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A animação "STAR WARS: HISTÓRIAS DOS JEDI"

Para aqueles que acompanham a saga Star Wars do Criador George Lucas, desde a juventude como este que vos escreve, a ampliação deste universo não chega a ser uma novidade. Antes mesmo, que Lucas vendesse os direitos de sua produtora, a Lucasfilm, para a empresa de Walt Disney, isso se iniciou em “Uma Nova Esperança (1977)”. As aventuras do jovem Luke Skywalker em sua jornada para se tornar um cavaleiro jedi e ajudar seus amigos da Aliança Rebelde na luta contra o Império Galáctico de Palpatine e o lord negro da Força Darth Vader. Com o conhecidíssimo “Universo Expandido”, que após a venda foi descartado de início. A justificativa foi que uma nova linha do tempo começaria em “O Despertar da Força (2015)”. Percebendo que não se pode perder um universo criado há mais de 40 anos, a Disney passou a chama-lo de “Lendas”. 

Mantendo sua importância, só que não faz mais parte do cânone oficial. Sejam livros (a aclamada trilogia de Timothy Zhan), sejam animações (“Star Wars Rebels, 2014 a 2018” e “Star Wars: Bad Batch, desde 2021”) e mais recentemente com series streaming. Como as popularíssimas “The Mandalorian (desde 2019)”, “O Livro de Boba Fett (2021/22)” e “Andor (2022)”. Pegando o ganho temos agora a série animada “Histórias dos Jedis (Tales of the Jedi, 2022)”. Baseada nas HQ’s de mesmo nome publicados pela Dark Horse Comics nos anos 90, lá tínhamos a era de ouro dos Jedi e dos Sith. Bem como a antológica guerra entre eles. Isso ocorre 3.996 anos antes da Batalha de Yavin em “Uma Nova Esperança”.

Criado por Dave Filoni, responsável pela aclamada serie “Clone Wars (2008 a 2014, 2020)” e com benção de George, ele foi encarregado pelo próprio a cuidar de sua opera espacial. São seis curtas que focam na jovem jedi Ashoka Tano e o então mestre jedi Conde Dooku até ele ir para o lado sombrio da Força, para ser chamado de “Darth Tyranus”. A primeira com sua eterna voz Ashley Eckstein e o segundo é dublado por Corey Burton. Ele é mais conhecido por fazer a voz do caçador de recompensas Cad Bane em “Clone Wars” e “O Livro de Boba Fett”. 

Focando nos eventos vistos na Prelogia e mostrando os motivos que levaram Dooku a deixar a Ordem Jedi para se unir a Darth Sidious, com o retorno de Ian McDiarmidComo dito por Dooku em “Star Wars Episódio II: O Ataque dos Clones (2022)” a Obi-Wan Kenobi, ele foi o mestre de Qui-Gon Jinn. Aqui vemos sua relação com seu então padawan. Sua voz é feita por Michèal Richardson, filho do Quin-Gon original Liam Neeson. Junto a isso, o nascimento de Ashoka em seu planeta natal e já pequena vai caçar com sua mãe Pav-ti (Janina Gavankar). A curandeira da vila, sente que Ashoka é sensitiva à Força. 



Ao mesmo tempo, o treinamento com seu mestre Anakin Skywalker (Matt Lanter, sua voz nas animações). Seis desenhos de curta duração que contam as origens dos dois personagens. O primeiro como descrito anteriormente e os dois seguintes, temos Dooku com seu jovem padawan Qui-Gon Jinn resgatar o filho de um senador da República. Vislumbramos como o mestre jedi foi se desiludindo com os dogmas do Conselho e a corrupção no Senado. Onde o representante de um planeta enriquece e deixa sua população na miséria. O terceiro em uma missão com Macu Windu (TC Carson) para investigar a morte da mestre jedi Katri no planeta Raxus Secundus e levar seu corpo para ser sepultado na sede do Conselho em Coruscant. Este tem um contexto mais politizado. 

