Desde
que foi anunciada a serie da heroína esmeralda “Mulher-Hulk: Defensora de Heróis
(She-Hulk:
Attorney at Law. 2022)” levantou certas dúvidas entre os fãs. Sua
inserção ao Universo Cinematográfico Marvel, é digamos inusitada e ao final de
sua temporada, trouxe um misto de deleite e insanidade, na última quinta-feira
(13 de outubro de 2022). Contando com nove episódios, sua criadora, a
showrunner Jennifer Gao, literalmente derrubou a quarta parede com a interprete de Jennifer Waters, Tatiana Maslany. A prima de Bruce
Banner / Hulk (Mark Ruffalo)
inconformada com o direcionamento do próprio seriado e vai para o escritório do
Marvel Studios. Invade a sala de reunião dos roteiristas e os intima a mudar o
fim.
Percorrendo os estúdios da Disney, chega ao hangar em que ele está. Descobre que é uma inteligência artificial que toma as decisões sobre o UCM, analisando todos os dados que recebe das redes sociais e audiência alcançada ao redor do globo. Aproveitando o momento, a própria Marvel discute as decisões tomadas em suas produções mais recentes, tanto no cinema quanto nas series streaming. Onde se acomodou no que construiu em seus 14 anos de existência. Somada as acusações da equipe de efeitos especiais pelo trabalho continuo em suas produções. No embate contra K.E.V.I.N., ele pede que Jen volte à sua forma humana e para isso precisa sair brevemente de cena.
Os custos com CGI são altos e a transformação sai caro para os cofres da Marvel Studios. Com Jen exibindo seu lado advogada para justificar a alteração para o fim de temporada. Onde vimos no penúltimo episodio, ela perdendo a paciência e deixando a raiva correr pelas suas veias ao ver sua vida pessoal exposto em um evento. Literalmente destruindo tudo a sua frente e ameaçando a integridade física dos presentes no seu entorno. Mais tarde é presa e para conseguir sua liberdade, instala um inibidor dos seus poderes no tornozelo. Ela e sua melhor amiga Nikki (Ginger Ramos) descobrem que um fórum de discussão na internet foi o responsável pelo vazamento de seus dados nas redes sociais, a Inteligência.
Só não tem provas que eles foram os responsáveis por isso. Assim as duas correm contra o tempo para inocenta-la. Em meio a isso, conhecemos mais sobre sua persona. Uma jovem solteira em busca do amor e ser uma advogada de respeito no ramo. Num encontro por aplicativo conhece o milionário mimado Todd (Jon Bass). Posteriormente descobre que ele pode ser seu pior inimigo. Contratada por uma renomada firma de advocacia, Jen é chamada para chefiar um departamento que cuida de casos com heróis e/ou vilões. Entre eles o “Abominável” Emil Blosky, que contou com o retorno de Tim Roth ao papel.
Na prisão que vimos em “Capitão América: Guerra Civil (2016)”, Emil está sendo julgado pelo seu bom comportamento. Descobrimos o porquê de sua aparição em “Shang-chi & A Lenda dos Dez Anéis (2021)”, lutando contra o mago supremo Wong (Benedict Wong). Este explicou que o tirou da prisão, pois precisava de sua ajuda. Por isso, Emil é libertado com a premissa de que se transformar em “Abominável”, volta a ser preso imediatamente. Liberado se torna um coach espiritual abrindo um spa. Bruce aproveita para mostrar a Jen como usar seus poderes. Só que ela não ser uma heroína e ser vinculado a este mundo. Porém o destino a levou até ele. Eis que surge o homem sem medo Demolidor.
Com o retorno de Charlie Cox ao personagem. Usando novo uniforme. A serie em suas idas e vindas, exibe os erros e os acertos da Casa de Ideias. E que as vezes é precisa quebrar paradigmas para ser criativo e inovador, como já haviam feito anteriormente em 2008 no primeiro filme do herói de armadura dourada e vermelha. A incursão de trazer de volta Hulk (Ruffalo) com um filho, Skaar, para justificar sua viagem espaciai e a presença da vilã Titânia (Jameela Jamil), dona de uma multinacional do mundo da moda, no último episódio. Apropriadamente chamado “De Quem é Essa Série?”.
Com Jen falando diretamente com público somada a pegada humorística de Tatiana, vemos que o Marvel Studios precisa sair da formula que o consagrou na sétima arte. A própria brinca sobre sua continuidade (uma nova temporada ou um filme solo), se ela pode ser uma Vingadora no futuro e quando iremos ver os mutantes X-Men no UCM. Ainda presta uma linda homenagem ao clássico seriado cult (1977 a 1982) do gigante esmeralda recriando sua mitológica abertura para ilustrar a jornada de Jen ao longo da temporada.
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