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"A ERA DE OURO", Um Momento Marcante na História da Música

Você deve estar se perguntando “quem é Neil Bogart”? Um parente distante da lenda do cinema Humphrey Bogart ou apenas uma coincidência. Na verdade, ele foi o criador da gravadora Casablanca Records em 1974. Que nos trouxe os ícones do soul funk Parliament-Funkadelic de George Clinton e da disco music como Village People e sua rainha Donna Summer. Sem esquecer a banda mais quente do planeta, KISS. Seu empreendedorismo chamou atenção na época. Quase sem dinheiro, conseguiu criar um império descobrindo e lançando os talentos acima mencionados. Por isso, seu filho Timothy Scott Bogart conta sua história em “A Era de Ouro (Spinning Gold, 2023)”.

Conhecido nos bastidores da música, pela sua independência e perseverança, Neil é interpretado por Jeremy Jordan. Vemos sua infância com Winslow Fegley no papel. Sua origem judia, de onde seus traumas surgiram e o jeito irreverente vem à tona quando adulto. Neil deixa bem claro que não tem o talento dos artistas que revelou, falando diretamente pela câmera. Mas tem a vontade que eles se tornem um sucesso mundial e ambos fiquem milionários. Porem sua jornada teve muitos altos e baixos para chegar onde se imaginava. Neil (Jordan) buscando encontrar artistas com desejos semelhantes aos dele. Antes tentou a sorte no mundo artístico como cantor e ator de filmes eróticos sem muito sucesso. Além de mudar seu nome legalmente em cada tentativa. 

O verdadeiro era Neil Bogatz. Carismático e falante, Neil foi deixando sua marca. Pegando emprestado o tom da cinebiografia de sir Elton John, “Rocketman (2019)”. Onde a realidade dos fatos se mistura com a lenda entorno do mito. Ele fez uso do seu talento para vender sua imagem e de seus artistas. Bem exemplificado num dos melhores momentos do filme, quando penhorando as alianças de casamento da primeira esposa Beth (Michelle Monaghan). Com o intuito de comprar o espaço da vitrina de uma loja de discos. Ao fundo ouvimos “Cherry on Top”, seu único sucesso como cantor. Trazendo a luz o termo “one hit wonder”. Tradução: Artista de um só sucesso. Conseguindo atritos com gravadoras como a Warner e a Motown. Em especial Berry Gordy.

Trazendo para a Casablanca, Bill Withers (Pink Sweats), os Isley Brothers e Gladys Knight and the Pips. Com Jason Derulo como Ron Isley e a cantora Ledisi é Gladys. O filho exibe o estilo luxuoso que o pai queria ornamentar. Além de atender todos os pedidos de seus artistas. Como a construção de uma nave espacial para os shows de George Clinton (Wiz Khalifa). Ou um contrato de dois milhões de dólares com o Kiss, relacionado aos discos e as apresentações. Deslumbrado com o sucesso da disco music, graças a Donna Summer e ao Village People, Neil é um dos grandes precursores do gênero musical. Chegando a dever milhões para a máfia e usando sua lábia para conseguir mais tempo para quitar a dívida. Quando o assunto é música, “A Era de Ouro” ganha ritmo. 

Como veio a ideia para os 16 minutos de “Love to Love You Baby” de Donna Summer com Tayla Parx no papel. Um grande hit nas pistas de dança até hoje. Dividindo suas atenções entre Beth e Joyce (Lyndsy Fonseca). Empresaria do Kiss na época e sua grande parceira na indústria musical. Bem como sua amante. Aqui Gene é feito por Casey Likes e Paul Stanley é interpretado por Sam Harris. Os embates entre eles e Neil são impagáveis. Especialmente, quando o assunto é dinheiro. Somada a implicância de Neil em relação a “Beth” de Peter Criss e Stan Pendrige, gravada em “Destroyer (1976)”. Neil não acreditava no potencial da canção. Ela acabou se tornando o maior sucesso do grupo. Criss é feito por Matt Greiner nos shows. Neil credita para si a criação do Kiss Army. 

Fã-clube oficial da banda com itens exclusivos como discos e fotos autografadas, livros, action figures, dentre outros. Ele acredita no potencial deles, apesar da venda dos discos não deslanchar. Daí vem a ideia de gravar os shows ao vivo. Desde o início de carreira, as apresentações recheada de efeitos e explosões com ingressos esgotados. Assim surge o antológico “KISS ALIVE (1975)”. Para ser o mítico produtor e DJ Giorgio Moroder temos Sebastian Maniscalco, o veterano Jason Isaacs (o Lucius Malfoy da saga Harry Potter) é o pai de Neil, Al Bogatz, e a participação de Dan Fogler (o Jacob da franquia “Animais Fantásticos”) como Buck Reingold, um dos executivos da Casablanca Records. “A Era de Ouro” é como bem diz o biografado na frente das câmeras no começo do filme: “Cada parte da história é verdade, mesmo as partes que não são”. Neil veio a falecer de câncer em 08 de maio de 1982. Ele tinha 39 anos.

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