Nos últimos
anos, o power trio Rush tem
revisitado seu material com caprichadas edições comemorativas. No caso os 40
anos dos antológicos “2112 (1976)” e “Moving
Pictures (1981)”. Comentamos nos links: 2112 (https://cyroay72.blogspot.com/2017/04/rush-2112-40th-anniversary-edition.html)
e Moving Pictures (https://cyroay72.blogspot.com/2023/07/40-anos-de-moving-pictures-do-power.html).
Agora chegou a vez de “Signals”. Lançado originalmente em
09 de setembro de 1982. Ficou marcado por ter sucedido “Moving Pictures” e marcou a entrada em definitivo do Rush na cena
musical nos anos 80.
Vislumbrando no álbum anterior, com a inserção dos sintetizadores e musica eletrônica nos arranjos intricados nas canções do trio. Além da duração das mesmas, mais curtas do que costumamos a ouvir do repertorio deles. Por exemplo, a clássica “La Villa Strangiato”. Também foi o fim da parceria com o produtor Terry Brown. Juntos desde “Fly By Night” de 1975, ele não estava muito a vontade dentro do LeStudio em Morin Heights na cidade de Quebec (Canada). Gravado entre abril e junho de 1982, “Signals” mostra que o Rush entrou na onda new wave. Bastante influenciado pelo The Police e Talking Heads.
Além da forte presença dos sintetizadores, com Geddy Lee exibindo sua maestria nos teclados. Ao mesmo tempo, o mestre nas quatro cordas do seu contrabaixo. Neil Peart inserindo novas sonoridades ao seu kit de bateria como bits e percussão eletrônicos. Enquanto se imagina que Alex Lifeson ficaria incomodado com esta nova rotina. Muito pelo contrario. Adaptou o som de sua guitarra, ao adicionar novas camadas musicais a ela. Exibindo como eles não tinham medo de experimentar novos sons e se sentiam muito a vontade de fazer isso. Sem se comprometerem musicalmente falando.
As letras também mudam. Sai o tom de fantasia com ares de ficção cientifica, para letras que discutem sonhos, decepções, entusiasmo, arrependimento, medo, coragem, alegria e tristeza. Que fazem parte de nosso dia a dia. Aproximando os fãs e trazendo novos. Por isso, “Signals” é considerado um dos melhores discos do Rush nos anos 80 e da carreira deles. Suas oito canções exibem isso perfeitamente. A faixa de abertura “Subdivisions” é um bom exemplo. Que tinha o titulo inicial “Tough Break”, que foi reescrito por Neil. “The Analog Kid” e “Digital Man” são a síntese desta fase. Elas foram à fonte de inspiração de quadrinhista Troy Hickman para criar sua obra “Common Grounds” em 2008. “Chemistry” traz a ultima letra composta por Lee & Lifeson.
“The
Weapon” é a Parte II de “Fear”
(A primeira saiu em “Grace Under Pressure”
de 1984 com “The Enemy Within”).
Seguida do hit “New World Man”. Esta com uma boa história. Em seus três
minutos, quarenta e dois segundos de duração, foi composta e gravada para se
ajustar perfeitamente aos dois lados da fita cassete (Quem se lembra?). “Losing It” reflete os últimos anos
de vida do escritor Ernest Hemingway. Esta tem a participação do violinista Ben Mink. Um dos pouquíssimos músicos a
tocarem com Rush em estúdio. “Countdown” relata o lançamento da
Space Shuttle Columbia em 1981, o trio estava presente. Em meio a ela, as
comunicações por radio antes e durante o evento.
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