E a maratona musical e cultural chega ao seu fim. O terceiro e ultimo dia do Lollapalooza Brasil, o festival se despediu neste domingo e já deixa saudades. Shows acima da qualidade bem como a variedade de gêneros musicais que já faz parte do seu DNA. Como todos já sabem, o Foo Fighters fecharia os trabalhos. Porem com o falecimento súbito de Taylor Hawkins, cancelou a apresentação por motivos óbvios. Em seu lugar foi chamado Planet Hemp, Emicida e alguns convidados especiais em fizeram um tributo à memoria de Taylor.
Antes temos uma chamada de vídeo de Perry Farrell, falando emocionado da sua relação de amizade com Taylor e com um vídeo gravado por celular, onde os dois cantam juntos a primeira parte de “Bohemian Rhapsody” do Queen. Ate que surge a esposa de Perry, Etty Lau, com a última mensagem de celular enviada por Hawkins: “Cuidem um do outro, que cuidarei de mim e nos vemos em São Paulo. Muito amor e durmam bem”.
PALCO BUDWEISER
IDLES: Som e fúria, os irlandeses do Idles chegam com tudo no Palco Budweiser. Com o guitarrista Lee Kiernan literalmente “vai para a galera”. “Grounds” é dedicada a Taylor Hawkins e aos presentes, o vocalista Joe Talbot fala da energia positiva que está sentindo. O destaque fica para o guitarrista Mark Bowen usando um longo vestido e inquieto no palco.
Bowen e Kiernan
se empolgam e vão para galera. Com o primeiro roubando o microfone e mandando
de improviso “Wonderwall” do Oasis,
para logo em seguida ser carregado pelas pessoas até o palco. Se despedem com “Danny Nedelko” e “Rottweiler”, puro punk rock de essência.
THE LIBERTINES: Substituindo Jane’s Addiction, que não
puderam participar do festival por motivos de saúde. Relacionados à Covid 19. Peter Doherty e sua turma voltam à
ativa e estreiam no festival, com seu som calcado no British Pop com pitadas de
ska. Foi uma boa apresentação, recheada com suas principais canções como “Up The Bracket”, “Boys in the Band”, “Can’t
Stand Me Now” e “Time For Heroes”
no final.
PLANET HEMP, EMICIDA & CONVIDADOS: A guitarrista Michelle Cordeiro abre show com “My Hero”. Emicida faz um
discurso emocionado sobre o valor da musica e como ela cura nossas feridas. Ao
lado de Rael mandam “Nóiz” e depois deles, temos Criolo com “Não Existe Amor em SP”. Em “Convoque
seu Buda”, tem Rael & Criolo.
“Essa Onda”, é a introdução da rapper
Bivolt. Drik Barbosa e Mano Brown
se fazem presentes. Aqui temos o encontro de gerações do hip hop da nossa terra
tupiniquim. O Planeta Hemp de
Marcelo D2 e B Negão também deixam seu recado. Com direito a canção nova “Distopia”, um dueto com Criolo. Ao final, o Ego Kill Talent traz de volta o rock em um tributo à Taylor com "Everlong" e "Best of You".
PALCO ONIX
FRESNO: Apresentação que marca o retorno da
banda aos palcos, com base do novo álbum “Vou
Ter Que Me Virar”, a ser lançado em junho deste ano. O hit “Quebre as Correntes” é ovacionado. Antes
“Manifesto” é dedicada à Taylor
Hawkins. O vocalista Lucas fala da emoção de tocar no Lollapalooza e agradece a
dedicação dos fãs que fizeram isso acontecer. “Já Faz Tanto Tempo” conta com a participação especial de Lulu Santos. Ainda no palco, Lulu pega sua guitarra e toca a
clássica “Toda A Forma de Amor”.
BLACK PUMAS: A soul music chega ao
festival. Com muito carisma e postura de palco, o vocalista Eric Burton cativa a todos. Outro
estreante no Lollapalooza, bem como sua primeira passagem no Brasil. Eles tinham
um show marcado em 2020, cancelado por causa da pandemia. A
espera valeu, o grupo esbanja swingue e musicalidade. Destaque para “Old Man”, “Black Moon” e “Colors”.
MARTIN GARRIX: O DJ transforma o Palco Onix em uma grande rave, fechando suas atividades.
PALCO ADIDAS
MARINA SENA: A sensualidade de Marina é pontuada pela sua sonoridade pop com ares de mpb, samba e
cheio de balanço. Ela se surpreende com o publico que veio prestigiar sua
apresentação. Indo até ele na pista central, que dá acesso para interação. Com
o hit “Por Supuesto”, o Palco Adidas vem abaixo e uma indireta
ao namorado Iuri Rio Branco, baterista
da sua banda, que está aguardando o pedido de casamento.
DJONGA: O Rapper mineiro deixa seu recado cheio de critica social e politica no Lollapalooza. Invocando a todos dizerem quem mais odeiam neste momento. Por decisão do TSE, nenhum artista pode se posicionar politicamente no festival. Fazendo disso uma critica à censura velada do que estamos vivemos. Foi um show emocionante, interagindo bastante com o publico e indo até ele, para agitar no meio da galera.
KEHLANI: A cantora norte-americana de r’n’b fez parcerias em seu show. Com Ludmilla em “Verdinha” e IZA em “Dona de Mim”. Ao lado de seus principais sucessos como “Altar”, “Can I” e “Toxic”.
GLORIA GROOVE: A performer traz a representatividade do publico LGBTQ+, é o destaque do palco Perry’s By Doritos. A drag queen também conhecida como “Lady Leste”, por causa de sua origem na zona leste da cidade de São Paulo. Mais precisamente na Vila Formosa. Suas canções possuem um tom pessoal, já que fala abertamente da influencia familiar para ser quem é. Sua mãe faz vocais de apoio para o grupo de samba Raça Negra. Ela divide o palco com Priscilla Ancântara e logo em seguida, descobrimos que são amigas de infância.
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