Poucos imaginavam que um filme fora do universo conhecido da saga Star Wars poderia ter dado tão certo. No caso, estamos falando de “Rogue One: Uma História Star Wars” de 2016. O primeiro filme produzido que não fala diretamente sobre Luke Skywalker e dá um vislumbre sobre a luta da Aliança Rebelde contra o Império Galáctico de Palpatine e o lorde negro da Força Darth Vader. Sendo o primeiro spin-off da saga que exibe os bastidores dos rebeldes e desmistificando sua aura índole heroica. Que poderia ser tão implacável quanto o Império para atingir seus objetivos. Como obter os planos da mortal estação de combate, a temível Death Star. Vista em ação em “Star Wars Episódio IV: Uma Nova Esperança (1977)”. Para saber mais no link: https://cyroay72.blogspot.com/2016/12/finalmente-rogue-one-uma-historia-star.html
O esquadrão do título formado por Jyn Erso (Felicity Jones), Cassian Andor (Diego Luna), Bohdi Rook (Riz Ahmed), Chirrut Iwe (Donnie Yen), Maze Malbus (Jiang Wen) e o droide K2SO (Alan Tudyk) nos trouxe aquela sensação de estarmos novamente dentro da saga do Criador George Lucas. Destaque para a química entre Felicity e Diego, com o segundo ganhando uma serie “para chamar de sua” no canal streaming Disney+. Quando foi anunciada, a reação foi positiva entre fãs e até aqueles que não conhecem Star Wars tão a fundo. Onde a Aliança Rebelde se torna o que vemos na Trilogia Clássica e as origens de Cassian. Criada por Tony Gilroy, ele traz a linha do tempo, cinco anos antes dos eventos de “Rogue One”. Diego retorna ao papel assim como Genevieve O‘Reily como a senadora Mom Montha. Aqui mais bem explorada.
Onde exibe suas conexões na República e no submundo de Coruscant. Aqui representado por Luthen Rael, feito por Stellan Skarsgard (o barão Harkonnen da scifi “Duna, 2021”). Ele vai à campo para conseguir recursos e pessoas para lutarem contra as tropas do Império. Já Cassian (Luna) vive de trabalhos no planeta industrial Ferrix e cuida da mãe adotiva Maarva (FIona Shaw) com o auxílio do droid B2EMO. Tem o suporte da ex e melhor amiga Bix Caleen (Adriana Arjona). Ela é um hábil mecânica e ainda têm contatos na Orla Exterior para trabalhos de índole duvidosa. Entre eles, Luthen. Que busca por alguém que possa se infiltrar em uma célula imperial e roubar recursos para a Aliança. Ela indica Cassian, os dois acabam se encontrando aos trancos e barrancos.
Em meio a isso, Mom Montha se arrisca ao financia-lo. Mantendo as aparências de um casamento arranjado e indo as sessões do Senado em Coruscant. É vigiada de perto por agentes do Império e para se encontrar com Luthen, este precisa se disfarçar como um vendedor de peças de arte. Sua prima Vel (Faye Marsay) é a agente de campo e a mantem a par sobre as ações de Luthen. Já no Império temos o aspirante Syril Karn (Kyke Soller) que busca seu espaço dentro da estrutura, e Deedra Meera (Denise Gough), especialista em segurança. Aqui temos duas perspectivas. O primeiro busca todos os meios necessários para conseguir ser um oficial reconhecido pelos seus esforços.
No caso, a captura de Cassian. Pois tem provas sobre o envolvimento dele nas ações recentes contra o Império. Deedra tenta superar o machismo, já que é uma das poucas oficiais mulheres dentro do seu departamento. Por suas convicções e atitude, se destaca. É encarregada em descobrir quem está por trás dos ataques a postos imperiais como Aldhani. Tentando se esconder, Cassian acaba sendo preso e enviado para Narkina 5. Prisão de segurança máxima imperial, lá conhece Kino Loy, líder do bloco em que vai trabalhar. Ele é interpretado por Andy Serkis, o Supremo Líder Snoke de “Star Wars: Os Últimos Jedi (2018)”.
Tony Gilroy ao lado do irmão Dan e o roteirista Beau Willimon nos trazem uma perspectiva sobre o funcionamento das engrenagens do Império, desde dos eventos de “Star Wars Episódio III: A Vingança dos Sith (2005)”. Como bem diz Cassian, “Eles são tão orgulhosos. Tão cheios e satisfeitos!”, sobre o domínio da galáxia. Que nem vislumbram uma virada de mesa como veríamos na Trilogia Clássica. É a fagulha da Aliança Rebelde. Aqui temos a formação do herói da Rebelião que conhecemos em “Rogue One”. De mercenário a revolucionário. Testemunhamos sua origem humilde e superando todos os obstáculos que passou, o transformaram num homem forte e obstinado. Sua forte conexão com Maarva é essencial.
Somado ao discurso de inclusão com a presença de Deedra a frente das investigações e a necessidade em se afirmar para seus superiores homens. Como em “Rogue One”, a Aliança Rebelde não é tão nobre quanto se imaginava. Precisando fazer uso de métodos escusos para conseguir o que necessita. Isso é bem representado na persona de Luthen. Exemplificada na conversa com Saw Guerrera, que traz Forest Whitaker de volta ao papel. Em busca de aliados, Luthen tenta convencer Saw a se juntar a Rebelião.
Sua postura radical, torna impossível. Eles discutem sobre o ataque de Anto Kreegyr ao Império, que está ciente sobre isso. Guerrera quer alerta-lo, porém Luthen é contra. Justificando é necessário que isso ocorra, para proteger seu anonimato. O alto comando imperial acredita que Kreegyr é o líder da Aliança Rebelde. Isso não é verdade. Assim “Os fins justificam os meios”, por estamos em tempos de guerra. “Andor” traz um frescor à saga, mostra que não é preciso ter a presença de jedis e/ou siths para garantir audiência. Uma trama recheada de suspense, drama, ação e uma boa pitada de espionagem em seus doze episódios, ampliam o horizonte de Star Wars.
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