A guarda do senador local Larik, o acusa de não cuidar dos assuntos internos e passa a ameaça-lo, após terem conspirado contra Katri. Dooku e Windu resolvem a situação. Já em Coruscant para o funeral da mestra, o primeiro descobre que o segundo foi chamado para assumir o lugar de Katri no Conselho. Incomodado com a situação, ele alerta Mace sobre seu instinto em “seguir as regras”, não é uma das suas melhores qualidades.

Já o quarto chamado “O Lord Sith”, se conecta diretamente com os eventos de “Episódio I: A Ameaça Fantasma (1999)” e um prelúdio para “Episódio II:  O Ataque dos Clones (2002)”. Conversando com a mestre Yaddle, com a voz de Bryce Dallas Howard (a Claire Dearing da saga “Jurassic World”), ouve dela sobre o confronto de seu ex-padawan Qui-Gon Jinn com um sith. isso foi relacionado em sessão com o Conselho e isso ia ser verificado. Já descrente, Dooku revê Qui-Gon (Neeson) e os dois trocam olhares brevemente. 

Yaddle sente que há algo de errado com o velho mestre jedi. Indo até biblioteca jedi, ele apaga os arquivos com a localização do planeta Kamino. Para o espectador mais atento, isso justifica a investigação de Obi-Wan Kenobi sobre o atentado à Padmé em “O Ataque dos Clones”. Ao se aconselhar com Yoda, descobrem que os dados sobre Kamino foram deletados. Mais tarde em luto ao saber do falecimento de Qui-Gonn, é chamado por Yaddle para ir ao enterro em Naboo. Ele apenas responde que não vai. 

Posteriormente se dirige até a área industrial de Corucant e lá vemos um velho conhecido, Darth Sidious (McDiarmid). Seguido por Yaddle, ela tenta traze-lo de volta para o lado da luz. Porem ele está descrente e não confia mais no Conselho. No embate ela é derrotada e vemos a queda de Dooku com a ascensão do Darth Tyranus. Filoni exibe perfeitamente como uma pessoa boa pode sucumbir ao mal. Ao mesmo tempo, humaniza Dooku que apesar de suas crenças, é uma pessoa integra e honesta. Mas que foi perdendo sua fé, ao ver suas convicções caírem por terra ao enxergar a cegueira daqueles que estão no poder. No caso o Conselho Jedi e o Senado da República.

Voltando à Ashoka, os dois últimos “A Prática Leva À Perfeição” e “Decisão”. Temos o antes e o depois dos eventos de “Episódio III: A Vingança dos Sith (2005)”. No primeiro, o aprimoramento do seu treinamento ao lado de Anakin e ela se torna a guerreira que conhecemos ao manusear dois sabres de luz. Com a lembrança da mítica sequência final da derradeira temporada de “Clone Wars”, onde Ashoka enfrenta um exército clone com Rex (Dee Bradley Baker). Já o segundo, vemos Ashoka no funeral de Padmé e se encontrando com Bail Organa (Phil LaMarr). Alertando o perigo de sua presença lá. 

Lhe deixa um comunicador, caso precise de ajuda. Escondendo sua verdadeira identidade, ela trabalha em uma fazenda. Acaba sendo descoberta e o Inquisidor Sexto Irmão (Clancy Brown) vai ao seu encontro. De início, não acredita mas depois vê que realmente está enfrentando Ashoka Tano. Com a Força ao seu lado, o derrota. Para continuar incógnita, entra em contato com Bail Organa. Ao se verem novamente, lhe pergunta se está preparada para lutar novamente. O olhar de Ashoka já diz tudo e balançando a cabeça positivamente. Agora a conexão com “Star Wars Rebels”. Em sua primeira temporada, ela é o “Fulcrum”, contato de Hera Syndulla nos submundos da galáxia.


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