Em tempos que a tecnologia deixa nossa vida cotidiana mais fácil é aberta uma discussão a respeito. No caso, a inteligência artificial (IA). O quanto estamos dispostos a tê-la 24 horas por dia a nosso bel-prazer. Sem imaginar que ela admira consciência e uma atitude mais proativa para si. Com isso em mente, temos “A Resistência (The Creator, 2023)”. Novo filme de Gareth Edwards, que nos trouxe que para muitos é o melhor filme da saga Star Wars após a Trilogia Clássica, “Rogue One: Uma História Star Wars” em 2016. Agora ele traz a história de um futuro não muito distante em que a nossa sociedade divide no nosso mundo com entidades que possuem inteligência artificial conscientes de seu status. Por isso, lutam por seus direitos semelhantes aos nossos. O que parecia ser um clima amistoso sofre uma virada com o ataque surpresa por parte da IA. Uma bomba nuclear na cidade da Califórnia (Los Angeles, EUA).
O governo local creditou isso a IA. Todos foram expulsos e proibidos de serem fabricados na terra do tio Sam. Os exilados se dirigiram a Nova Ásia, que se ofereceu como refugio a eles. Em meio a isso, uma guerra é travada pelos EUA contra os robôs com IA. Eles desenvolvem uma arma de destruição em massa, a estação espacial Nomad. Em missão, conhecemos o agente das Forças Especiais Joshua (John David Washington de “Infiltrado na Klan, 2018”), infiltrado numa rede que apoia a IA e se apaixonando por Maya (Gemma Khan, a Sersi de “Eternos, 2021”). A IA Harun, com o veterano ator japonês Ken Watanabe no papel, é o líder e possui a informação que Joshua busca.
A localização do cientista que criou a IA. Durante uma ação, ele perde Maya e a criança que estavam esperando. Passado certo tempo, Joshua trabalha em Los Angeles na área atingida pela bomba. Ele é procurado pela coronel Howell (Alison Janney, Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por “Eu, Tonya (2017)”, e o general Andrews (Ralph Inelson). Desejam que retornar ao serviço militar que conhece a área na Nova Ásia que precisam atacar. Informam que o cientista responsável pela IA, produziu uma arma capaz destruir a Nomad e possuem informações que Maya sobreviveu ao ataque. Chegando ao ponto, Joshua se depara com a tal arma.
E vê que ela é uma criança. Uma simulante, como os robôs com IA são chamados agora. A desconfiança inicial vai se transformando num forte vinculo entre os dois. Joshua lhe dá o nome de Alfie, feita pela estreante Madeleine Yuna Voyles. Ele a chama assim, ao achar sua marca de nascença “Alfa- Ômega”. Acredita também que Alfie sabe o paradeiro de Maya. Dai a trama inicial de “A Resistência”. Gareth escreve o conto e teve o auxilio do roteirista Chris Weitz, aproveitam para trazerem a tona um assunto que tem impactado o nosso dia a dia. Além da maior presença da Inteligência Artificial, como a xenofobia tem envenenado nossa sociedade. Sendo mais fácil destruir, do que construir um mundo igualitário para todos. E quanto, somos falhos como pessoas, julgar nosso próximo é fácil ao invés de encontrarmos uma maneira de convivermos em harmonia.
Mesmo que ele seja uma maquina. A película é um espetáculo para os olhos. Os efeitos especiais são realizados magistralmente pela Industrial Light and Magic. Cenografia, montagem e figurino em perfeita harmonia. Inspirados em “Apocalypse Now (1979)”, “Blade Runner: O Caçador de Androides (1982)” e “Akira (1988)”, palavras do próprio Edwards. Somado ao discurso social mencionado anteriormente. A jornada de Joshua e Alfie é pontuada por grandes canções como “Everything In Its Right Place” do Radiohead e “Child in Time” do Deep Purple.
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