Os irlandeses Larry Mullen Jr., Adam Clayton, o guitar hero The Edge vulgo David Evans e o carismático Bono, antes Bono Vox e Paul Hewson, nunca imaginavam que a banda que formaram no final dos anos 70, se tornaria um dos ícones dos anos 80. E hoje considerada uma das maiores de todos os tempos. Estamos falando do U2. As letras com certo tom religioso e bastante pessoais de Bono, chamaram atenção somada ao timbre único da guitarra de Edge e a cozinha muito bem ajeitada de Adam e Larry. Álbuns como “War (1982)”, “The Unforgettable Fire (1984)” e “The Joshua Tree (1986)” ratificam isso. Em especial este último. Considerado por muitos o melhor disco do U2. Eles mostraram que não têm medo de se reinventar com “Achtung Baby” em 1991. Onde quase tivemos o fim do grupo e graças a canção “One” isso não ocorreu.
Já estabelecidos, o U2 foi marcando seu nome no rock’n’roll. Exemplificado com “All That Can You Leave Behind (2000)” e shows gigantescos como a Zoo TV (1992 a 1993) e 360° (2009 a 2011). Por causa da pandemia Covid 19, o mundo parou literalmente. Assim Bono, Edge, Adam e Larry ficaram reclusos em seus lares. Um dos poucos momentos que tiveram noticias deles, foi quando Bono & The Edge gravaram um vídeo no canal oficial do U2 no YouTube, a versão acústica de “Walk On”. Um protesto contra a invasão imposta pelo presidente russo Vladimir Putin contra a Ucrânia. Foi um vislumbre do que estava por vir. O anuncio em janeiro deste ano de “Songs of Surrender” nas redes sociais da banda. É um disco onde eles regravaram as canções marcaram a carreira deles. Bem como, suas favoritas dentro do seu repertorio.
Em um formato mais intimista. Tanto que uma edição especialíssima, composto por 04 discos. Cada um dedicado aos integrantes do U2. Totalizando 40 canções e se conectando com o livro recém lançado por Bono, “Surrender: 40 Músicas, Uma História”. Comentamos no link: https://cyroay72.blogspot.com/2022/11/a-autobiografia-surrender-40-musicas.html. Com seu lançamento mundial no último dia 17 de março nas plataformas digitais, “Songs of Surrender”, foi acompanhando por uma campanha de marketing englobando 40 capitais do globo terrestre. Nossa terra brasilis foi incluída. Mais especialmente a cidade de São Paulo. Num dos pontos turísticos mais frequentados na terra da garoa, o Beco do Batman. Localizado no bairro Jardim das Bandeiras. Junto a isso, o documentário “Bono & The Edge: A Sort of Homecoming” with Dave Letterman. Disponibilizado no mesmo dia pelo Disney Plus.
Levando o apresentador por um passeio ao passado deles em sua cidade natal Dublin (Irlanda). É sentida a falta de Adam e Larry. O primeiro está envolvido em um projeto de arte, já o segundo se recupera de uma cirurgia nas costas. Assim, Bono e Edge relembram os momentos quando eram apenas garotos que amam os Beatles e os Rolling Stones. No especial dirigido e roteirizado por Morgan Neville, vemos a amizade de longa data entre eles. Bono confirma que seu posicionamento político incomoda seus companheiros de banda. Em especial de Edge. Trazendo certa animosidade entre os dois. Isso é exemplificado na aliança com o ex-senador norte-americano Jesse Helms. A entrevista com Letterman é intercalada pelo show realizado no The Ambassador Theater.
Antes o local era um complexo hospitalar onde Bono nasceu. Sem a presença de Larry e Adam, foram chamados jovens músicos iniciantes e amigos como Glen Hansard, para acompanhar Bono e Edge na apresentação. Bem diferente do que estão acostumados. Ao mesmo tempo, o apresentador passeia por Dublin e conhece mais sobre sua história e como ela está intercalada com o U2. Em uma delas originou a canção “Forty Foot Man”, composição instantânea da dupla. David foi a um ponto turístico, que seus frequentadores tomam um banho de mar. Seja na primavera, no verão, no outono e no inverno. DETALHE: as gravações ocorreram no inverno. Ele se recusa e ao chegar à margem, molha seu tênis.
Questionando o método de composição, Edge diz que compõe constantemente. Acordando no meio da noite e gravando imediatamente a ideia. Completa que possui no celular mais de seis mil gravações. Bono fala que seu amigo é uma força da natureza. Um exemplo é o clássico “Sunday Bloody Sunday”. Quando Edge a tocou para Bono pela primeira vez, este ficou atônico. Aproveitando o atual momento para refazer parte da sua letra e comenta: “As canções são nossas chefes. Elas dizem o que você tem que fazer, como deve se vestir e com quem trabalhar. Se você for esperto, vai obedecê-las”.
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