Depois do sucesso arrasador de “Titanic” em 1997, onde o cineasta James Cameron transformou uma trágica história real num conto romântico, entre os personagens dos então jovens Leonardo Di Caprio e Kate Winslet, ele se ausentou por 12 anos para nos trazer a scifi “Avatar” em 2009. Assim como o Criador da saga Star Wars George Lucas, criou um mundo com uma riqueza de detalhes de se dar inveja até para J.R.R. Tolkien. Juntamente com o caprichado apuro técnico de seus filmes. Vide o exemplo citado anteriormente e “Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final (1993)” e adicionando o efeito 3D aliado com a então recente “captura de movimento”. Onde temos todo um ecossistema, criaturas selvagens até o vagalume em cena chamam nossa atenção.
Assim conhecemos Pandora. Num futuro próximo, a raça humana já é capaz de viajar e explorar o espaço infinito. Conhecemos o ex-fuzileiro naval paraplégico Jake Sully, interpretado por Sam Worthington. Ele está indo à Pandora para substituir seu irmão gêmeo Tommy. Este um cientista que trabalhava para uma empresa contratada para extrair as riquezas naturais do planeta e mais tarde, leva-las para a Terra. No caso, o minério Unobtainium.
Ao mesmo tempo, seu irmão estudava a raça local, os Na’vi. Espécie humanoide com três metros de altura, pele azul e profundamente conectados com a natureza do planeta. Segundo sua ideologia, a energia vinda de Pandora é sua força motriz e traz o equilíbrio para todos os seres vivos de lá. Sua atmosfera é formada por dióxido de carbono, metano e amônia.
Tóxicos para seres humanos, por isso eles usam máscaras de oxigênio na mineração ou participam do programa que dá nome à película. Para aqueles que desejam interagir com os Na’vi e pesquisarem a zona ambiental do planeta. Pela sua identidade genética semelhante, Jake assume o avatar do irmão para trabalhar com chefe de ciências Grace Agustine (a eterna Ripley Sigourney Weaver). Não vendo com bons olhares a vinda de Jake, já que seu irmão possuía o treinamento necessário e conhecia os hábitos dos Na’vi. Ele também se encontra com o responsável pela segurança do local, o coronel Miles Quaritch (Stephen Lang, o cego da franquia “O Homem das Trevas”). Ele vem com uma proposta.
Se Jake conseguir convencer o clã Na’vi Omaticaya a sair de sua morada, o santuário A Árvore da Vida, lhe conseguirá uma cirurgia que recupera o movimento de suas pernas. Isso com o consenso do CEO Parker Selfridge (Giovanni Ribisi, do seriado “Sneaky Pete“, 2015 a 2019). Pois lá possui o maior reservatório de Unobtainium, que garantiria o enriquecimento dos envolvidos. Servindo como segurança de Grace e o biólogo Norm Spellman (Joel David Moore) numa pesquisa de campo. São atacados e Jake se separa deles. Perdido na floresta, monta um abrigo com seus conhecimentos militares e volta a ser atacado pela fera. Sendo salvo por Neytiri (a guardiã da galáxia Gamora Zoe Saldana). O que de início seria mais uma missão, Jake vai se aproximando da cultura local.
Em especial de Neytiri. No começo, ela não gosta dele. Com a convivência imposta, Neytiri faz com que Jake se encante por Pandora e ambos engatam um romance. Sentindo que encontrou seu lugar no universo, passando a lutar pela cultura e o modo de vida dos Na’vi. O coronel descobre que Jake mudou de lado. Contrariado, o desconecta de seu avatar e inicia um ataque direto à Árvore da Vida. Daí o mote inicial de “Avatar”. O filme é um deslumbre visual. Onde o virtual e o real se misturam perfeitamente. Quase impossível distinguir qual é qual. A captura de movimento está espetacular. Assim como o Smeagol da saga do Anel, os atores que interpretam os Na’vi estão perfeitos. Além da performance, sentimos sua respiração e seus movimentos se mostram naturais. Sam e Zoe transmitem isso. O efeito 3D completa essa sensação.
Com uma história no melhor estilo ficção cientifica, recheada de detalhes tecnológicos e um mundo fantástico criado por Cameron. Literalmente estamos em Pandora ao lado de Jake e Neytiri. Somada ao discurso ecológico do diretor, como a interferência humana afeta nosso meio ambiente. Tendo sua relevância nos dias de hoje, com a busca da humanidade em cuidar melhor da floresta amazônica e preservar a natureza do mundo todo.
Acabar com a dependência de combustíveis fosseis, o petróleo, e a busca por captar fontes de energia alternativas que não agridam o nosso planeta azul. Como a eólica por exemplo. A empreitada deu tão certo, que se tornou a maior bilheteria do cinema de todos os tempos. Só em 2019 com "Vingadores Ultimato", "Avatar" foi superado. Depois da grande expectativa feita pelo próprio Cameron, teremos a continuidade das aventuras de Jake e Neytiri em "Avatar: O Caminho da Água", com estreia prometida para 15 de dezembro deste ano.
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