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Tributo ao bom e velho heavy metal em "METAL LORDS (Netflix)"

O rock e o cinema possuem uma relação intrínseca. Seja na composição de sua trilha sonora musical e na história a ser contada. Exemplos recentes temos as cinebiografias de Freddie Mercury, “Bohemian Rhapsody: A História de Freddie Mercury (2018)”, e de sir Elton John, “Rocketman (2019)”. Ou temos aqueles que apenas homenageiam o bom e o velho rock’n’roll como “Escola do Rock (2003)” com o inquieto Jack Black. Este é o desmiolado roqueiro Dewey que finge ser um professor substituto para ganhar um dinheiro e ao mesmo tempo, recrutar alguns alunos para participar do concurso “Batalha das Bandas” da sua cidade. Apesar de não ter a didática como professor, ensina aos alunos a história do rock. O que os encanta, saber mais sobre Led Zeppelin, Deep Purple, Black Sabbath e Queen, por exemplo. Para saber mais no link: https://cyroay72.blogspot.com/2015/04/a-escola-de-rock-de-richard-linklater.html


Com isso em mente, D.B. Weiss, roteirista e um dos criadores da série “Games of Thrones (2011 a 2019)” nos trouxe “Metal Lords (2022)”. Produzido pelo canal das redes sociais Netflix e dirigido por Peter Sollet, aqui temos a história dos jovens Hunter (Adrian Greensmith) e Kevin (Jaeden Martell, o jovem Billy da franquia “It”). O primeiro é um fervoroso metaleiro e rebelde sem causa. Enquanto o segundo é um adolescente normal em busca de uma namorada. Os dois formam a banda de pós death metal SkullFucker. E também são marginalizados na escola, onde são constantemente xingados e/ou agredidos.


Hunter é um habilidoso guitarrista. Pais separados e vivendo com pai, dr. Sylvester (Brett Gelman). Que tem posses, daí o equipamento e guitarras de primeira linha de Hunter. E ainda pega o cartão American Express do pai compra uma bateria no melhor estilo Neil Peart (Rush) de ser para Kevin tocar. Este aceitou seu convite para tocarem juntos, mas apenas toca o bumbo na banda da escola. Tem pouco conhecimento sobre metal e Hunter lhe passa uma lição de casa para praticar. Como “War Pigs” do Black Sabbath, por exemplo.

Junto a isso, conhece Emily (Isis Hainsworth). Ela toca violoncelo e tem problemas em controlar seu temperamento forte. Por isso, toma remédios. Kevin se encanta duplamente por ela. Tanto pelo seu jeito de tocar, já que a Skullfucker precisa de um contrabaixista. Bem como pela sua personalidade. A escola deles está retomando o concurso “Batalha de Bandas” entre os alunos. Hunter se entusiasma, seu ídolo Troy Nix (Joe Manganeillo, o Exterminador do Universo Estendido DC) foi o último vencedor nos anos 80. Desde então desaparecido do mundo da música. Assim com Kevin, inscreve a SkullFucker no concurso. 


Daí o mote inicial de “Metal Lords”, que a tutoria musical do guitar hero Tom Morello (Rage Against The Machine). Aqui Weiss pega emprestado o tom juvenil de “Escola do Rock”, adicionando as dúvidas e as certezas na vida de um adolescente. Crise de identidade, aceitação e hormônios em efervescência. Assim como seus dramas pessoais. A rebeldia de Hunter, a inocência de Kevin e a dificuldade de Emily em se relacionar com outras pessoas. Somada à ideologia desenfreada de Hunter ao Heavy Metal. Que se confunde com os metaleiros da vida real. O culto ao demônio e a emblemática imagem de virilidade que se confunde com homossexualismo. Aqui a lembrança do vocalista do Judas Priest Rob Halford que “saiu do armário” por assim dizer em 1998. Este juntamente com Morello, Kirk Hammett (Metallica), Scott Ian (Anthrax) fazem uma hilariante participação especial como vozes da consciência de Kevin. 


O heavy metal se faz presente. Seja com os primeiros representantes do gênero como Black Sabbath e Iron Maiden. Bem como sua influência em grupos como o Metallica, Anthrax, Megadeth, Slayer e Pantera. Onde estes são as referências para uma nova geração formada por Lamb of God, Deftones e Mastodon. Durante 01 hora e 38 minutos ouvimos “Metal Gods” e “Painkiller” ambas do Judas Priest, “The Trooper” do Iron Maiden e “Blood and Thunder” do Mastodon. Para acompanhar a jornada de Hunter e Kevin, quando a rotina deles fica um pouco mais tranquila, rola “Since I Don’t Have You” do Guns N’Roses. Com direito a ensaio do trio, tocando "War Pigs" ao final do filme.


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