Uma coisa podemos dizer sobre Dwayne Johnson, sua persistência e força de vontade. Com o mundo dos quadrinhos ganhando mais espaço e relevância na sétima arte com o Universo Cinematográfico Marvel e o Universo Estendido DC. As duas franquias conseguem deixar seu recado, com a primeira sendo melhor sucedida em seus quatorze anos de existência. Já a segunda tem seus altos e baixos, só mais recentemente está conseguindo rivalizar com o UCM. A versão atualizada de Zack Snyder para sua “Liga da Justiça” em 2021, os filmes do herói de Atlântida “Aquaman (2018)” e da princesa amazona “Mulher Maravilha (2017)” e “Mulher Maravilha 1984 (2020)”.
Voltando a Johnson, ele sempre deixou bem claro que se chamado faria o anti-herói Adão Negro. Desejo atendido. Depois de muitas idas e vindas acompanhadas da pandemia Covid 19, ele anunciou o filme. Em 2021, no evento online DC Fandome tivemos as primeiras imagens e confirmação da estreia de “Adão Negro (Black Adam)” para outubro de 2022. Com sorriso de orelha a orelha, Dwayne finalmente pode falar oficialmente sobre o filme dirigido por Jaume Collet-Serra, com que trabalhou na aventura Disney “Jungle Cruise (2021)”. Para viver o personagem, o campeão de Kahndaq Teh Adam, que lutou contra a opressão do rei Anh-Kot. Há cinco mil anos atrás, escravizou o próprio povo em busca do minério Eternium para criar a coroa de Sabbac.
Ele possui conexões com magia negra e quer dominar o mundo. Adam ganhou seus poderes dos mesmos deuses de “Shazam”, com o retorno de Djimon Hounsou ao papel, e liderando as pessoas contra Anh-Kot. O derrotando e destruindo seu palácio, para logo em seguida desaparecer sem deixar vestígios. Nos dias de hoje, o país (fictício) é dominado pela Intergangue. Formada por mercenários e déspotas de outros países, a arqueóloga Adriana Tomaz (Sarah Shahi) que está em busca da coroa com o auxílio do irmão Karim (Mohammed Amer). Com o filho Amon (Bodhi Sabongui) por perto para dar um suporte.
E assim libertar seu povo da opressão. Seguindo uma pista com o amigo de profissão Ismael (Marwan Kenzari), eles se dirigem às minas dominadas pela Intergangue. Lá veem inscrições que indicam haver por lá. Eles encontram a coroa e algo mais. A tumba de Adam e como acorda-lo. Adriana consegue pega-la, quando surgem membros da Intergangue. Subjugada, desperta Adam (Johnson) para se salvar. Sem qualquer senso moral, aniquila um a um sem misericórdia. Suas ações não passam despercebidas pela implacável Amanda Waller, mais uma vez interpretada pela Mulher-Rei Viola Davis. Convocando o herói Gavião Negro / Carter Hall (Aldis Hodge) para capturar e prender Adam. O pretexto perfeito para termos a Sociedade da Justiça no UEDC.
Com o aposentado Senhor Destino / Kent Nelson, feito pelo ex-James Bond Pierce Brosnan, velho parceiro de luta do Gavião Negro e os novos membros, o Esmaga Átomos / Al Rothstein (Noah Centineo) e a Cyclone /Maxine Hunkel (Quintessa Swindell). Kent por causa de seu capacete é capaz de enxergar o futuro brevemente. Al herdou seus poderes e o traje de seu tio, o herói original. Maxine além de manipular o vento, é uma habilidosa hacker. Eles precisam deter Adam e vão até Kahndaq. Em meio a isso, o campeão do país está se adaptando aos novos tempos. Amon é seu principal interlocutor e Adriana tenta entender sua história de vida. Vendo nele o campeão que Kahndaq necessita mais uma vez para se livrar da opressão. Daí o mote inicial de “Adão Negro”.
Com Dwayne encarnando bem a sisudez do personagem, no decorrer da película, vemos sua origem e a razão da Sociedade da Justiça ir ao seu encalço. O verdadeiro campeão é o filho Hurut (Jalon Christian). Ele que tomou a frente, convocando as pessoas a lutarem contra Anh-Kot. Quando ganhou os poderes de Shazam, Hurut toma a forma do campeão (Talia’uli Latukefu). Adam arrependido por não ter agido como o filho, este repassa seus poderes para ele. Após isso, Hurut é morto pelo exército de Anh-Kot. Adam comete os atos que o tornam a lenda que conhecemos. Os roteiristas Adam Sztykiel, Rory Gaines & Sohrab Noshirvani aproveitam as lendas e o misticismo do Oriente Médio, nos aproximam de suas tradições e dilemas por aqueles que vivem na região.
Assim Collet-Serra aproveita sua veia vinda dos filmes de suspense e policial como “A Órfã (2009)”, “Desconhecido (2011)” e “Águas Rasas (2016)”, adicionando um tom mais sombrio para o conto. Fazendo bom uso do CGI nos embates entre Adam e a Sociedade da Justiça. Em especial contra o Gavião Negro e o confronto definitivo contra o demoníaco Sabbac no seu ato final. Como se tornou praxe nos filmes baseados nas HQ’s temos a famigerada cena pós-credito. Onde vemos Amanda Waller através de uma vídeo-chamada intimando Adam a não sair de Kahndad. Senão sofrerá as consequências por isso. Ele diz que não há ninguém que pode detê-lo. Destrói o drone com a imagem de Waller, em meio a fumaça, enxerga-se um vulto. Eis que surge o Homem de Aço dizendo que os dois precisam conversar. Trazendo de volta Henry Cavill ao papel.
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