que tem e conversar com amigo imaginário por um tabuleiro de Ouija. Somada a estranhos sons vindos do sótão. Até que numa festa promovida por Chris para a equipe do filme em que está trabalhando, Regan surge.
Vestindo pijama e proferindo a frase, “Você vai morrer se for lá em cima!”, para logo em seguida, urinar em si mesma. Faz com que Chris consulte médicos e estes acreditam que o problema não seja de saúde e psicológico. Que é algo além da capacidade deles. Religiosa, Chris pede o auxilio do padre Damien Karras (Jason Miller). Este em duvida com sua fé, seus estudos em psiquiatria na universidade de Georgetown, comprometem isso. O estado de saúde da sua mãe está bem fragilizado e ele se culpa por não ter feito mais por ela. Durante a conversa, sente uma presença e percebe que algo mais precisa ser feito. Pede autorização da igreja para realizar um exorcismo. É aí que a situação se agrava, Regan expele palavrões, levita sobre a cama e por isso, é imobilizada.
É chamado padre Merrin, que também é um experiente exorcista. Assim temos o mote inicial “O Exorcista”. Onde Friedkin soube fazer o uso do tema que tinha em mãos. Sendo criticado por deixar o set de filmagem bem tenso. Como dando tiros sem aviso prévio durante as filmagens e a instalação de freezer para deixar o local bem gelado, para dar o “clima ideal” dentro do set. Somado ao auxilio do trabalho do diretor de fotografia Owen Roizman. Owen aproximou sua câmera nas sessões de exorcismo, dando uma sensação que estamos ao lado dos padres. A possessão de Regan chama atenção de todos pela riqueza de detalhes e a voz da entidade feita pela dubladora Mercedes McCambridge.
A película trouxe um tema pouco explorado pelo gênero terror. Atraindo o publico e a critica, aqui uma historia engraçada. Ambos ganhavam nas sessões, sacos de vomito. A produção de “O Exorcista”, cientes que as cenas de Regan poderiam causar certo incômodo aos espectadores. Isso não impediu que o filme ganhasse 10 indicações ao Oscar. Incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Atriz (Burstyn) e Melhor Atriz Coadjuvante (Blair). Foi o primeiro do gênero a ser nomeado ao Oscar e venceu em duas, Melhor Roteiro Adaptado (Blatty) e Melhor Som pelos técnicos Robert Knudson e Chris Newman. Este mais que merecido, já que os sons criados por eles, realmente tencionam as sequencias da película.
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