O conto clássico de Alexandre Dumas foi um dos mais adaptados da sétima arte. Uma das mais populares foi a estrelada pelo imortal Gene Kelly como o personagem e tendo ao lado Van Heflin como Athos, Gig Young fez Porthos e Robert Coote é Aramis. A película é de 1948. Outra que chamou atenção do grande público foi a versão dos anos 70 dividida em duas partes e tendo Michael York como o intrépido jovem que deseja ser um mosqueteiro. Desta vez Athos foi feito por Oliver Reed, Richard Chamberlain como Aramis e Frank Finlay é Porthos. Em 2011, Paul W.S. Anderson, conhecido pela franquia “Resident Evil”, nos trouxe sua visão da história de Dumas com o Percy Jackson Logan Lerman vivendo o papel de D’Artagnan. Agora chegou a versão do cinema francês, trazer sua versão para a história do seu mais notório romancista.
Os roteiristas Matthieu Delaporte & Alexandre de La Patellìerer ao lado do diretor Martin Bourboulon nos trazem o conto como ele foi concebido originalmente. Ao contrário do que vimos anteriormente, adaptaram palavra por palavra de Dumas . Por isso, foi dividido em duas partes. A que está estreando “Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan (Les Trois Mousquetaires: D’Artagnan, 2023)” e a que vai estrear no final do ano, “Os Três Mosqueteiros: Milady”. Para ser D’Artagnan temos François Civil. Ele se dirige à capital da França, Paris, para se juntar aos mosqueteiros. Sua jornada não será fácil.
Com o jovem da Gasgonha tentando salvando uma moça prestes a ser raptada, por uma mulher misteriosa e seus capangas. Sendo subjulgando e enterrado vivo. Sobrevive ao ocorrido e vai ao quartel, para se encontrar com seu futuro comandante, o capitão Tréville (Marc Barbé). Ele conheceu seu pai na juventude, quando frequentaram a academia. Confirmou que recebeu sua carta de recomendação. Na volta para a estalagem que se hospedou, viu o homem com quem lutou na estrada. Tenta pega-lo e acaba esbarando com Athos. Um encontro nada amistoso e eles marcam um duelo. Mais à frente, tropeça em Aramis e Porthos, que também não gostam de serem incomodados. Marcando um confronto com cada um deles nos arredores de Paris.
Porem os duelos foram proibidos pelo rei Louis XIII (Louis Garrel). Aos novos interpretes para Athos, Aramis e Porthos temos o veterano Vincent Cassel, Romain Duris e Pio Marmai respectivamente. São interceptados pela Guarda Oficial do Cardeal e o confronto se inicia. Ao mesmo tempo, a amizade se forma entre os quatro. Em meio a isso, nas sombras do palácio, o cardeal Richelieu (Éric Ruf) busca o conflito entre a França, os protestantes e a Inglaterra. Tentando convencer o rei que sua esposa, Anne (Vicky Krieps, de “O Tempo, 2021”), está tendo um caso amoroso com o nobre inglês, o duque de Buckingham (Jacob Fortune-Lloyd). Em meio a isso, D'Artagnan aluga um quarto na estalagem administrada por Constance (Lyna Khoudri). Que também é a confidente da rainha e seu contato com o Duque.
Lembram a mulher misteriosa que surgiu no começo do filme? Ela é a Milady de Winter (Eva Green, a bondgirl Vesper). Daí o mote inicial de “Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan”, onde a dupla de roteiristas e seu diretor optam pela riqueza de detalhes na obra de Dumas. O jogo de intrigas e as tramoias do cardeal, que fazem uso da sagacidade e o sex-appeal de Milady. Muito bem interpretada por Eva Que transparece a dualidade necessária para o papel. Uma mulher aparentemente frágil que esconde sua verdadeira natureza feroz e insaciável por poder. Além de trazer a aventura característica do romance. Recuperando aquele sentimento dos filmes de capa e espada de antigamente, com sequencias de lutas bem coreografadas, numa nova e mais real perspectiva.
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