Desde que o Universo Estendido DC foi criado a partir de “Homem de Aço” em 2013 por Zack Snyder, tanto a DC quanto a Warner tinham o intuito de rivalizar com o Universo Cinematográfico Marvel. Este já bem estabelecido e ratificado em 2012 com “Vingadores: The Avengers”. De início, a película do herói vindo de Krypton causou boa impressão. Daí tivemos o filme que iria abalar as estruturas dos fãs ao redor do globo, “Batman vs Superman: A Origem da Justiça” em 2016. O confronto entre o Cavaleiro das Trevas, feito pelo canastrão Ben Affleck, e o novo interprete de Clark Kent Henry Cavill na tela grande do cinema.
Causou certo reboliço e dividiu opiniões. Um dos pontos positivos foi a introdução da Princesa de Themyscira Diana ou mais conhecida como Mulher-Maravilha, com Gal Gadot no papel. Assim tivemos seus filmes solo, “Mulher-Maravilha (2017)” e Mulher-Maravilha 1984 (2020)” e a película que reuniu os principais heróis da DC, “Liga da Justiça (2017)”. Entre eles Cyborgue (Ray Fisher), Aquaman (Jason Momoa) e Flash (Ezra Miller). Os dois últimos se destacaram com Aquaman ganhando um filme para chamar de seu em 2018 e a vindoura continuação “Aquaman & O Reino Perdido” com estreia prometida para o final de ano. E quanto ao herói que corre mais rápido que a velocidade da luz? Apesar da boa impressão, o filme com Miller só foi confirmado para 2020.
Mas devido a pandemia da covid 19, foi sendo adiado. Além dos problemas psicológicos de Ezra, ocorridos antes, durante e depois das filmagens de “The Flash”. Depois de várias idas e vindas, o filme está finalmente entrando em cartaz nas melhores salas de cinema da sua cidade. Em meio a isso, tivemos a edição definitiva da película da Liga da Justiça em 2021. Chamada “Snyder Cut: A Liga da Justiça”, este tem a visão de Zack Snyder do que veríamos no UEDC, antes da sua saída em definitivo. Para saber mais no link: https://cyroay72.blogspot.com/2021/03/finalmente-liga-da-justica-de-zack.html. Com isso dito, chegamos à “The Flash”. Na cadeira de diretor temos Andy Muschietti, responsável pela franquia “It: A Coisa” e com roteiro de Christina Hodson, eles se basearam na HQ “Flashpoint (2011)” de Geoff Johns & Andy Kubert, para nos trazerem um conto que transita entre os multiversos de Flash.
Como você já sabe, Barry (Miller) busca um meio de inocentar o pai Henry (Ron Livinston), acusado injustamente pela morte da esposa Nora (Maribel Verdú). Junto a isso, tem ganhado popularidade como herói de Central City. Descobre que com seus poderes pode voltar no tempo. Conversa sobre o assunto com Bruce Wayne (Affleck). Que o alerta que isso é perigoso e pode causar sérios problemas na linha do tempo. Mesmo assim, Barry resolve faze-lo e salvar sua mãe. Ao voltar para o que seria sua linha temporal, repara que algo está diferente. Não há meta-humanos como ele, vê que seus pais estão bem. E acaba se encontrando com seu outro eu. Aos poucos, sente que fez algo de errado, confirmando o alerta de Bruce. Fazendo com que ele e o outro Barry busquem por ajuda. Indo até a mansão Wayne, encontra outro Bruce.
Uma
grata surpresa, vemos Michael Keaton
retornando ao papel. A nostalgia está no ar. Eles explicam o ocorrido, junto a
um aposentado Cavaleiro das Trevas, vão tentar corrigir o erro do Barry. Não
será uma tarefa fácil. Se você recorda dos eventos de “Homem de Aço”, um velho inimigo está de volta. O General Zod, com Michael Shannon revivendo o personagem.
E não há um Superman neste universo. Os Barrys e o velho Bruce Wayne precisam
achar um modo para impedir os planos de conquista de Zod. Descobrem que mercenários estão escondendo um extraterrestre numa base militar
secreta na Rússia. Acreditam ser Ka-El, porem descobrem que é a prima dele, Kara Jor-El (Sasha Callen, a primeira atriz latina a
interpreta-la). Que também é conhecida como Supergirl.
Assim como o primo, seus superpoderes vêm do Sol. Força, visão e agilidade, por causa disso é colocada em uma prisão subterrânea, sem luz natural. Barry e Batman vão resgata-la para se juntar a eles na luta contra Zod. Daí o mote inicial de “The Flash”. Com Ezra se mostrando como a escolha certa para o papel. Sabendo colocar na dose certa o bom humor do personagem e o drama vivido por ele. O sentimento de perda pela mãe e de culpa por não conseguir a provar a inocência do pai. Assim como vimos em “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa (2021)”, mexer no espaço tempo só traz problemas no universo. As consequências são gravíssimas. “The Flash” faz um vislumbre do que vimos no UEDC, já que ele vai ser repaginado por James Gunn (que deixou recente e magistralmente o UCM com “Guardiões da Galáxia Volume 3”) e Peter Safran.
Mas não se preocupe, não há referências na película, apenas do que foi feito por Snyder desde 2013. Servindo como um fechamento desta fase, ainda intercalando com o que vimos anteriormente (O Batman de Adam West, o eterno Superman Christopher Reeve e Gal Gadot se faz presente na frenética sequencia de abertura com Batman e Flash) e nos últimos filmes como “Adão Negro (2022)” e “Shazam: A Fúria dos Deuses (2023)”. Além de Keaton, roubando a cena literalmente, temos a presença do pau para toda obra Nicolas Cage. Aqui realizando um sonho de infância. Grande fã do Homem de Aço, ele ia interpreta-lo em “Superman Lives (1998)” de Tim Burton. Mas o projeto foi suspenso e desde então ficou no seu imaginário.
Realizando seu sonho em uma breve aparição, porem especialíssima. E como se tornou de praxe, temos cena pós crédito. Em um papo no boteco, Barry se encontra com o embriagado Arthur Curry, dito Aquaman (Momoa). Falando sobre sua aventura no tempo e no espaço. Discute a importância da figura do Homem-Morcego nos universos que visitou. Arthur perguntou se ele conheceu outros Aquaman. Barry diz que sim e todos são iguais ao amigo. Quando na verdade, isso não aconteceu e presume que tenham a mesma personalidade.
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