Teve
inicio na ultima quarta-feira (15 de junho de 2022), o festival In-Edit Brasil. Onde são exibidos documentários
sobre os mais diversos gêneros musicais. Tanto da nossa terra brasilis quanto
do mundo ao nosso redor. Depois à pandemia do novo coronavírus, suas ultimas
edições tiveram que ser online. Agora em 2022, com a situação se normalizando,
o festival mesclou presencial com o formato digital. Alguns documentários estão
na plataforma streaming do festival, bem como serão exibidos em salas
selecionadas. Para saber mais sobre o
In-Edit Brasil, entre no site oficial: https://br.in-edit.org/
Dentre estes que ter esta mescla, o documentário “Murder in the Front Row: A História do Trash Metal (Murder in the Front Row: The San Francisco Bay Area Trash Metal Story, 2019)”, dirigido por Adam Dubin e baseado no livro de mesmo nome escrito por Harald Oimoen & Brian Lew. Aqui ele relata a tão conhecida cena metal que originou o gênero que nos trouxe Metallica, Slayer e Exodus na primeira onda (como Oimoen e Lew concluem). E posteriormente ao sucesso obtido por eles, influenciaram outros a montarem suas bandas como Testament e Possessed por exemplo. Assim temos o Trash Metal. Seu título faz parte da letra de “Bonded by Blood” do Exodus.
É interessante ouvir os relatos do guitar hero Kirk Hammett, nunca o vi tão falante e tão empolgado, James Hetfield, Tom Araya e Kerry King do Slayer, Gary Holt do Exodus e mais tarde substituiu o finado Jeff Hanneman no Slayer, e Mark Osegueda (Death Angel), onde todos dizem o mesmo. A musica nos final dos anos 70 e inicio dos 80 estava dominado pela disco e pop music. Cansados desse swing, sentiam falta de um som mais pesado e riffs de guitarra mais rápidos. Assim cada um ao seu modo, foi criando seu próprio som e encontrando pessoas que pensavam como eles. O inicio de uma revolução musical em San Francisco, mais precisamente, Bay Area. Ao contrario do que se imagina, o foco não está na ascensão do Metallica. Quando na verdade, as bandas se ajudavam. Agendando shows, criando os próprios fanzines e trocando demos. Este últimos as famosas “fitas cassetes”, quem se lembra?
Kirk enfatiza isso. Quando fundou o Exodus, três anos antes
do Metallica chegar à cidade, e os
integrantes conversavam sobre suas influencias. Em especial UFO. Onde Hammett mostra toda sua admiração por
Michael Schenker. Seu jeito de tocar e a melodia que saia da sua guitarra o
marcaram profundamente. Outro ponto é Paul Baloff. O vocalista do Exodus era
conhecido pelo seu modo debochado e selvagem no palco. As imagens de época
comprovam isso. Veio a falecer em 2002, por causa de um derrame. Dai temos a
famosa história da demissão de Dave
Mustaine do Metallica. Este não comenta muito a respeito. Quem estava lá,
relata que ele rouba a cena no palco do vocalista e guitarrista James Hetfield. Por causa de sua técnica
e carisma. Os envolvidos não comentam o fato. Em um desses shows, Hammett estava presente e se
surpreendeu com o que viu e ouviu. Disse que iria entrar na banda. Dito e
feito. Outro fator que chamou sua atenção foi Cliff Burton.
Repetindo
o que todos dizem sobre ele, um monstro no contrabaixo. Assim surgem na cena,
com o batera Lars Ulrich e James falando sobre o que viveram. Nas palavras deles, "loucura total". Como
por exemplo, a “Metallica Mansion”. Diferente
do que você pensar é uma casa na região central de San Francisco que tornou a síntese
“Sexo, Drogas e R’n’R” em escalas
gigantescas. De inicio não acreditando que estavam prestes a se tornar o que são
hoje e como o trash metal atingiu as grandes massas. Em especial quando tocaram
no festival “Day of the Green” em
1985 e como isso foi o ponto de virada da banda. Ratificando a boa impressão deixada
com o disco de estreia “Kill’Em All
(1983)”.
Daí turnês pela Europa e o inimaginável acontece. Em 27 de setembro de 1986, o ônibus que a banda viajava entre Estocolmo e Copenhague, capotou. Devido ao mal tempo e a pista congelada, ele virou. Burton dormia em um dos beliches e foi arremessado para fora. O veiculo caiu em cima dele. Cliff tinha 24 anos. Sua namorada Corinne Lynn não consegue falar a respeito. Mas sempre lembra com muito carinho sobre a pessoa que ele era e que tinham planos de morarem juntos. O saldo final é positivo, vemos como movimentos musicais são necessários para nos mostrar como a música é relevante.
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